segunda-feira, 8 de abril de 2019

A Origem do Termo PARDO


Tipos de Pardos-mestiços


"O moreno ou a morena que nasceu para ser escravo doméstico!"

par·do
(latim
pardus, -i, leopardo)
adjetivo
1. De cor pouco definida, entre o amarelado, o acastanhado e o acinzentado (ex.: gata parda; papel pardo).
2. De cor intermédia entre o preto e o branco acinzentado (ex.: céu pardo). = ESCURO
3. [Figurado] Que tem pouca dimensão, pouca intensidade ou pouca visibilidade (ex.: exibição parda; pardo desenvolvimento tecnológico; riso pardo). = DISCRETO
substantivo masculino
4. Cor pouco definida, geralmente escura, entre o amarelado, o acastanhado, o acinzentado e o preto.
5. Pessoa com cor de pele escura ou trigueira. = MULATO
6. [Regionalismo] Pano grosseiro de lã de cor parda (ex.: .terno de pardo).
7. [Antigo] O mesmo que leopardo.
8. [Antigo] Parque, coutada.



al pardo
• [Portugal: Madeira] Ao anoitecer
Palavras relacionadas:
parda, pardamente, eminência, alpardo, moradilho, pardaço, fuscicórneo

par·da
(feminino de pardo)
substantivo feminino
1. [Regionalismo] [Botânica] Planta da família das leguminosas (Lens esculenta), de sementes discóides comestíveis. = LENTILHA
2. [Portugal] Aguardente de medronho.
3. [Brasil] Aguardente de cana. = CACHAÇA
4. [Portugal: Trás-os-Montes] [Ornitologia] Maçarico (ave).
Palavras relacionadas:
pardo, pardamente, eminência, codorno, alobadado, alpardo, sabiá-laranjeira

"pardas", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://dicionario.priberam.org/pardas [consultado em 08-04-2019].

O Estigma da Morena Infiel
 

Origem no Brasil

O termo "pardo" é usado no Brasil desde o período colonial para identificar os índios, povos que poderiam ser escravizados e trabalharem como ESCRAVOS DOMÉSTICOS!

 
Embora algumas pessoas associem esse termo a uma ancestralidade necessariamente "mestiça", pesquisadores mostram um cenário diverso. Na própria famosa carta de Pero Vaz de Caminha, os índios foram chamados de "pardos": "Pardos, nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Traziam arcos nas mãos, e suas setas. Vinham todos rijamente em direção ao batel".
O emprego histórico da palavra pardo nem sempre significou apenas mulato. Basta uma leitura atenta dos testamentos e documentos do período colonial. Diogo de Vasconcelos, conhecido historiador mineiro, relata o caso de Andresa de Castilhos, conforme informação contida em testamento do século XVIII: "Declaro que Andresa de Castilhos, mulher parda, que tem assistido comigo há muitos anos, de quem tive três filhas, é forra por três sentenças e por uma carta de alforria [...] por ser esta mulher uma parte descendente de gentio da terra [...] Declaro que a dita Andrea de Castilhos é filha de homem branco e de mulher neófita".

A historiadora Maria Leônia Chaves de Resende dá vários exemplos para o emprego da palavra pardo quanto a pessoas de origem indígena em Minas Gerais: um Manoel, filho natural de Ana carijó, foi batizado como 'pardo'; em Campanha diz ter encontrado vários registros onde índios foram classificados como 'pardos'; informa, por exemplo, que os índios João Ferreira, Joana Rodrigues, e Andreza Pedrosa foram classificados como 'pardos forros'; um Damaso se declarou 'pardo forro' do 'gentio da terra'; etc. Informa, assim, que os termos pardo e mestiço teriam sido usados para descrever inclusive os próprios índios. Aduz, ademais, que: "O crescimento do segmento "pardo" na população no final do séc. XVIII e início do séc. XIX não dizia respeito exclusivamente a descendentes de escravos africanos, mas também incluía índios e seus descendentes, em especial carijós e bastardos, que foram categorizados na condição de 'pardos'.

