sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Audição Histérica





Distúrbio sensorial da audição típico de histéric@s.

AUDIÇÃO HISTÉRICA!
"O mecanismo é simples: a pessoa reduz o raio do alcance auditivo para se sentira mais "protegida", mas isso faz com ela tenda a ter que se unir a outras pessoas para aumentar o seu campo de audição. Isso é bem típico de pessoas FOFOQUEIRAS!"
A pessoa passa a viver como um filhote de animal selvagem abandonado na selva!
Luta pela sobrevivência!?

Histeria
Histeria (do francês hystérie, e deste do grego ὑστέρα, "matriz") é uma neurose complexa caracterizada pela instabilidade emocional. Os conflitos interiores manifestam-se em sintomas físicos, como por exemplo, paralisia, cegueira, surdez, etc. Pessoas histéricas freqüentemente perdem o autocontrole devido a um pânico extremo. Foi intensamente estudada,por Charcot e Freud. Foi considerada, até Freud, como uma doença exclusivamente feminina. No final do século XIX, Jean-Martin Charcot (1825-1893), um eminente neurologista francês, que empregava a hipnose para estudar a histeria, demonstrou que idéias mórbidas podiam produzir manifestações físicas. Seu aluno, o psicólogo francês Pierre Janet (1859-1947), considerou como prioritárias, para o desencadeamento do quadro histérico, muito mais as causas psicológicas do que as físicas. Posteriormente, Sigmund Freud (1856-1939), em colaboração com Breuer, começou a pesquisar os mecanismos psíquicos da histeria e postulou em sua teoria que essa neurose era causada por lembranças reprimidas, de grande intensidade emocional. Os distúrbios sensoriais podem: abranger os sentidos da visão, audição, paladar e olfato; variar desde sensações peculiares até a hipersensibilidade ou anestesia total; causar grande sofrimento com dores agudas, para as quais nenhuma causa orgânica pode ser determinada.
Os distúrbios motores podem incluir uma gama de manifestações, como paralisia total, tremores, tiques, contrações ou convulsões. Afonia, tosse, náusea, vômito, soluços são muitas vezes de origem histérica. Episódios de amnésia e sonambulismo são considerados reações de dissociação histérica.
Os sintomas sensoriais e motores da histeria são denominados conversão pois geralmente não seguem as costumeiras inervações do sistema nervoso.
Os distúrbios sensoriais podem:
abranger os sentidos da visão, audição (diminuição da audição, surdez), paladar e olfato;
variar desde sensações peculiares até a hipersensibilidade ou anestesia total;
causar grande sofrimento com dores agudas, para as quais nenhuma causa orgânica pode ser determinada.
Os distúrbios motores podem incluir uma gama de manifestações, como paralisia total, tremores, tiques, contrações ou convulsões. Afonia, tosse, náusea, vômito, soluços são muitas vezes de origem histérica.
Episódios de amnésia e sonambulismo são considerados reações de dissociação histérica.
"Surdez histérica raramente é bilateral; é, com muita frequência, mais ou menos completa, combinado com anestesia do pavilhão auricular, do canal auditivo, e até mesmo do tímpano."

Conversão Histérica

O termo conversão foi introduzido por Freud para designar o mecanismo de defesa através do qual um conteúdo mental é transformado, convertido, em fenômenos orgânicos, motores (paralisias, tremores, convulsões, distúrbios da marcha, da deglutição etc.) ou sensitivos (dores, parestesias, anestesias, distúrbios da visão, da audição etc.).
Desde o início o termo esteve associado à histeria e foi empregado pela primeira vez nos textos Estudos sobre Histeria e As Psiconeuroses de Defesa (Edição Standard das Obas Completas de Sigmund Freud, vols. II e III, Ed. Imago, R.J.).
A explicação inicial do mecanismo de conversão foi econômica: a energia libidinal é convertida em inervação somática a partir daquilo que Freud chamou de “complacência somática”: fator constitucional ou adquirido que predisporia determinado órgão ou aparelho a ser utilizado desta forma. Mas, o objeto de maior interesse psicanalítico sempre foi o componente simbólico dos sintomas conversivos.
O sintoma conversivo é a representação, através da linguagem corporal, de um conflito inconsciente. Como todo sintoma psicológico, a conversão tenta solucionar um conflito e, como toda solução de compromisso, ela é constituída pelo impulso reprimido e pela interdição do mesmo.
Clinicamente é muito importante fazer-se a distinção entre o sintoma conversivo e a somatização, já que ambos afetam o funcionamento corporal, mas demandam diferentes abordagens. Enquanto que o sintoma conversivo é a representação, através da linguagem corporal, de um conflito inconsciente, a somatização é um distúrbio funcional que aponta para e existência de uma situação de estresse.

