"Radicliffe-Brow fala que intimamente relacionada com a concepção de estrutura social está relacionada a concepção de "personalidade social" como posição ocupada pelo ser humano numa estrutura social, o complexo formado por todas as suas relações sociais com outros. Ele diz que todo ser humano que viva numa sociedade é duas coisas: indivíduo e pessoa."
Sobre
a Estrutura Social – Radcliffe Brown
Vídeo 1 - Estrutura social explicada com muita didática e inteligência.
Texto
Base 1. Estrutura
Social - Radcliffe Brown, por:
Aurélio
Cassiano. In:
http://antropologiauecegrupo1.blogspot.com/2012/05/estrutura-social-radcliffe-brown.html
Texto Base 2. Resumo do Capítulo X: Sobre Estrutura Social, Livro ESTRUTURA E FUNÇÃO NA SOCIEDADE PRIMITIVA - RADCLIFFE-BROW, por Ronaldo César Meirelles Cardoso. In: http://jardim-suspenso.blogspot.com/2011/04/capitulo-sobre-estrutura-social.html
Texto base 3. Cap. X – SOBRE A ESTRUTURA SOCIAL - Radcliffe Brown, por Rubens Gabriel Júnior. In: https://pt.scribd.com/document/106831918/Cap-X-SOBRE-A-ESTRUTURA-SOCIAL-Radcliffe-Brown
Texto base 4. Estrutura e Função na Sociedade Primitiva - RADCLIFFE-BROWN, por Ojr Bentesin: https://ojrbentes.blogspot.com/2018/11/estrutura-e-funcao-na-sociedade.html
Texto base 3. Cap. X – SOBRE A ESTRUTURA SOCIAL - Radcliffe Brown, por Rubens Gabriel Júnior. In: https://pt.scribd.com/document/106831918/Cap-X-SOBRE-A-ESTRUTURA-SOCIAL-Radcliffe-Brown
Texto base 4. Estrutura e Função na Sociedade Primitiva - RADCLIFFE-BROWN, por Ojr Bentesin: https://ojrbentes.blogspot.com/2018/11/estrutura-e-funcao-na-sociedade.html
SLIDE 1 para apresentações: Estrutura e organização social. In: https://slideplayer.com.br/slide/1251807/
O
autor inicia o
capítulo
criticando Malinowski, afirma ser ele o inventor de uma Escola
Funcional que não existe, para
discutir
sobre funcionalismo. Ele
define
a
Antropologia
Social
como sendo a ciência teórico-natural da sociedade humana, isto
é, a investigação dos fenômenos sociais por métodos
essencialmente semelhantes aos empregados nas ciências físicas e
biológicas.
e
critica os antropólogos que dizem ser impossível aplicar aos
fenômenos sociais os métodos teóricos das ciências naturais.
“Para essas pessoas a antropologia social, tal como a defini, é
algo que não existe e nunca existirá.” (p.233). Sua
analogia
é
a
de uma colmeia, onde as abelhas operárias e os demais trabalham em
conjunto formando uma série de rede de relações, uma gata e seus
filhotes, uma série de relações de parentesco,, lembrando que
todos estes exemplos forma-se no que Radcliffe-Brow fala de função
social, as abelhas juntas tem a função de cultivar o mel,
ventilação da colmeia, proteção da abelha rainha, cuidados com os
ovos e outras séries de funções; assim como a gata e seus filhotes
também desempenham seus papeis e funções.
Radcliffe-Brow alerta que estudar estruturas sociais não significa estudar relações sociais, como alguns sociólogos definem. Assim como ele diz que determinada relação social entre duas pessoas, a menos que sejam Adão e Eva no Jardim do Édem, só existe como parte de uma ampla rede de relações sociais, implicando muitas outras pessoas, e é esta rede que ele considera objeto de investigações, Portanto ele diz que estruturas sociais é um todo, o qual ele chamou em outro capítulo de "todo coerente" as relações sociais são entre as pessoas, sejam como o exemplo da gata, por marido e mulher, pelo sistema de parentesco, pelo patrão e empregado. Logo vários conjuntos de relação sociais, implica-se num resultado maior, ou seja um complexo chamado de estrutura social. "O todo é maior que a soma das partes."
