Vídeo Lab - Manifesto Caboclo
"Os caboclos
começaram a aparecer na região quando das incursões de portugueses e
escravos pelo interior do país, especialmente a partir do século XVIII,
sendo fruto da miscigenação resultante do encontro entre brancos, especialmente portugueses (ou luso-brasileiros), negros escravos ou libertos e indígenas. São também denominados pela alcunha de “brasileiros”, em oposição aos “imigrantes”, ditos “de origem” (RENK, 1997)"
Eu escolho, você escolhe!
Políticas Públicas de Eliminação da Identidade Mestiça - vídeo do Power Point
Questão
fundamental: PARDO
não é etnia, Pardo é raça mestiça, híbrida, e gera uma confusão na
identificação das regionalidades brasileiras, portanto não pode ser usada como
opção. por trás da categoria PARDO há uma questão política profunda sobre a realidade da sociedade brasileira que deve ser corrigida. Assim como por trás da categoria NEGRO havia o pejorativo "macaco" e por trás de MULATO havia a "mula", por trás de PARDO, há o pejorativo "moreno corno", por que jaz casado com a PARDA, "morena infiel"!
No Brasil o critério para a definição é a auto-declaração mas ainda assim muitos não sabem como se definir por falta de uma opção adequada!
No Brasil o critério para a definição é a auto-declaração mas ainda assim muitos não sabem como se definir por falta de uma opção adequada!
Palavras-chaves: Pardo, caboclos, indígenas, quilombolas,
brasileiros.
Você concorda que o Amazonas e o Para são estados de pardos-mulatos, ou seria melhor de caboclos-cafuzos?
Pardo não é negro, pardo é mestiço - https://www.youtube.com/watch?v=7mJgc0kW26c
Mapa de Pardos no Brasil.
Você concorda que o Amazonas e o Para são estados de pardos-mulatos, ou seria melhor de caboclos-cafuzos?
Justificativa:
Antes responda a esta pergunta: Qual é a música mais conhecida no Brasil inteiro: Romaria ou Aquarela do Brasil?
Resposta: Romaria
Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro no STF contra cotas raciais e discriminação a mestiços: https://www.youtube.com/watch?v=5lpzS1rK4mk
PARDO não é etnia, Pardo é raça mestiça, híbrida, e gera uma confusão na identificação das regionalidades brasileiras, portanto não pode ser usada como opção nos questionários, quando se refere à etnia ou à cor da pele.
O receio, dúvida ou medo de muitas pessoas se declararem CABOCLAS é um reflexo da ideia que perdura há séculos em nosso pais e que vê nos PARDOS como algo ruim ou inferior ao branco e também inferior ao nego. Assim ninguém quer ser associado a algo que a ideologia dominante vê, julga e trata todos os dias como algo inferior, um mestiço, que deve ser excluído. Essa ideia é tão terrível que até mesmo os próprios caboclos muitas vezes não se veem como tal, mesmo usando a categoria "caboco" para designar os da sua região, "parente". Estas linhas serão escritas para que você CABOCLO ou CABOCLA que está lendo e fica na dúvida se é pardo ou moreno porque se acha MESTIÇO demais para se dizer branco ou claro demais para se dizer negro, não tenha mais dúvida: o que te provoca medo e te impede de encher a boca com todo orgulho e dizer “sou caboclo brasileiro” é uma coisa chamada RACISMO REGIONALISTA!
No Brasil o critério para a definição é a AUTO-DECLARAÇÃO mas ainda assim muitos CABOCLOS não se reconhecem como tais, entenda porque:
LEI Nº 12.990, DE 9 DE JUNHO DE 2014. "Art. 2o Poderão concorrer às vagas reservadas a candidatos negros aqueles que se autodeclararem pretos ou pardos no ato da inscrição no concurso público, conforme o quesito cor ou raça utilizado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.
Antes responda a esta pergunta: Qual é a música mais conhecida no Brasil inteiro: Romaria ou Aquarela do Brasil?
Resposta: Romaria
Padre Fábio de Melo - Romaria
Você nunca desconfiou que o Brasil, mulato isoneiro, foi uma jogada de Marketing para "vender" o Brasil e as nossas terras!?
CARMEN MIRANDA - BRAZIL (Aquarela Do Brasil)
PARDO não é etnia, Pardo é raça mestiça, híbrida, e gera uma confusão na identificação das regionalidades brasileiras, portanto não pode ser usada como opção nos questionários, quando se refere à etnia ou à cor da pele.
O receio, dúvida ou medo de muitas pessoas se declararem CABOCLAS é um reflexo da ideia que perdura há séculos em nosso pais e que vê nos PARDOS como algo ruim ou inferior ao branco e também inferior ao nego. Assim ninguém quer ser associado a algo que a ideologia dominante vê, julga e trata todos os dias como algo inferior, um mestiço, que deve ser excluído. Essa ideia é tão terrível que até mesmo os próprios caboclos muitas vezes não se veem como tal, mesmo usando a categoria "caboco" para designar os da sua região, "parente". Estas linhas serão escritas para que você CABOCLO ou CABOCLA que está lendo e fica na dúvida se é pardo ou moreno porque se acha MESTIÇO demais para se dizer branco ou claro demais para se dizer negro, não tenha mais dúvida: o que te provoca medo e te impede de encher a boca com todo orgulho e dizer “sou caboclo brasileiro” é uma coisa chamada RACISMO REGIONALISTA!
No Brasil o critério para a definição é a AUTO-DECLARAÇÃO mas ainda assim muitos CABOCLOS não se reconhecem como tais, entenda porque:
LEI Nº 12.990, DE 9 DE JUNHO DE 2014. "Art. 2o Poderão concorrer às vagas reservadas a candidatos negros aqueles que se autodeclararem pretos ou pardos no ato da inscrição no concurso público, conforme o quesito cor ou raça utilizado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.
Mapa de pardos e negros no Brasil
Onde ficaram os cabocolos?!
Povo mestiço defende seu direito originário à terra contra bantustões federais
Na própria famosa carta de Pero Vaz de Caminha, os índios foram
chamados de "PARDOS": "Pardos, nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse
suas vergonhas. Traziam arcos nas mãos, e suas setas. Vinham todos
rijamente em direção ao batel". Fica muito claro nessa passagem que o
termo "pardo" faz referência aos indígenas e não a mestiços de branco
com negro! Fato!