 NEGROS DA TERRA


A historiadora Hebe Mattos mostra que a categoria "pardo", típica do final do período colonial, tem um significado muito mais abrangente que "mulato" ou "mestiço". Com o crescimento de uma população livre de ascendência africana, o termo teve sua significação ampliada. A categoria de "pardo livre" passou a englobar essa crescente população de origem africana, não necessariamente mestiça, mas já dissociada da escravidão por algumas gerações, para a qual os termos "crioulo" ou "preto", que remetiam diretamente à escravidão ou à recente alforria, não eram pertinentes.
Representação de uma criança cafuza na "Pintura das Castas", do Vice-Reino da Nova Espanha, no século XVIII. A pintura ilustra: "De um negro e uma índia sai um lobo", que é sinônimo para cafuzo.
Portanto, o termo "pardo" também remetia a uma ascendência africana, mestiça ou não, que remarcava uma diferenciação social entre o grupo cujos ancestrais já haviam se libertado da escravidão há algumas gerações e o grupo de escravos ou libertos recém-saídos do cativeiro, para os quais os termos "crioulo" ou "preto" eram mais empregados. Ao mesmo tempo, refletia a discriminação em relação à população branca. Assim, hierarquia e posição social influenciavam na "cor" da pessoa, sendo esses elementos fluidos e dependendo das circunstâncias sociais, sendo negociada e reatualizada.



leo.pardo, masculino
  1. (Zoologia) mamífero carnívoro da família dos felídeos (Panthera pardus);
Do latim leopardus, composição de leo ("leão") e pardus ("pantera"). Acreditava-se, na Idade Média, que o leopardo era o resultado do cruzamento de um leão com uma pantera.
O leopardo, Panthera pardus, também chamado de pantera, faz parte da família dos felinos e comumente confundidos com as onças-pintadas. Os leopardos distinguem-se da onça pintada pela cor suave do pelo dourado com manchas negras, olhos claros e transparentes e formas esbeltas, mas principalmente pelas manchas que no leopardo são circulares e nas onças são em formato de rosas. Alguns leopardos são completamente escuros devido à concentração de melanina na pele e chamados "panteras negras".


par·dau
substantivo masculino
1. [Portugal: Ilha da Madeira] Espécie de pardal.
2. [Numismática] Moeda da antiga Índia Portuguesa.

"pardaus", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://dicionario.priberam.org/pardaus?fbclid=IwAR210fRFUNTLk1VRtAImoSgQKVSP5UOxJjVEIe4Cu-goLFWq4UhypaQgLBU [consultado em 08-04-2019].


Ver Moeda Pardau

Já que falamos em pardal, devo informar que há duas hipóteses sobre a origem deste nome. Ou ele veio do Grego párdalos, um tipo de pássaro meio carijó, ou veio do Latim pardus, que originalmente era usado para o “leopardo”, devido às manchas que ele apresenta. 
 
 

pardal
Já que falamos em pardal, devo informar que há duas hipóteses sobre a origem deste nome. Ou ele veio do Grego párdalos, um tipo de pássaro meio carijó, ou veio do Latim pardus, que originalmente era usado para o “leopardo”, devido às manchas que ele apresenta.
pardal (passer domesticus); pardal-doméstico ou pardal-do-telhado
substantivo masculino
1. ave passeriforme, cosmopolita, da fam. dos passerídeos ( Passer domesticus ), originária da região paleártica e da Ásia, Oriente Médio e introduzida nas Américas; de até 14,8 cm de comprimento, o macho possui bico e garganta negros e píleo cinzento, sendo a fêmea e o animal imaturo pardacentos; pardejo [Espécie introduzida no Brasil em 1906 com ampla distribuição no país.].
2. Sudeste do Brasil•eletrônica - equipamento eletrônico us. para detectar e fotografar infrações de trânsito.
O pardal (Passer domesticus) tem sua origem no Oriente Médio (Pártia-Pérsia, Irã), entretanto este pássaro começou a se dispersar pela Europa e Ásia, chegando na América por volta de 1850. Sua chegada ao Brasil foi por volta de 1903 (segundo registros históricos), quando o então prefeito do Rio de Janeiro, Pereira Passos, autorizou a soltura deste pássaro exótico proveniente de Portugal. Hoje, estas aves são encontradas em quase todos os países do mundo, o que as caracteriza como uma espécie cosmopolita. Essa ave tem se expandido pelo espaço rural e, em alguns casos, prejudicado a produtividade agrícola.