O pior cego é o que não quer ouvir, por que jaz histérico ou noiado, paranoico.

Cegueira como sintoma de his­teria de conversão. Em princípio, corrobora a crença popular em que vemos o que queremos ver e somos cegos para as coisas que não que­remos ver. A cegueira histérica é da mesma ordem. 

Histeria (do francês hystérie, e deste do grego ὑστέρα, "matriz") é uma neurose complexa caracterizada pela instabilidade emocional. Os conflitos interiores manifestam-se em sintomas físicos, como por exemplo, paralisia, cegueira, surdez, etc. Pessoas histéricas freqüentemente perdem o autocontrole devido a um pânico extremo. Foi intesamente estudada,por Charcot e Freud.

Consta que a histeria se caracteriza como um transtorno mental com limitação da consciência e distúrbios motores ou sensoriais. Ainda que o paciente não se dê conta, ganhos psicológicos ou valores simbólicos podem ser engendrados. Estão presentes fenômenos de "dissociação" (estreitamento da consciência em prol do inconsciente acompanhado ou subsequente a uma amnésia seletiva ou a alguma alteração da personalidade, por exemplo, fugas errantes e de conversão) e quadros "conversivos" (sintomas corporais como paralisia, tremor, cegueira, surdez ou convulsões) 

Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM)

Os órgãos responsáveis por gerenciar a população norte-americana, depois do período do pós-guerra, sentiram necessidade de padronizar formas de identificar e tratar o sofrimento mental. Essa demanda já existia antes da experiência bélica e ante a situação traumática e a quantidade de pacientes carentes de assistência aumentou significativamente. A falta de uniformidade entre os centros de saúde mental promovia confusões acerca do diagnóstico e do tratamento. Diante daquele cenário, a Associação Psiquiátrica Americana (APA) criou, em 1952, a primeira edição do DSM para abranger a compreensão dos problemas enfrentados pela população norte-americana. Era preciso dar atenção especial às áreas da personalidade com distúrbios transitórios e reações de estresse, transtornos mais prevalentes em soldados no retorno da guerra, pois os psiquiatras do exército norte-americano deparavam-se com realidades diferentes das encontradas na psiquiatria hospitalar civil. No contexto hospitalar, frequentado por combatentes, predominavam as perturbações mentais acompanhadas de doenças cerebrais orgânicas. E na população em geral, os transtornos mentais eram relacionados mais a questões de humor. Na primeira versão ainda não se localizava a histeria como entidade nosográfica, mas a palavra histeria pode ser encontrada dezesseis vezes ao longo do manual, sendo citada apenas como uma possibilidade de classificação, sem descrições. Por exemplo: "paralisia histérica da laringe, espasmo histérico da laringe, paralisia histérica da úvula, ptialismo histérico, incontinência histérica, ambliopia histérica, astenopia histérica, amaurose histérica, paralisia histérica de alojamento, surdez histérica, histeria de angústia" (APA, 1952, pp. 1-8).

A conversão não se manifesta apenas como convulsões, com habitualmente se entende. Ela pode se expressar também por meio de sintomas como crises de falta de ar, paralisias, cegueira, surdez, dores de cabeça, gravidez psicológica, dores musculares ou uma incapacidade de ingerir alimentos a que se dá o nome de bolo histérico. Tais sintomas tornam-se, eles próprios, os problemas a serem tratados, enquanto os conflitos que os originaram permanecem escondidos. A conversão é um mecanismo inconsciente de defesa que procura evitar o sofrimento.