O manual do IBGE define o significado atribuído
ao termo como pessoas com uma mistura de cores de pele, seja essa
miscigenação mulata (descendentes de brancos e negros), CABOCLA
(descendentes de brancos e ameríndios), cafuza (descendentes de negros e
indígenas) ou MESTIÇA.
Historicamente, "pardo" foi usado como sinônimo de um sistema de castas
usado na América de colonização espanhola entre os séculos XVI e XVIII. O
termo era mais utilizado em pequenas áreas da América Hispânica que
tinham sua economia baseada na escravidão durante a era colonial.
Além disso, o percentual de pardos é o que mais cresce na população brasileira. Em 2000, por exemplo, apenas 38,4% dos brasileiros que se autodeclaravam pardos,[23] enquanto em 2006 o índice passou para 42,6% e, em 2009, para 44,2% da população total do país.
A historiadora Maria Leônia Chaves de Resende dá vários exemplos para o emprego da palavra pardo quanto a pessoas de origem indígena em Minas Gerais: um Manoel, filho natural de Ana carijó, foi batizado como 'pardo'; em Campanha diz ter encontrado vários registros onde índios foram classificados como 'pardos'; informa, por exemplo, que os índios João Ferreira, Joana Rodrigues, e Andreza Pedrosa foram classificados como 'pardos forros'; um Damaso se declarou 'pardo forro' do 'gentio da terra'; etc. Informa, assim, que os termos pardo e mestiço teriam sido usados para descrever inclusive os próprios índios.
Portanto, o emprego histórico da palavra pardo nem sempre significou apenas mulato. Basta uma leitura atenta dos testamentos e documentos do período colonial. Diogo de Vasconcelos, conhecido historiador mineiro, relata o caso de Andresa de Castilhos, conforme informação contida em testamento do século XVIII: "Declaro que Andresa de Castilhos, mulher parda, que tem assistido comigo há muitos anos, de quem tive três filhas, é forra por três sentenças e por uma carta de alforria [...] por ser esta mulher uma parte descendente de gentio da terra [...] Declaro que a dita Andrea de Castilhos é filha de homem branco e de mulher neófita".
Além disso, o percentual de pardos é o que mais cresce na população brasileira. Em 2000, por exemplo, apenas 38,4% dos brasileiros que se autodeclaravam pardos,[23] enquanto em 2006 o índice passou para 42,6% e, em 2009, para 44,2% da população total do país.
A historiadora Maria Leônia Chaves de Resende dá vários exemplos para o emprego da palavra pardo quanto a pessoas de origem indígena em Minas Gerais: um Manoel, filho natural de Ana carijó, foi batizado como 'pardo'; em Campanha diz ter encontrado vários registros onde índios foram classificados como 'pardos'; informa, por exemplo, que os índios João Ferreira, Joana Rodrigues, e Andreza Pedrosa foram classificados como 'pardos forros'; um Damaso se declarou 'pardo forro' do 'gentio da terra'; etc. Informa, assim, que os termos pardo e mestiço teriam sido usados para descrever inclusive os próprios índios.
Portanto, o emprego histórico da palavra pardo nem sempre significou apenas mulato. Basta uma leitura atenta dos testamentos e documentos do período colonial. Diogo de Vasconcelos, conhecido historiador mineiro, relata o caso de Andresa de Castilhos, conforme informação contida em testamento do século XVIII: "Declaro que Andresa de Castilhos, mulher parda, que tem assistido comigo há muitos anos, de quem tive três filhas, é forra por três sentenças e por uma carta de alforria [...] por ser esta mulher uma parte descendente de gentio da terra [...] Declaro que a dita Andrea de Castilhos é filha de homem branco e de mulher neófita".
O contexto do filme em que o Brasil estava inserido nesta época, segundo explica Orlando Villas Bôas Filho, era durante a Segunda Guerra Mundial e sua capital era o Rio de Janeiro. “Ainda era (o Brasil) um país litorâneo, não havia propriamente ocupado o seu território e era pressionado externamente por essa ocupação", portanto a única miscigenação efetiva que ocorreu antes de 1940 foi a efetuada pelas bandeiras e entradas. O país estva sendo contestado pela sua soberania nacional, por não ocupar a totalidade territorial que lhe pertencia”, diz o filho do sertanista Orlando Villas Bôas.
Foi nesta condição que o então presidente da República, Getúlio Vargas, estabeleceu a “Marcha para o Oeste”, um projeto amplo de colonização no País. “Este projeto não tinha preocupação nenhuma com a questão indígena, não figurava em sua agenda original, era simplesmente de colonização para garantir a soberania brasileira”, conta Orlando Filho.
De acordo com o antropólogo Almeida (2008) "Decreta-se arbitrariamente o “fim do caboclo” e das formas de uso comum de florestas, campinas, beiras e igarapés, lagos e rios, ou seja, das chamadas “terras firmes” e das “várzeas.” Mesmo os conflitos sociais pela terra, agravados a partir de 1969, que abalam toda a Amazônia, não logram uma mudança nos traços essenciais desta ação governamental."
A equação era simples. A finalidade das
políticas de “ocupação racional” e de “exploração racional dos recursos”
sugeria uma reação à “degradação”, que era vista inicialmente como “normal.”
Quem teria, entretanto, provocado esta “degradação”? Em conformidade com o
discurso dos planejadores quem tinha e tem provocado esta “degradação” seria o
“conhecimento primitivo” dos caboclos, o “conhecimento selvagem” dos indígenas
que não podem competir com a racionalidade da ciência das potencias europeias e
das grandes empresas, cujo resultado maior consistia na "eficácia" na
implantação de seringais cultivados nas suas plantations asiáticas. A ação do
Estado surgia, naquele contexto, para “valorizar” o que “degradado” ou
“decaido”, reparando idealmente perdas, daí a insistência em frisar a
“valorização da Amazônia” em detrimento da cultura cabocla. Este esquema
estratégico foi reproduzido, de certo modo, durante a ditadura militar
(1964-1985), quando se louva uma ação empresarial para "dinamizar" a
economia amazônica, tratando o conhecimento local como “atrasado” e distante da
racionalidade industrial; quando se acentuava o discurso da “integração” ou da
incorporação dos mais “selvagens” e “primitivos”, incluindo naqueles os
caboclos aos supostos benefícios da industrialização e quando se define que o
“extrativismo morreu”, facilitando as transações comerciais de venda de
seringais, castanhais e babaçuais no mercado de terras para projetos
agropecuários e de commodities minerais e agrícolas, que usufruem de incentivos
fiscais e creditícios da sudam e do basa. Sob este viés autoritário todas as
categorias sociais deviam convergir para “colonos”, de acordo com os
planejadores, enquanto que os chamados “posseiros”, recentes ou antigos devem
ter disciplinada sua forma de exploração com um uso dos recursos cada vez mais aproximado
do modelo de um campesinato de base parcelar.