Pártia

Pártia é o nome dado historicamente a uma região do nordeste do atual Irão, conhecido por ter sido a base político-cultural da dinastia arsácida, soberanos do Império Parta.
O nome 'Pártia' vem do latim Parthia, a partir do persa antigo Parthava, uma auto-designação do idioma parta que significa "dos partas", um povo iraniano da Antiguidade.
A Pártia corresponde aproximadamente à metade ocidental da região do Coração (Khorasan), no nordeste do Irã. Tem como fronteiras naturais a cordilheira de Kopet Dag, no norte, e o deserto de Dasht-e-Kavir, ao sul. A oeste, fazia fronteira com a Média, ao norte com a Hircânia, a Margiana a nordeste e a Ária a sudeste.
Durante o período arsácida, a Pártia foi unida com a Hircânia dentro de uma única unidade administrativa, e aquela região portanto costuma ser considerada como parte integrante da Pártia.
O Império Parta ou Parto (247 a.C.-224 d.C.), também chamado Império Arsácida (em persa: اشکانیان; transl.: Ashkāniān), foi uma das principais potências político-culturais iranianas da Pérsia Antiga. O termo 'arsácida' vem de Ársaces I que, como líder da tribo dos parnos (Parni), fundou a dinastia que levou seu nome em meados do século III a.C., após conquistar a Pártia, região do nordeste do Irã e, na altura, uma satrapia (província) que se revoltou contra o Império Selêucida. Mitrídates I (r. 171–138 a.C.) expandiu o império após capturar a Média e a Mesopotâmia do Império Selêucida. Em seu ápice, o Império Parta se estendeu das margens setentrionais do Eufrates, no atual sudeste da Turquia, ao leste do Irã, e dominava a Rota da Seda, célebre rota comercial que ligava o Império Romano e a bacia do Mediterrâneo ao Império Han, da China, e se tornou importante entreposto comercial.
Os partas adotaram a arte, arquitetura, crenças religiosas e insígnias reais de seu próprio império culturalmente heterogêneo, que englobava culturas persas, helenísticas e regionais. Na primeira metade de sua existência, a corte arsácida adotou elementos da cultura grega, embora posteriormente viu um renascimento gradual das tradições iranianas. Os xás arsácidas recebiam o título de "grande rei", e consideravam-se herdeiros do Império Aquemênida, aceitando diversos monarcas locais como vassalos, em regiões nas quais os aquemênidas costumavam indicar sátrapas. A corte mantinha a prerrogativa de indicar diretamente alguns sátrapas, geralmente em províncias fora do Irã, porém estas satrapias eram menores e menos poderosas que os potentados aquemênidas. Com a expansão do poder arsácida, a sede do governo central foi deslocada de Nisa, no atual Turquemenistão, para Ctesifonte, às margens do Tigre, a sul da atual Bagdá, capital do Iraque - embora diversas outras cidades tenham servido como capital ao longo de sua história. 

Guerras romano-persas
As guerras romano-persas foram uma série de conflitos militares entre o Estado romano e os sucessivos impérios iranianos: a Pártia e a Sassânia. A Pérsia, como um grande desenvolvimento cultural e militar, tornou-se um inimigo de Roma e manteve-se como tal por vários séculos. Os romanos viram nos persas uma potência semelhante a si, e os grandes reis de Ctesifonte viam-os da mesma forma. Os persas já há muito tempo denominam seus soberanos como "grande rei", o que lhes atribui uma grandeza similar à de augusto no Império Romano.