SLIDE 2 - Módulo 4: Funcionalismo (Estrutural). In: https://slideplayer.com.br/slide/7944255/
Os casos que consideram-se parte da estrutura social são dois. Em primeiro lugar são as relações de pessoa a pessoa, ou seja, a relação didática, entre família, dada por sistema de parentesco, como ele dá o exemplo nas tribos aborígenes australianas, onde toda a estrutura social era estabelecida através de conexões genealógicas. Em segundo lugar é a diferenciação dos indivíduos por classe e seu desempenho social, como o caso de empregadores e empregados, chefes e comunitários. Estes é o que ele chama de determinantes das relações sociais.
Radcliffe-Brow alerta que estudar estruturas sociais não significa estudar relações sociais, como alguns sociólogos definem. Assim como ele diz que determinada relação social entre duas pessoas, a menos que sejam Adão e Eva no Jardim do Édem, só existe como parte de uma ampla rede de relações sociais, implicando muitas outras pessoas, e é esta rede que ele considera objeto de investigações, Portanto ele diz que estruturas sociais é um todo, o qual ele chamou em outro capítulo de "todo coerente" as relações sociais são entre as pessoas, sejam como o exemplo da gata, por marido e mulher, pelo sistema de parentesco, pelo patrão e empregado. Logo vários conjuntos de relação sociais, implica-se num resultado maior, ou seja um complexo chamado de estrutura social. "O todo é maior que a soma das partes."
SLIDE 2 - Módulo 4: Funcionalismo (Estrutural). In: https://slideplayer.com.br/slide/7944255/
Vídeo 2 - Aula 7: processo social em Radcliffe-Brown
Vídeo 3 - Antropologia Funcionalista
Com
uma forte influência durkeimiana, Radclife-Brown, adota como objeto
de estudo da Antropologia
Social
a Estrutura
Social,
como teoria fundamental para se entender o funcionamento da
sociedade, utilizando-se de métodos semelhantes aos das ciências
físicas e biológicas para compreender as relações de
associações entre organismos individuais. Para Brown o conceito
de Estrutura
Social é
o mais adequado para se compreender a realidade concreta, já que
este conceito, segundo ele, nas observações diretas pode-se
perceber que existe de fato uma correlação entre o conceito e a
realidade, onde a estrutura social mostra-se ocupar de maneira
consistente dos fenômenos sociais.
Vídeo 4 - Sociologia - Radcliffe-Brown (Estrutura Social) - 1 In: https://www.youtube.com/watch?v=-iMguOHnHhk
2 ¨¬
Brown
afirma que para a Antropologia
interessa-se
pelos
seres humanos, já para a Antropologia
Social,
o que interessa são as formas de associação que se encontram entre
os seres humanos. O estudo da estrutura
social,
diz ele, é parte fundamental da Antropologia
Social.
Os fenômenos sociais de qualquer sociedade humana não são
resultado imediato da natureza dos seres humanos tomados
individualmente, mas conseqüência da estrutura social pela qual
estão unidos.
Brown
define Estrutura
Social como,
sendo a rede de relações complexa que cria laços entre os seres
humanos. Essas relações se dão em um todo integrando, o qual ele
chamou-o de Organismo
Social,
fazendo uma analogia com
o
organismo dos seres vivos, estudado nas ciências naturais. Em outras
palavras, a estrutura social é estabelecida por uma série de
relações sociais entre os indivíduos, em um todo integrado
de maneira organizada, com a finalidade de garantir a estabilidade
(coesão
social) e
a sobrevivência de um determinado grupo ou de uma determinada
sociedade.
Todas
as relações de pessoa a pessoa são parte da estrutura social,
juntamente com a diferenciação de indivíduos e classes por seu
desempenho social. A ciência não se interessa pelo particular, e
sim pelo geral. Sociedades são formadas por indivíduos que mudam
constantemente, uns saem da comunidade, outros entram, mas a
essência, a forma estrutural da sociedade pouco muda, é quase
constante.
Neste pensamento, o autor diz que o ser humano como pessoa é um complexo re relacionamentos sociais. É cidadão da Inglaterra, marido e pai, pedreiro, membro de determinada congregação metodista, votante em determinado partido, membro de seu sindicato, adepto do Partido Trabalhista etc. Ela chama atenção para que cada uma dessas descrições refere-se a um relacionamento social, ou a certo lugar na estrutura social.
Neste pensamento, o autor diz que o ser humano como pessoa é um complexo re relacionamentos sociais. É cidadão da Inglaterra, marido e pai, pedreiro, membro de determinada congregação metodista, votante em determinado partido, membro de seu sindicato, adepto do Partido Trabalhista etc. Ela chama atenção para que cada uma dessas descrições refere-se a um relacionamento social, ou a certo lugar na estrutura social.