No relatório de Rondon ([1823] 1979), as terras
pertencentes ao aldeamento de São João Batista de Peruíbe ficaram à disposição
de usufrutuários. Em 1851, alguns moradores obtiveram títulos de propriedade
das glebas que ocupavam. Já no ano de 1856 ou 1857, as referidas terras foram
reintegradas à Igreja. Em relação à situação dos indígenas que viviam naquela
região, o autor apenas menciona que estes foram integrados a sociedade local
através da miscigenação.
Mapa comparativo entre a população branca e negra no Brasil.
Localize a maior concentração de negros, logo nestes estados deveriam estar a maior concentração de PARDOS-MULATOS!
Considerava-se que os chamados “índios
aldeados”, juntamente com seus filhos que tiveram ao se casarem com os
luso-brasileiros que viviam nas adjacências dos aldeamentos, não poderiam ser
mais vistos como indígenas, mas sim integrados à sociedade local. Deste modo,
ao serem apartados da qualidade de indígenas, a população de índios aldeados
estariam desamparados do conjunto de leis que garantia o mínimo de proteção.
Os méritos de Darcy Ribeiro decorrem de
ter sido o primeiro autor que discutiu o “problema indígena” (“problema” para
quem?!) de uma forma ampla, e por sua explícita posição política em denunciar
as opressões sobre os índios na História do Brasil, o que tornou as ideias do
antropólogo bastante conhecidas. Apesar de suas ideias superadas sobre o
extermínio dos povos indígenas como “vítimas” do inevitável “progresso”, o
livro Os índios e a civilização, com várias edições, por sua quantidade de
informações e dados continua sendo uma leitura necessária e até obrigatória
para uma visão global sobre os povos indígenas no Brasil.
O Povo Brasileiro Capitulo9 Brasil Caboclo Darcy Ribeiro
Cabe lembrar ainda que Darcy Ribeiro
foi funcionário do SPI, órgão estatal cuja concepção e atuação se fundamentava
nos cânones positivistas, na proteção fraternal dos índios, atuando para
integrá-los pacificamente ao mundo dos não-índios e portanto concebendo que ser
índio era uma condição transitória e não respeitada. Sendo ainda Darcy Ribeiro
um grande admirador das ideias e da pessoa do Marechal Rondon o fundador do
SPI, a quem o antropólogo dedicou Os índios e a civilização.
Darcy Ribeiro e a causa indígena
A aproximação entre Rondon e Darcy Ribeiro
O antropólogo Darcy Ribeiro ao
pesquisar e escrever na Década de 1950 foi bastante influenciado pelas ideias
do período Pós-Segunda Guerra Mundial. Era então a partir desse contexto de
superação da “barbárie” pela modernidade da “civilização”, que Darcy Ribeiro
denunciou as violências da colonização portuguesa, do Estado brasileiro, e
pensou sobre os índios na História do nosso país.
São bastante conhecidas as concepções
de genocídio e etnocídio sobre a história dos povos indígenas no Brasil, ou
seja, as ideias do desaparecimento e o extermínio de povos e culturas
indígenas, enfatizadas por Darcy Ribeiro. O autor também advogou as “etapas da
integração”, para os povos indígenas existentes nas áreas mais antigas da
colonização portuguesa, a exemplo do Nordeste. As categorias de índios
“integrados” e de “grau de integração na sociedade nacional” foram atribuídas
aos grupos indígenas que se encontravam no século XX “ilhados em meio à
população nacional”, como também a ideia da aculturação e assimilação dos
índios com a incorporação na chamada sociedade nacional.
Você
sabia que a Elba Ramalho, Alceu Valença e Zé Ramalho se autentificam
como CABOCLOS!? Como assim, em que planeta tu vive?! Em Pandora?!
Globo Repórter - Miscigenação [1995] (parte 1/2)
Globo Repórter - Miscigenação [1995] (parte 2/2)
A lei número 6.001/73, a partir dos
trabalhos de Darcy Ribeiro passou a classificar os índios em isolados, em vias
de integração e integrados, e como estes "índios integrados" foram
classificados pelo IBGE?!
Estão na categoria “integrados” os índios
incorporados à comunhão nacional e reconhecidos no pleno exercício dos direitos
civis, ainda que conservem usos, costumes e tradições característicos da sua
cultura. Tal classificação não foi recepcionada pela CF/88. No sentido de
adequar a norma de regência dos direitos dos índios com a Constituição,
apresenta-se três projetos na Câmara Federal.
Tal conceito é consentâneo com a definição adotada
pela Lei 6.001/1973, que dispõe sobre o Estatuto do Índio, em seu artigo 4º,
verbis:
Art. 4º Os índios são considerados:
I - Isolados - Quando vivem em grupos desconhecidos
ou de que se possuem poucos e vagos informes através de contatos eventuais com
elementos da comunhão nacional;
II - Em vias de integração - Quando, em contato
intermitente ou permanente com grupos estranhos, conservam menor ou maior parte
das condições de sua vida nativa, mas aceitam algumas práticas e modos de
existência comuns aos demais setores da comunhão nacional, da qual vão necessitando
cada vez mais para o próprio sustento;
III - Integrados - Quando incorporados à comunhão
nacional e reconhecidos no pleno exercício dos direitos civis, ainda que
conservem usos, costumes e tradições característicos da sua cultura.