O Casamento de Estér (Judeu) com Assuero (O Infiel)



Guerras romano-persas
As guerras romano-persas foram uma série de conflitos militares entre o Estado romano e os sucessivos impérios iranianos: a Pártia e a Sassânia. A Pérsia, como um grande desenvolvimento cultural e militar, tornou-se um inimigo de Roma e manteve-se como tal por vários séculos. Os romanos viram nos persas uma potência semelhante a si, e os grandes reis de Ctesifonte viam-os da mesma forma. Os persas já há muito tempo denominam seus soberanos como "grande rei", o que lhes atribui uma grandeza similar à de augusto no Império Romano.


cri·ou·lo
adj sm

1 Diz-se de ou indivíduo descendente de europeus, nascido em uma das colônias de ultramar.
2 Que ou aquele que nasceu escravo em países sul-americanos, por oposição aos africanos que já chegaram escravizados a esses países.
3 Diz-se de ou indivíduo da raça negra nascido na América, por oposição ao originário da África.
4 Diz-se de ou negro nascido no Brasil.
5 Que ou o aquele que provém de determinado lugar, região ou estado.
6 Reg (RS) Diz-se de ou indivíduo nascido em qualquer parte do estado.
7 Diz-se de ou animal ou vegetal já nascido em país colonizado, por oposição ao que veio de outros países, em particular do continente europeu.
8 Diz-se de ou animal oriundo de determinada propriedade, isto é, nascido e criado ali.
9 Diz-se de cigarro de palha feito de fumo de rolo.
10 Ling Diz-se de ou cada uma das línguas mistas que se formaram ao longo da evolução de sua fase embrionária, o pidgin, e passaram a ser línguas maternas de suas respectivas comunidades, atendendo às necessidades expressivas e comunicacionais de seus usuários, podendo, inclusive, converter-se no suporte de uma literatura: Crioulos afro-portugueses da Alta Guiné e do golfo da Guiné. Crioulos luso-americanos das Antilhas e do Suriname. Crioulos ingleses da Jamaica, da ilha de Barbados e dos Estados Unidos. (A origem do crioulo remonta ao dialeto, variedade da língua falada em parte de um país ou por um grupo social específico; em seguida, quando começam a surgir regras para a construção de frases menos marcadas, mais simples, o jargão inicial evolui para o pidgin, fase embrionária do crioulo em que predominam as funções referenciais e diretivas.)

Sinônimos de Crioulo
Crioulo é sinônimo de: aborígene, autóctone, indígena, nativo

Eram os descendentes de espanhóis nascidos na América espanhola. Possuíam grandes propriedades e atuavam no comércio. Muitos de seus filhos iam realizar os estudos superiores na Espanha e, ao voltar, exerciam as carreiras de médico, advogado, oficial do exército, entre outras. Os filhos dos grandes aristocratas europeus - em especial espanhóis - que tinham filhos nascidos em terras americanas, chamavam a seus filhos de criollo. O termo era, então, usado como sinônimo para todo aquele que nascesse fora de seu país de origem. Atualmente, o termo apresenta várias nuances desse significado original, dependendo de cada país ou região da América espanhola. Por exemplo, na Argentina, o termo é utilizado geralmente para referir-se aos descendentes dos antigos colonizadores espanhóis que vivem no interior do país, mas não aos descendentes dos imigrantes mais recentes, mesmo que descendentes de espanhóis. 




Fontes

Dicio, Dicionário Online de Português. In: https://www.dicio.com.br/pardo/

Ester na linha do tempo. In: https://lisdaiane.wordpress.com/2015/03/04/ester-na-linha-do-tempo/

Priberam Dicionário. In: https://dicionario.priberam.org/pardos


Nenhum comentário:

Postar um comentário