Nota-se que o termo "histeria" não é mais citado e encontra-se apenas o adjetivo "histérica" (19 vezes). Para essa alteração não há justificativas, mas observa-se a expressiva presença do termo "neurose" (citado 57 vezes). Para o manual, a ansiedade é a principal característica das "neuroses", podendo refletir a expressão do inconsciente, por mecanismos como o deslocamento e a conversão. Na maior parte das vezes, esses mecanismos produzem sintomas que expressam o sofrimento subjetivo e promovem alívio para o paciente. Para o DSM-II, as neuroses, ao contrário das psicoses, não produzem uma distorção ou uma má interpretação da realidade externa, embora o manual deixe explícito que uma eventual exceção a isto pode ocorrer na "neurose histérica", na qual podem ocorrer alucinações ou outros sintomas semelhantes aos da psicose. A "neurose histérica" substitui o que estava nomeado de "reação conversiva" e "reação dissociativa". Os sintomas irrompem frente a situações emocionais e conflitos latentes importantes. A alteração também aconteceu na terminologia "personalidade emocionalmente instável", nomeada agora como "personalidade histérica". Na "neurose histérica tipo conversão", os sentidos especiais ou voluntários do sistema nervoso são afetados provocando cegueira, surdez, anestesias, parestesias, paralisias e discinesias. Por vezes, esses pacientes demons-tram indiferença e inadequada preocupação frente aos seus sintomas, citados como belle indifférence. Os "transtornos psicofisiológicos (distúrbios físicos de possível origem psicogênica)" substituem o que antes era nomeado no DSM-I por "transtornos psicofisiológicos autônomos e viscerais". São um grupo de classificações composto por sintomas físicos decorrentes de fatores emocionais envolvendo um único órgão, afetando a vida vegetativa, isto é, a respiração, a circulação do sangue, o controle de temperatura ou a digestão. Nessa edição, a presença da psiquiatria psicodinâmica poderia ser identificada, sendo os sintomas resultados de conflitos não manifestos (APA, 1968).

A neurose histérica do tipo conversivo, classificada primeiramente por Freud como histeria de conversão, e hoje nomeada de distúrbio conversivo pela classificação psiquiátrica norte americana, é caracterizada como uma alteração ou limitação física involuntária e inconsciente que ocorre como resultado de conflitos ou necessidades psicológicas, na ausência de distúrbio físico. Costuma-se considerar que os estudos de Freud sobre esse distúrbio foram responsáveis pelo início da psicanálise, pois através dos sintomas de seus pacientes e da melhora dos mesmos através do método por ele criado de associação livre (onde o paciente fala sobre seus problemas sem regras específicas), pôde-se perceber que o que é manifestado pela mente não é necessariamente aquilo que ela representa em sua totalidade. Como exemplo, tem-se o caso de uma paciente que sofria de dificuldade de movimentação das pernas o que parecia uma lesão orgânica mas que depois de algum tempo foi diagnosticada como um sintoma psíquico produzido devido a problemas inconscientes. Nascia assim, a definição do inconsciente dentro da mente humana.

Os sintomas apresentados por esses pacientes são dos mais diversos tipos como anormalidades motoras (paralisias, dificuldades em engolir, vômitos, incapacidade de falar, dificuldade em caminhar, etc.), perturbações sensoriais (cegueira, surdez, incapacidade de sentir cheiros, anestesia, visão embaralhada, etc.) e distúrbios de consciência. Há uma relação temporal íntima entre o início dos sintomas e um esgotamento psíquico diante de situações estressantes ou emotivas muito fortes tanto agudas quanto crônicas. Os pacientes não têm consciência de que estão produzindo os sintomas, pois os mesmos estão justamente presentes para se evitar o afloramento de pensamentos inconscientes dotados de uma carga emotiva intensamente angustiante e incapacitante, que poderia trazer uma enorme desestruturação psíquica. Por fim, o distúrbio não pode ser explicado clinicamente e nem através de exames complementares.

Incidência e Diagnóstico

Considera-se que 4% de pacientes ambulatoriais de uma clínica neurológica na Grã-Bretanha têm um distúrbio conversivo, nos Estados Unidos, 10% dos pacientes internados em hospitais têm tal distúrbio.