De acordo com Cardoso de Oliveira (1996: 83), ao
estudar o caso dos Tukuna, o “índio integrado” se tornou o caboclo “[…] (a seu
mando) na periferia da sociedade nacional, […]” e pode ainda ser visto como
“[…] como o resultado da interiorização do mundo do branco […] dividida em que
está sua consciência em duas: uma voltada para seus ancestrais, outra para os
poderosos homens que o circundam.” Algo próximo da ideia nativa de
"caboclo", um personagem concebido como "integrado", inclusive
no sentido em que a ele, embora marginal, não se deve reconhecer - nem se
legitimar a pretensões de distintividade étnica e de seus direitos.
Índios miscigenados e totalmente integrados à
civilização nacional, que gozam de plenos direitos civis, são responsabilizados
como qualquer cidadão brasileiro pelos atos praticados e por que não
identificá-los como caboclos? Do que adianta a "classificação" como
indígena?
"Hoje, a designação de índios integrados, ou
em vias de integração ou isolados constitui, quando muito, metodologia interna da
Funai para definição de suas políticas públicas. Por consequência,
tecnicamente, não se fala mais em índio dessa ou daquela condição de
integração, mas simplesmente índio ou não índio". Mas, quais não índios?!
http://www.conjur.com.br/2012-jan-09/funai-representante-legal-indio-mesmo-ele-esteja-integrado
O Povo Brasileiro de Darcy Ribeiro - Matriz Tupi
O Código Civil de 1916 os considerava
relativamente incapazes, mas o novo Código Civil de 2002 remete a matéria à
legislação especial e própria. O Estatuto do Índio proclama que eles ficarão
sob tutela da União (FUNAI), até se integrarem a civilização. E o o que
aconteceu com os que se integrarem?! A que categorias eles pertencem?! E se
alguns deles ou ao menos um deles não quiser ser mais tratado como índiígena,
como ele se auto identificará?
Inferindo-se de Vilar: "O fato de muitas bandeiras conterem índios é interessante, pois na literatura tradicional, se conveniou a ideia de que os bandeirantes fossem apenas brancos, mas na realidade, haviam muitos mestiços, principalmente caboclos ou mamelucos (ambos os termos designam os mestiços de branco com índio), além de haver índios puros mesmo, e em alguns casos mais raros, negros.", o que se subtrai é que o interior do Brasil era e ainda é território caboclo-indígena, com algumas matizes CAFUZAS!
Inferindo-se de Vilar: "O fato de muitas bandeiras conterem índios é interessante, pois na literatura tradicional, se conveniou a ideia de que os bandeirantes fossem apenas brancos, mas na realidade, haviam muitos mestiços, principalmente caboclos ou mamelucos (ambos os termos designam os mestiços de branco com índio), além de haver índios puros mesmo, e em alguns casos mais raros, negros.", o que se subtrai é que o interior do Brasil era e ainda é território caboclo-indígena, com algumas matizes CAFUZAS!
Raízes do Brasil I - https://www.youtube.com/watch?v=etUEsguoUx4&t=42s
Raízes do Brasil I
QUEM SOMOS NÓS?
Esta indagação, provavelmente, uma vez
ou outra, já passou pela sua mente e é uma das questões que os Seres Humanos
vêm se perguntando desde o alvorecer da civilização e permanece, até hoje, como
uma das lacunas a serem preenchidas.
Examinemos o processo que ocorre quando
uma pessoa se questiona; "Quem sou eu?", "Qual é o meu
verdadeiro eu?, Quem somos nós?”
Percebe-se que a maioria das pessoas,
ao tentar responder a pergunta "Quem sou eu?", fica atônita devido à
enorme dificuldade em respondê-la. Poderíamos questionar: por que tanta
dificuldade em tomar contato com quem nós, realmente, somos?
Essa dificuldade reside no fato de que
raramente buscarmos a essência do que somos. Geralmente, quando respondemos a
esta questão, nos defrontamos com a nossa autoimagem, com a concepção que temos
de nós mesmos.
E por que então nos tiraram direito de
nos auto identificarmos? Por que nunca reagimos a este fato!? Por que poucas
pessoas da nossa região comemoram o dia do Caboclo comemorado em 24 de junho.
Mapa de negros no Brasil
Feministas negras difamam mestiçagem entre índias e brancos e recebem resposta à altura de vereador - https://www.youtube.com/watch?v=XD6yvvQStm4
Limpeza étnica petista contra mestiços no Maranhão - https://www.youtube.com/watch?v=JcE1RSX5Yp0
CONCEITOS E INSTRUMENTAL TEÓRICO
O INDIGENISMO É CONTRA MESTIÇAGEM
Por uma teoria etnográfica da (contra) mestiçagem - Marcio Goldman
Diálogo sem Fronteira - Indigenismo e Política Indigenista História, contextos Políticos
Identidade é o conjunto de caracteres
próprios e exclusivos com os quais se podem diferenciar pessoas, grupos
sociais, étnicos, animais, plantas e objetos inanimados uns dos outros, quer
diante do conjunto das diversidades, quer ante seus semelhantes.
Sua conceituação interessa a vários
ramos do conhecimento (história, sociologia, antropologia, direito, etc.), e
tem portanto diversas definições, conforme o enfoque que se lhe dê, podendo
ainda haver uma identidade individual ou coletiva, falsa ou verdadeira,
presumida ou ideal, perdida ou resgatada.
Para a Sociologia, Identidade é o compartilhar de várias ideias e ideais de um determinado grupo. Alguns autores,
como Karl Mannheim,
elaboram um conceito em que o indivíduo forma sua personalidade, mas também a
recebe do meio, onde realiza sua interação social.
Para a Antropologia, Identidade consiste na soma nunca concluída de um
aglomerado de signos, referências e influências que definem o entendimento
relacional de determinada entidade, humana ou não-humana, percebida por
contraste, ou seja, pela diferença ante as outras, por si ou por outrem.
Portanto, Identidade está sempre relacionada a idéia de alteridade, ou seja, é necessário existir o outro e seus caracteres
para definir por comparação e diferença com os caracteres pelos quais me
identifico.
Identidade social é a noção e o
sentimento de pertença a determinados grupos (segmentos, categorias) sociais.
O conceito da identidade social parte
da constatação de que o indivíduo enquadra, mais ou menos automaticamente, as
outras pessoas e a si próprio nas mais variadas categorias de classificação -
p.ex. europeu, mulher, educado, conservador, desportivo. Os critérios de
classificação podem ser objectivos e manifestos, mas também podem ser
resultados do pensamento social do indivíduo. A teoria correspondente é a da
"self-classification".