O
autor faz aqui uma diferenciação entre indivíduo – objeto de
estudo da
Fisiologia
– e pessoa – objeto de estudo da Antropologia
Social.
Após esse esclarecimento ele anuncia o método adotado: a
combinação de um profundo estudo das sociedades simples com a
comparação sistemática de muitas sociedades.
Nesse momento Brown ilustra que toda espécie de fenômeno social
deve ser estudada em relações diretas e indiretas com a estrutura
social, ele cita a linguagem, a vida social, o direito, a magia e a
bruxaria.
Ele
considera dois aspectos relevantes para se caracterizar o termo
“estrutura social”. São eles:
a. As
relações sociais de pessoa a pessoa, como por exemplo, a relação
de parentesco, estudado pelo próprio ele mesmo.
b. A
diferenciação de indivíduos e de classes e seu papel social.
Na
concepção browniana nos estudos de estrutura social, a
realidade concreta que se deve apreender é o conjunto de relações
existente sincronicamente que cria laços entre os seres
humanos, formando assim uma rede complexa de relacionamento integrado
dentro de um organismo social.
Para
Brown, assim como nos seres vivos que há um dinamismo em sua
estrutura orgânica, na vida social não é diferente. Ele afirma que
na sociedade existem duas formas estruturais na realidade concreta:
a estrutura
real social,que
pode sofrer transformações de ano para ano ou de dia para dia,
quando, por exemplo, novas pessoas ou grupos de pessoas entram na
sociedade por via de nascimento ou imigrações, ou saem por via de
mortes ou emigrações, sendo esta o núcleo mais flexível e menos
coeso da sociedade e que pode trazer maiores dificuldades ao
antropólogo, no que se refere ao seu trabalho de campo. E por outro
lado, a forma estrutural geral,
cuja, transformações se dão de forma lenta, sendo esta o nível
mais coeso e mais sólido da sociedade, e que pode gerar menos
dificuldade ao antropólogo, no que se alude às observações dos
fenômenos sociais, e consequentemente a coleta de dados.
Para
Brown, a vida social e o funcionamento da estrutura, são fatores
primordiais para a continuidade e a manutenção da estrutura social.
Este funcionamento se daria por intermédio de atividades, as quais
ele definiu como sendo, um processo realizado por um ou mais unidades
sociais, com o objetivo de manter as condições necessárias de
existência do organismo social. Está correlação, Brown
denominou-a de “função”.
Para
Radcliffe Brown, o estudo da estrutura social leva ao estudo de
interesses ou valores como determinantes das relações sociais,
prova disso é a cooperação de duas pessoas quando seus interesses
são comuns. Há a discussão acerca da palavra “função”,
que para ele deve ser complementada: função
social. É acionada
também a questão de “sociedades compósitas”, que o próprio
autor revela ser difícil e complicado. Outra questão é a do
“progresso” – processo pelo qual os seres humanos adquirem
maior controle sobre o meio físico mediante o aumento de
conhecimento e aperfeiçoamento da técnica pelas invenções e
descobrimentos.
A
“evolução”, para o autor, representa o processo de surgimento
de novas formas de estrutura, a evolução social é uma realidade
que o antropólogo social deve reconhecer e estudar. “... o
processo de história humana que se poderia chamar de evolução
social, a meu ver apropriadamente, poderia ser definido como o
processo pelo qual sistemas de grande amplitude de estrutura social
engendraram ou substituíram sistemas menores.” (p.251).
O
método adotado por Brown na antropologia social, o método
comparativo, empregado por Durkheim na sociologia. Segundo Brown, a
comparação entre sociedades seria importante ao antropólogo, no
sentido de conhecer as semelhanças e as diferenças entre elas.
Fonte
Bibliográfica:
MALINOWSKI, Bronislaw
e Brown Radcliffe. História da Antropologia. Editora
Vozes, 2010 4 Ed, Petrópolis RJ
BROWN, Radcliffe.
Antropólogos e Antropologia. Adam Kuper (organizador), 1978. Rio de
Janeiro, F, Alves.
BROWN, Radcliffe. Sobre
o Conceito de “Função” em Ciências Sociais,
Estrutura Social. Extraído de : PIERSON, Donald. 1970, São
Paulo. Estudos de Organização Social – Tomo II:
leituras de sociologia e antropologia social.
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