A pesquisa empírica do distúrbio conversivo tem ficado muito atrás das especulações teóricas. Avanços recentes nos exames de imagem funcional (tomografia por emissão de pósitrons) e da neuropsicologia congnitiva tem possibilitado uma maior investigação neste campo. O diagnóstico do distúrbio conversivo é feito após a exclusão de uma doença orgânica e a identificação de um agente estressor emocional significativo. Sabe-se que cerca de 30% dos pacientes com esse distúrbio têm uma doença orgânica associada. Os problemas diagnósticos residem em até que ponto desordens orgânicas podem ser excluídas, na concordância de quais situações podem ser consideradas como conflitos psicológicos importantes e também no uso de critérios para excluir a simulação.

As explicações biológicas referem-se à ativação cortical excessiva desencadeando mecanismos cerebrais inibidores ao nível das ligações entre os neurônios, ou no tronco encefálico (região onde se situam vários sistemas de fibras nervosas ativadoras do córtex cerebral).

Foi com bases nessas novas idéias que o Dr. Peter W. Halligan da Escola de Psicologia da Universidade de Cardiff e colaboradores reuniram num artigo informações sobre a importância da utilização de meios de imagem para afastar doenças orgânicas no diagnóstico de distúrbio conversivo.

Evidências recentes através de imagens funcionais indicam algumas áreas cerebrais possivelmente envolvidas. Percebeu-se que regiões do cérebro eram ativadas quando um paciente estudado, com paralisia do lado esquerdo do corpo, tentava movimentar o lado paralisado. Tais regiões cerebrais - partes do lobo frotal e temporal - foram responsabilizadas pela inativação dos movimentos conscientes que o paciente quis realizar.

A neuropsicologia tem tentado estudar a questão através da pesquisa de como desajustes no processo cognitivo normal como volição, memória, controle motor e sensorial, podem causar sintomas clínicos.

Em outros estudos de imagem percebeu-se uma ligação entre a hipnose e o distúrbio conversivo, pois as áreas ativadas após a indução da paralisia pela hipnose foram parecidas com as áreas ativadas no cérebro quando na paralisia do distúrbio conversivo.

Não há estudos controlados com respeito ao tratamento do distúrbio conversivo. Os relatos de casos não controlados e as séries de casos existentes são difíceis de avaliar, pois alguns pacientes melhoram espontaneamente e os benefícios psicológicos de qualquer intervenção podem ser mais importantes do que os de uma intervenção específica.

Há um potencial em utilizar uma abordagem cognitiva comportamental evitando o reforço positivo do sintoma anormal e facilitando maiores ligações entre situações do dia a dia e os sintomas físicos. Tem-se percebido que os eventos da vida e as circunstâncias sociais podem mudar significativamente o prognóstico desses pacientes e há evidências de que mudanças nas relações e nas características da vida dessas pessoas após o início dos sintomas levam a uma melhora mais perceptível.

Mesmo sendo a histeria de conversão uma doença que causa grandes debilidades e ao mesmo tempo preconceitos muitas vezes intensos principalmente pela equipe médica, é quase certo ser uma doença sem uma patologia específica, ou seja, sem uma causa única.