Designa-se como identidade social a
noção (crença) do indivíduo de pertencer a dadas categorias, sendo que esta
cognição está sempre acompanhada por uma componente afectiva - um sentimento
mais ou menos forte de pertença. Cada indivíduo tem uma variedade de
identidades sociais que habitualmente se apresentam de maneira estruturada.
A teoria da identidade social foi
inicialmente formulada pelos psicólogos sociais Henri Tajfel e John Turner [2], encontrando-se num processo de reelaboração contínua. A
sua principal área de aplicação é a das relações intergrupais.
Um grupo étnico é um grupo de pessoas
que se identificam umas com as outras, ou são identificadas como tal por
terceiros, com base em semelhanças culturais ou biológicas, ou ambas, reais ou
presumidas. Tal como os conceitos de raça e nação, o de etnicidade
desenvolveu-se no contexto da expansão colonial europeia, quando o
mercantilismo e o capitalismo promoviam movimentações globais de populações ao
mesmo tempo que as fronteiras dos estados eram definidas mais clara e
rigidamente. No século XIX, os estados modernos, em geral, procuravam
legitimidade reclamando a representação de nações. No entanto, os
estados-nação incluem sempre populações indígenas que foram excluídas do projeto
de construção da nação, ou recrutam trabalhadores do exterior das suas
fronteiras. Estas pessoas constituem tipicamente grupos étnicos.
Consequentemente, os membros de grupos étnicos costumam conceber a sua
identidade como algo que está fora da história do estado-nação – quer como
alternativa histórica, quer em termos não-históricos, quer em termos de uma
ligação a outro estado-nação. Esta identidade expressa-se muitas vezes através
de "tradições" variadas que, embora sejam frequentemente invenções
recentes, apelam a uma certa noção de passado.
Os grupos étnicos às vezes são sujeitos
às atitudes e às ações preconceituosas do Estado ou dos seus membros. No século
XX, os povos começaram a discutir que conflitos entre grupos étnicos ou entre
membros de um grupo étnico e o estado podem e devem ser resolvidos de duas
maneiras. Alguns, como Jürgen Habermas e Bruce Barry, discutiram que a
legitimidade de estados modernos deve ser baseada em uma noção de direitos
políticos para sujeitos individuais autônomos. De acordo com este ponto de
vista o estado não pode reconhecer a identidade étnica, nacional ou racial e
deve preferivelmente reforçar a igualdade política e legal de todos os
indivíduos. Outros, como Charles Taylor e William Kymlicka argumentam que a
noção do indivíduo autônomo é ela própria um construto cultural, e que não é
nem possível nem correto tratar povos como indivíduos autônomos. De acordo com
esta opinião, os estados devem reconhecer a identidade étnica e desenvolver
processos nos quais as necessidades particulares de grupos étnicos possam ser
levadas em conta no contexto de um estado-nação.
“A maioria dos estudos e ensaios sobre
a vida religiosa do caboclo da Amazônia é orientada por um interesse
aparentemente folclórico, e neles se dá excessiva atenção a sobrevivências de
velhas crenças, aos aspectos exóticos de algumas práticas ou de rituais, e as
teorias que procuram explicar as origens dessas manifestações culturais.”
(Galvão, 1955: x).
...Na identificação dos fatores de
atraso os historiadores econômicos da Amazônia, os planejadores e os
burocratas, duas décadas após a segunda grande guerra, na segunda metade dos
anos 1960-1970, assinaram o obituário do extrativismo O fizeram considerando
que a profunda crise do sistema de aviamento e patronagem, com a desagregação
da empresa extrativista... (morte do caboclo)
De acordo com o antropólogo Almeida
(2008) “decreta-se arbitrariamente o fim do caboclo e das formas de uso comum
das florestas, campinas, beiras e igarapés, lagos e rios, ou seja, das chamadas
“terras firmes” e das “várzeas.” Mesmo os conflitos sociais pela terra,
agravados a partir de 1969, que abalam toda a Amazônia, não logram uma mudança
nos traços essenciais daquela ação governamental.
… Euclides da Cunha exaltou os chamados
“sertanejos”, o censo oficial instituiu como categorias censitárias os
denominados “caboclos” e os “pretos’, mas todos eram classificados como
“inferiores” ou amarrados metaforicamente na natureza: “sertanejo forte como
uma rocha”, “índio ligeiro como as corredeiras” ou “perigoso como os animais
selvagens” sem esquecer da metáfora que tem sido constantemente reatualizada,
qual seja: “as raízes negras.” Relações deterministas entre “homem” e
“natureza” predominavam nas interpretações eruditas com estas abundantes
metáforas geológicas e botânicas.
Nos debates das primeiras décadas do
século XX a interpretação positiva da miscigenação de Roquette Pinto86 e
Gilberto Freyre combatia, por outro lado, os chamados “pessimistas”. O
antropólogo Roquette Pinto, in Ensaios de Antropologia Brasiliana, de
1933, atacava os que viam na imigração européia a redenção do país e
confrontava as teses do “branqueamento” como solução: A antropologia prova
que o homem, no Brasil, precisa ser educado e não substituído. (Roquette
Pinto, 1933). e do sertanejo ‘cearense’ (Viana, 1934: 86), mas não as teria
submetido à análise antropológica nem biométrica. Para Viana os critérios de
Roquette Pinto eram exatamente os mesmo dos censos oficiais:
Nos recenseamentos de 1872 e 1890, os nossos demografistas oficiais adotaram uma
classificação dos tipos antropológicos brasileiros, tomando como critério diferenciador
exclusivamente este caráter morfológico: a cor da pele. Daí a divisão da nossa
população em quatro grupos étnicos: o dos brancos; o dos negros; o dos
caboclos; o dos mulatos. (...) Esta classificação foi adotada também pelo Prof.
Roquette Pinto U. Ensaios de Antropologia Brasiliana, 1993. (Viana,
1934:59).
Na revista Nacional de Geografia
intitulada Tipos e Aspectos do Brasil, com ilustrações de Percy Lau. O
livro editado pela sudam tinha como título Amazônia: tipos e aspectos.
Contemplava os “arpoadores de jacaré”, o “caboclo amazônico”, “canoeiros”,
“pescadores”, “seringueiros”, “regatões”, “vaqueiros” (do Marajó e do Rio
Branco), “garimpeiros”, “ vendedora de tacacá”… todos podem ser denominados de
Cabcolco.
Pacheco de Oliveira in: “O caboclo e o
brabo. Notas sobre duas modalidades de força de trabalho na expansão da
fronteira econômica no século xix”. Encontros com a Civilização Brasileira,
n.º 11. Rio de Janeiro: Ed. Civilização Brasileira. Rio de Janeiro, maio de
1979, pp. 101-140.
Caboclo (desambiguação)
Caboclo é o mestiço de branco com índio; caboco, mameluco, caiçara, cariboca, curiboca. Antiga designação do indígena brasileiro.
adj. Bras. Masc.
Que tem cor acobreada.
Bras. O mesmo que carijó.
(Do tupi caa-boc)
A primeira estrutura se relaciona como
uma raça hibrida, na segunda com a cor, que normalmente é confundida com a cor
morena. A palavra caboclo, vem do tupi kareuóka, que significa da cor
de cobre; acobreado. A partir daí vem a relação com os índios brasileiros, de
tez avermelhada. Espírito que se apresenta de
forma forte, com voz vibrante e traz as forças da natureza e a sabedoria para o
uso das ervas.
'fulano' tem a cor de caboclo.
Fui a um Terreiro de Umbanda me
consultar com um caboclo.
Câmara Cascudo, no Dicionário do
Folclore Brasileiro, defende a forma caboco, sem o l, que teria sido introduzida na palavra sem
encontrar base nas diversas hipóteses etimológicas, como a que afirma derivar do tupi caa-boc, "o
que vem da floresta" ou de kari’boca, "filho do homem branco".
Os caboclos formam o mais numeroso
grupo populacional de todos os estados da Região Norte (Amazônia) e de alguns
estados do Nordeste (Rio Grande do Norte, Piauí, Alagoas, Ceará e Paraíba).[carece de
fontes] Contudo, a quantificação do
número de pessoas consideradas caboclas no Brasil é tarefa difícil, pois
segundo os métodos usados pelo IBGE em seus recenseamentos eles entram na
contagem dos 44,2% de pessoas consideradas pardas no Brasil, grupo que também
inclui mulatos, cafuzos e várias outras combinações da mistura de negros ou
índios com outras raças, como negro e oriental, índio e oriental, negro, índio
e branco, negro índio e oriental, etc.
Caboclo também pode ser sinônimo de:
- Tapuio, termo genérico de desprezo usado por determinados povos indígenas quando se referiam a indivíduos de outros grupos. Caboclo de cor acobreada e cabelos lisos; caburé.
- Caipira, roceiro, sertanejo. A figura de Jeca Tatu, criação de Monteiro Lobato, foi imortalizada na música popular, no palco e no cinema (por Amácio Mazzaropi) (apesar de que sertanejo e caipiras não são todos necessariamente mestiços).
No Brasil há o Dia do Caboclo,
comemorado em 24 de junho.
Escrito por Natália Pesciotta
O termo caboclo já foi nome injurioso,
porém, mesmo assim, acabou sendo difundindo pelas pessoas.
Contradições de um povo
"vira-lata": desde a nossa mistura mais elementar, a do português com
o índio, a discriminação racial marca presença no Brasil. Lei régia do
longínquo 4 de abril de 1755, expedida pelo imperador dom José, indica: Outrossim
proíbo que os ditos meus vassalos casados com índias ou seus descendentes sejam
tratados com o nome de caboucolos, ou outro semelhante que possa ser injurioso.
De acordo com a historiadora Etelvina
Garcia, ao evitar o estigma, o imperador tentava estimular a união entre
portugueses e índias e garantir uma maior permanência dos colonos por aqui.
Vê-se que a ordem não pegou, já que a
palavra “injuriosa” fixou-se como nome oficial para os mestiços de origem
indígena-portuguesa e, por extensão, para o povo da roça. Em tempo: caboclo é
junção do tupi caá (mato) e boc (oriundo do) – alguém que vem do
mato.
Na fala coloquial, o caboclo é uma
categoria de classificação social complexa que inclui dimensões geográficas
ma(caboco da Amazônia), raciais (cabocão) e de classe (caboquinha do interior).
Considerando a dimensão geográfica, o caboclo é reconhecido, espacialmente
disperso, como um dos “tipos” regionais do Brasil (cf. IBGE, 1975). Entre esses
tipos gerais estão os arigos do Ceará, gaúchos do sul, as baianas da Bahia e os
sertanejos do nordeste, para citar alguns. A distinção de cada tipo regional
está relacionada com a geografia, a história da colonização e as origens
étnicas da população. Nesse sentido, os caboclos são reconhecidos pelos
brasileiros em geral como o tipo humano característico da população rural da
Amazônia. Enquanto outros tipos regionais constituem representações
estereotipadas mais restritas (aparecendo em descrições gerais e no folclore,
para exibir as identidades regionais), o caboclo é também uma categoria de
“mistura racial” e refere-se ao filho do branco e do índio.
A combinação de um “tipo racial”
específico e uma região geográfica está relacionada à história da Amazônia. Em
contraste com outras regiões do Brasil, a colonização da Amazônia incluiu políticas
para integrar (ou seja, escravizar, estimular casamentos mistos e “civilizar”)
a população indígena à sociedade colonial. O que foi gradativamente diminuindo
a população indígena da região.
Além do caboclo, existem no Brasil
outras categorias populares de raça mista, tais como o mulato (o filho do
branco e do negro) e o cafuzo (filho do índio e do negro).
Mas, enquanto tais categorias raciais
não se associam a uma região brasileira específica, os caboclos, sim. E, em
contraste com outros tipos regionais, o nome caboclo também é usado como
categoria de classificação social. Embora a associação entre os conceitos
coloquiais de raça e de classe não seja sempre real ou precisa, ela é usada na
construção de uma representação da classe superior amazônica como branca, enquanto
se faz referência à classe baixa rural como cabocla.