Conclusões

De acordo com as informações acima, pôde-se perceber a imensa variedade de hipóteses que surgem no momento em que não se consegue definir um mecanismo palpável para se compreender uma doença. Diversas formas de tratamento já têm sido trabalhadas, desde o começo deste século através de Freud, um dos primeiros a desvendar as particularidades desse distúrbio. É muito importante que as descobertas através das novas tecnologias como os estudos de imagem, sejam assimiladas com cautela e que antes de tudo sejam utilizadas juntamente com aquilo que já se sabe a respeito. Há sempre diversas formas de se focar diante de um problema. Muitas vezes, essas formas se complementam em vez de se invalidarem. No que diz respeito ao distúrbio conversivo, é bem provável que a forma com que o psiquismo é estudado seja bem diferente da forma com que a biologia é estuda, mas ambos têm muito a acrescentar um ao outro, nessa viagem ao interior da mente humana. 
Fonte: Nova Abordagem Diagnóstica para as Crises de Histeria. In: http://www.boasaude.com.br/artigos-de-saude/3293/-1/nova-abordagem-diagnostica-para-as-crises-de-histeria.html
Distúrbio do processamento auditivo
A audição é uma das vias de integração do indivíduo com o seu mundo, sendo responsável por inúmeros processos no seu desenvolvimento e em sua existência. A maneira como o sistema auditivo recebe, analisa e organiza aquilo que ouvimos é chamada de processamento auditivo. Este se refere à série de processos que envolvem a análise e interpretação do estímulo sonoro e pode ser definido como as operações mentais que o indivíduo realiza ao lidar com informações auditivas recebidas e que dependem de uma capacidade biológica inata e de experimentação no meio acústico. Porém, alguns tipos de doenças podem interferir nesse processo, como é o caso do distúrbio do processamento auditivo (DPA).A fonoaudióloga, mestre e doutora em ciências aplicadas à saúde do adulto Pollyanna Barros Batista explica que, estudos feitos no ano passado, apontam que 5% das crianças em idade escolar têm alterações no processamento auditivo, resultando alterações de linguagem, dificuldades na fala ou para aprender, além das interações sociais. “O DPA, muitas vezes, é confundido com dislexia, transtorno do déficit de atenção, autismo e outras patologias”, ressalta Pollyanna, que, desde 2010, vem desenvolvendo pesquisas sobre o assunto e atualmente é autora do blog:
De acordo com a American Speech-Language-Hearing Association (Asha), a mais conceituada associação de fonoaudiólogos dos Estados Unidos, o DPA é dificuldade apresentada pelo sistema nervoso auditivo, no processamento perceptual das informações auditivas, manifestadas pelo desempenho insatisfatório de uma ou mais habilidades auditivas. “São várias as causas do DPA em crianças, incluindo atraso maturacional, anomalias neuroanatômicas, lesões encefálicas ou alterações funcionais (sem lesão específica ou diagnosticada). Segundo a British Society of Audiology (2011), o DPA pode ser resultante de um evento pós-natal (trauma neurológico ou infecções), ocorrer devido a uma perda auditiva condutiva (resultante de otites repetitivas ou otosclerose), ou pode ser detectado na infância em indivíduos com audiometria normal e estes não apresentarem nenhuma etiologia ou potenciais fatores de risco”, esclarece Pollyanna.
“Já o DPA em adultos pode ser ocasionado por perdas auditivas não tratadas ou aquelas em que o indivíduo demora para se reabilitar. A demora para começar a usar aparelho auditivo, por exemplo, pode levar à doença.” Mas como identificar o DPA? Pollyana explica que, caso o indivíduo apresente a associação de algumas das queixas, é prudente procurar um otorrinolaringologista e um fonoaudiólogo especializado nessa área, para que providencie, além de avaliação das manifestações apresentadas, audiometria (exame de audição, que, geralmente, tem resultado normal nesses casos) e exame específico das habilidades auditivas (avaliação do processamento auditivo).