Na região amazônica, o termo caboclo
é também empregado como categoria relacional. Nessa utilização, o termo
identifica uma categoria de pessoas que se encontra numa posição social
inferior em relação àquela com que o locutor ou a locutora se identifica. Os
parâmetros utilizados nessa classificação coloquial incluem as qualidades
rurais, descendência indígena e “não civilizada” (ou seja, analfabeta e
rústica), que contrastam com as qualidades urbana, branca e civilizada
Como categoria relacional, não há um
grupo fixo identificado como caboclos. O termo pode ser aplicado a qualquer
grupo social ou pessoa considerada mais rural, indígena ou rústica em relação
ao locutor ou à locutora. Nesse sentido, a utilização do termo é também um meio
de o locutor ou a locutora afirmar sua identidade? Não cabocla ou branca. No
entanto, nem a natureza conceitual nem a relacional do termo são explicita.
Como resultado, o uso coloquial do termo leva à suposição de que existe uma
população concreta que pode ser imediatamente identificada como cabocla e
carrega a identidade de caboclos. Além disso, nas últimas décadas, a literatura
antropológica tem feito uso do termo, mas sem considerar a diferença entre o
seu significado e o uso coloquial. Daí a necessidade de distinguir cada uso do
termo e se questionar sobre a possibilidade de se instaurar um significado
neutro para um termo consagrado pelo uso popular.
O uso objetivo do termo caboclo pretende
especificar uma categoria socioeconômica à qual faltava um termo próprio de
autodenominação e apontava para o processo histórico de sua constituição.
Ficamos com uma pergunta a ser
respondida: se é um termo de identificação do observador, qual é a identidade
própria das pessoas às quais o termo se refere? Os chamados caboclos, isto é,
os pequenos produtores rurais amazônicos, não tinham uma identidade coletiva,
nem um termo alternativo e abrangente de autodenominação. Pois agora será o
próprio termo – caboclo – que definirá esta coletividade.
A única categoria de autodenominação
comumente empregada por toda a população rural é a de “pobre”. Noções mais
fortes de identidade baseiam-se no parentesco, na religião, na ecologia do
assentamento e na ocupação econômica do grupo e do indivíduo, como será
discutido abaixo. Esses parâmetros não constituem uma base de unificação, mas
de diferenciação no interior da própria população rural. As famílias constituem
a base da formação de pequenos grupos e estão diretamente relacionadas à
organização das comunidades rurais. E, dentro de cada comunidade, grupos
familiares diferentes frequentemente disputam a liderança local. Portanto, como
os camponeses em geral, a categoria social caboclo era caracterizada pela
ausência de uma identidade coletiva forte, que agora não ocorrerá mais. A
população rural tem, ao contrário, identidades locais, do ponto de vista de uma
observação externa que nela percebe traços comuns. Isto fica evidente no
interior do Pará com o uso do termo “parente”, para designar todos que moram
próximo um dos outros
Alguém ai me explica como os seguintes
estados podem ser na maioria mulatos: Amazonas, Ceará, Paraná, Santa Catarina,
Acre, Rio Grande do Norte, Paraíba. Sergipe, Rondônia, Roraima, Amapá, Goiás,
Tocantins, Piauí, Maranhão (Norte), Pernambuco (Cafuzos), alagoas e São Paulo,
mulatos caboclos, com um percentual de negros e afro-descendentes menor do que
7%, me poupem! Os outros estados: Amazonas, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa
Catarina, Ceará, Pará, Acre, Rio Grande do Norte e Paraíba mulatos, com um
percentual de negros e afro-descendentes menor de 5 e 3%, é o "O"!
Onde ficou o Brasil mulato?!
Acorda Norte! Acorda Brasil!
Segundo dados divulgados pelo IBGE em 2009,18 dos
dez estados brasileiros com maior população parda, cinco estavam na Região
Norte e cinco na Região Nordeste:
2) Pará – 72,6% de pardos
3) Piauí – 69,9%
4) Tocantins – 68,8%
5) Maranhão – 68,6%
6) Alagoas – 67,7%
7) Acre – 67,7%
8) Sergipe – 67,1%
9) Amapá – 66,9%
10) Ceará – 66,1%
O que tem de errado nestes estados?!
Como os estados do Amazonas e o Pará podem ser
considerados pardos-mulatos e não caboclos-indígenas!?
A imensa maioria da população do Pará e do Amazonas
é constituída de caboclos e indígenas! Isso vale para, de cara, para todos os
estados da região norte, centro-oeste e nordeste.
Você concorda?! Amazonas e Pará, nós não somos
pardos ou nós somos caboclos e indígenas!
Viram a distorção?!
Desmontando a jogada do Brasil mulato: De onde veio essa estória de pardo?! Adivinha?!
Termos que designam o caboclo.
- MATUTO= Caboclo do mato, mestiço que vive na floresta.
Que ou quem vive no mato; habitante do campo; sertanejo. Roceiro, caipira. Mas
também pode ser usado no sentido de acanhado, tímido; cismático. Indivíduo
ignorante e ingênuo.
habitantes das zonas litorâneas. As comunidades caiçaras surgiram a partir do sec. XVI, com a mistura de brancos e índios.
- MOCORONGO= Aquele que tem a sina de ser besta, leso, lesado
abestalhado, bobo, fácil de ser enganado. Caboclo da cidade de Santarém, é
também sinônimo de soldado raso, “samango”.
- MAMELUCO= Caboclo de Pernambuco. Filho de índio com branco
ou com negro. / Mestiço de branco com cariboca. / Soldado da milícia
turco-egípcia, originariamente formada de escravos, que se tornou senhora do
Egito e da qual saíram vários sultões.
Os caboclos formam o mais numeroso grupo
populacional de todos os estados da Região Norte (Amazônia) e de alguns estados
do Nordeste (Rio Grande do Norte, Piauí, Alagoas, Ceará e Paraíba).[carece de
fontes] Contudo, a quantificação do número de pessoas consideradas caboclas no
Brasil é tarefa difícil, pois segundo os métodos usados pelo IBGE em seus
recenseamentos eles entram na contagem dos 44,2% de pessoas consideradas pardas
no Brasil, grupo que também inclui mulatos, cafuzos e várias outras combinações
da mistura de negros ou índios com outras raças, como negro e oriental, índio e
oriental, negro, índio e branco, negro índio e oriental, etc.
Caboclo também pode ser sinônimo de: tapuio, termo
genérico de desprezo usado por determinados povos indígenas quando se referiam
a indivíduos de outros grupos. Caboclo de cor acobreada e cabelos lisos;
caburé.
Caipira, roceiro, sertanejo. A figura de Jeca Tatu,
criação de Monteiro Lobato, foi imortalizada na música popular, no palco e no
cinema (por Amácio Mazzaropi) (apesar de que sertanejo e caipiras não são todos
necessariamente mestiços).
No Brasil há o Dia do Caboclo, comemorado em 24 de
junho. Fonte - http://pt.wikipedia.org/wiki/Caboclo.
Município tem competência para legislar.
Indígena é impedida de fazer matrícula na Universidade por causa de documento
Importante resgatar que, após longo período de
inércia dos Municípios, os mesmos foram, com a atual Carta Magna, inseridos em
posição de igualdade jurídica à União, Estados e Distrito Federal, ganhando
autonomia na organização federativa e novas responsabilidades políticas e
administrativas.
Nesta linha, conforme estabelece o artigo 30 da
Constituição Federal de 1988, os municípios passaram a ter autonomia
constitucional para legislar sobre assuntos de interesse local, bem como
suplementar a legislação federal e estadual no que couber.
A competência suplementar engloba a complementar,
que significa desdobrar, pormenorizar, detalhar o conteúdo de uma norma geral e
a suplementar, que significa suprir, preencher. Destarte, pode e deve o
Município complementar normas gerais originárias da União, a fim de ver
cumprida a sua responsabilidade pública.
Regra geral, a possibilidade de complementação da
legislação proveniente da União deve estar vinculada ao interesse local, como
no caso específico do presente projeto de lei.
Ainda como fundamento da competência municipal,
para legislar sobre o objeto desta proposta de lei, ressalte-se que a doutrina
constitucional brasileira ratifica a competência concorrente como aquela que
complementa a legislação federal e a estadual quando assim couber, objetivando
adaptar a legislação federal e a estadual à realidade do município.
O disposto nos artigos do presente projeto atendem
a regras de cautela absolutamente racionais e salvaguarda o interesse público
em geral pelo que se espera a tramitação regulamentar e, ao final, a aprovação.
Assim esse projeto, se aprovado, contribuirá não só
para a acabar com o constrangimento que muitos passam, mas também na
reconstrução da nossa verdadeira cultura: CABOCLA.
Quer ver a realidade?!
Troque-se o termo PARDO por CABOCLO MESTIÇO e plim, plim! E olhe que muitos desses que se dizem "brancos" também são CABOCLOS/MESTIÇOS de sangue!
Nós somos um país de CABOCLOS/MESTIÇOS por natureza!
Simples assim!
A ORIGEM DO CONCEITO - PARDO -
Quer ver a realidade?!
Troque-se o termo PARDO por CABOCLO MESTIÇO e plim, plim! E olhe que muitos desses que se dizem "brancos" também são CABOCLOS/MESTIÇOS de sangue!
Nós somos um país de CABOCLOS/MESTIÇOS por natureza!
Simples assim!
A ORIGEM DO CONCEITO - PARDO -
REFERÊNCIAS
Vídeos.
EM TESE - IDENTIDADE ÉTNICO-RACIAL - https://www.youtube.com/watch?v=mjcR8lp7nt0&pbjreload=10
Estigma e a construção da identidade - https://www.youtube.com/watch?v=FLCv1XAvBO0
ESTIGMAS SOCIAIS - GOLFFMAN - https://www.youtube.com/watch?v=rmBwR5HTrnA
Bibliográficas.
ARANTES, Luana Lazzeri/PROGES/UFOPA. Planejamento
Interno para Elaboração do Plano Decenal de Ações Afirmativas e Inclusão
Étnico-Racial da Universidade Federal do Oeste do Pará - Oficina de Trabalho.
Santarém, 26 de novembro de 2015.
CARVALHO,
Kildare Gonçalves. Direito Constitucional Ditático. 8ª ed. Belo Horizonte: Del
Rey, 2002. p. 243-244.
CARVALHO, José Jorge. Inclusão étnica e racial no
Brasil. São Paulo: Attar Editorial, 2006.
DAFLON, Verônica Toste; FERES JUNIOR, João; CAMPOS,
Luiz Augusto. Ações afirmativas raciais no ensino superior público brasileiro:
um panorama analítico. Cad. Pesqui., São Paulo, v.
43, n. 148, p. 302-327, Apr. 2013.Available from <
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-15742013000100015&lng=en&nrm=iso
>. access on 18 May 2016
FERES JÚNIOR, João; ZONINSEIN, Jonas. Introdução:
ação afirmativa e desenvolvimento. In: FERES JÚNIOR, João; ZONINSEIN, Jonas
(Org.). Ação afirmativa e universidade: experiências nacionais comparadas.
Brasília: UnB, 2006. p. 9-45.
FONSECA, Dagoberto José. Políticas Públicas e Ações
Afirmativas. São Paulo: Selo Negro, 2009.
RANDOLFHO, Angela (Org.). Entre dados e fatos: ação
afirmativa nas universidades públicas brasileiras. Rio de Janeiro: PUC-Rio,
Pallas, 2010, p. 19-50.
WIKIPEDIA. Pardos. In: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pardos
WIKIPEDIA. Composição Étnica do Brasil. In: https://pt.wikipedia.org/wiki/Composi%C3%A7%C3%A3o_%C3%A9tnica_do_Brasil
VILAR, Leandro. In: http://seguindopassoshistoria.blogspot.com.br/2013/03/os-bandeirantes.html
WIKIPEDIA. Pardos. In: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pardos
WIKIPEDIA. Composição Étnica do Brasil. In: https://pt.wikipedia.org/wiki/Composi%C3%A7%C3%A3o_%C3%A9tnica_do_Brasil
VILAR, Leandro. In: http://seguindopassoshistoria.blogspot.com.br/2013/03/os-bandeirantes.html
Para começo de conversa!
Veja, ouça e analise!
"Após propostas para caboclos e outros mestiços serem todas excluídas por
militantes do PT e PCdoB, numa atitude de desrespeito às leis do Estado
do Amazonas, a presidente do Movimento Nação Mestiça e do Conselho
Municipal de Direitos Humanos de Manaus, Elda Castro, foi agredida
durante a III Conferência Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade
Racial do Amazonas (III Ceprir-AM), realizada ontem (30) na Assembleia
Legislativa do Estado. .."
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