“Em casos de DPA diagnosticado, em virtude do impacto de alterações na audição, na comunicação e no sucesso acadêmico, é necessária intervenção rápida, por meio de programas baseados no treinamento auditivo e na melhora do sinal acústico, além do emprego de estratégias de linguagem, cognitivas e metacognitivas, os quais promoverão a plasticidade e a reorganização cortical. A estimulação das habilidades auditivas, que deve ocorrer no ‘treinamento auditivo’, é fundamentada nos princípios da neuroplasticidade, ou seja, na possibilidade que o cérebro tem de criar conexões como resposta às solicitações a que é submetido”, ressalta a especialista.
DIAGNÓSTICO
Pollyanna explica que, muitas vezes, é difícil perceber os sintomas do DPA. “Estes são mais evidentes na idade escolar, durante e após a alfabetização. É nessa fase que a criança recebe aumento da demanda linguística e o ambiente de aprendizado passa a ser menos controlado, tem mais competição. Por isso, a maior parte das crianças faz o diagnóstico correto após os 7 ou 8 anos. Alguns casos vêm para a avaliação com 12, 13 ou até 15 anos e com queixas de dificuldades escolares há anos. Como os sintomas são parecidos, o quadro pode se confundir ou estar presente concomitantemente com atrasos de linguagem, dislexia e déficit de atenção. Em adultos e idosos, em geral, o diagnóstico é feito após uma adaptação de prótese malsucedida ou com baixo rendimento, nos casos em que mesmo com o uso do melhor aparelho possível, o indivíduo ainda se queixa de dificuldade de escuta.”
No caso de crianças e adolescentes, é preciso ficar atento ao seguinte: se a pessoa sente incômodo com ruído ou sons intensos, atrasos ou distorção na fala, como a produção dos sons “r” e “l”, não conseguir se lembrar das instruções recebidas, desatenção, dificuldades em aulas de música, na leitura fluente de um texto, na escrita com respeito às regras de pontuação, no reconhecimento sonoro de uma sílaba átona ou tônica, cometer muitos erros gramaticais, inverter letras ao escrever (b, d, p, q), troca letras com sons parecidos (p/b, t/d, f/v, m/n), ter letra feia, não entender bem as piadas e apresentar baixo rendimento escolar. Em adultos, o incômodo com ruído ou sons intensos, dificuldade para identificar sons verbais e não verbais na presença de outros sinais acústicos competitivos (ruído), problemas para compreender sons verbais acusticamente incompletos e problemas para recordar a ordem de ocorrência dos eventos acústicos.
Transtorno do Processamento Auditivo
O transtorno do processamento auditivo pode ser provocado por múltiplas causas. As mais comuns são os problemas origem genética, lesões cerebrais por anóxia ou traumatismo craniano, além da presença de outros distúrbios neurológicos atraso maturacional das vias auditivas do Sistema Nervoso Central ou por ENVELHECIMENTO NATURAL DO CÉREBRO.
A capacidade que o sistema nervoso tem para traduzir as informações enviadas pela audição é chamada de processamento auditivo central. Essa habilidade está diretamente relacionada com a localização dos sons, a possibilidade de prestar atenção em um som e ignorar outros, memorizar sons.
Algumas das funções do processamento auditivo são: localização e lateralizacão dos sons, discriminação auditiva, reconhecimento do padrão auditivo, aspectos temporais da audição.
As dificuldades de concentração provocada pelo problema pode ser facilmente confundida com transtornos de atenção, falta de interesse, por isso, é preciso prestar atenção aos sinais do transtorno. Conheça alguns dos sinais:
- Dificuldade de aprendizagem
- Dificuldade de memorização e desatenção
- Cansaço rápido e agitação ao assistir aulas
- Dificuldade para ouvir e prestar atenção em lugares barulhentos
- Necessidade constante de pedir para repetir
- Parecer não ouvir/entender bem
- Demora para escutar e/ou compreender o que foi dito
- Dificuldade em conversas com muitas pessoas ao mesmo tempo
- Dificuldade para localizar de onde o som está vindo
- Dificuldade para realizar uma sequência de tarefas que lhe foi solicitada
- Dificuldade para entender conceitos abstratos 
Transtorno Dissociativo
O Transtorno Dissociativo, também conhecido como distúrbio de conversão, é um transtorno psicológico que faz com que o paciente deixe de perceber a realidade, confundindo-a com pensamentos, memórias e identidades de outras pessoas. Isto é, o paciente deixa de conseguir distinguir a realidade dos seus pensamentos, podendo apresentar várias mudanças de personalidade.
Os sintomas do transtorno dissociativo podem incluir:
- Perda de memória para certos períodos de tempo, acontecimentos ou pessoas;
- Doenças mentais, como depressão, ansiedade ou pensamentos suicidas;
- Ver as pessoas de uma forma diferente do que são realmente;
- Mudanças constantes de humor e de personalidade.
O transtorno dissociativo é difícil de ser diagnosticado, pois o indivíduo afetado dificilmente procura ajuda psicológica, no entanto, quando os familiares desconfiam de um transtorno psicológico, devem consultar um psicólogo para fazer o diagnóstico e iniciar o tratamento adequado.


Referências:


A histeria - https://www.ufrgs.br/psicopatologia/wiki/index.php?title=A_histeria





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