segunda-feira, 11 de maio de 2015

Jesus, o curador de almas.

Texto base: Jesus, o maior psicólogo que já existiu - Mark W. Baker


Jesus: O maior psicólogo que já existiu



Como os ensinamentos de Cristo podem nos ajudar a resolver os problemas do cotidiano e aumentar nossa saúde emocional
Comentário no blog sobre um dos livros clássicos da literatura internacional “Jesus, o maior psicólogo que já existiu”, ultimamente tenho colocado alguns livros do autor Philip Yancey que pode ser considerado um dos autores com firmeza, clareza e precisão em suas escrituras, não é tipificado no estilo extravagante de se escrever, consegue transmitir suas idéias com frieza e precisão, para leitores que de certa forma gostam de escritores assim, é uma opção do blog para se pesquisar um pouco. Para mudar um pouco a rotina fiz a leitura de um autor diferenciado que a maioria já deve ter lido “Mark W. Baker”, estou relendo esse livro por curiosidade e pra relembrar um pouco há um tempo atrás já havia lido, mas agora quero colocar um resumo bem feito da obra aqui no blog.

Introdução
As teorias psicológicas atuais nos permitem perceber que o fato de Jesus, compreender tão profundamente as pessoas fazia com que elas quisessem ouvi-lo.
Freud, no entanto, considerava a religão uma muleta que as pessoas usam para lidar com seus sentimentos de desamparo. Esta postura deu início a uma guerra entre psicologia e a religião que continua até hoje. É necessário que as pessoas parem durante algum tempo de se sentir ameaçadas para que consigam ouvir umas às outras e começem a atingir um entendimento mútuo.
Felizmente, psicólogos contemporâneos estão reavaliando muitas das idéias de Freud, inclusive seu preconceito em relação a religião.

Primeira Parte (Entendendo as Pessoas)
Capítulo I
Entendendo como as pessoas pensam
“Com que compararemos o reino de Deus ou que parábola usaremos para descrevê-lo. Ele é como a semente de mostarda, que é a menor semente que plantamos no solo. No entanto, quando plantada, ela cresce e torna-se a maior de todas as plantas do jardim, com ramos tão grandes que os pássaros do ar podem se abrigar à sua sombra.”
Com muitas parábolas como esta Jesus anunciava a seus seguidores a Palavra conforme podiam entender. Ele não lhes falava nada a não ser em parábolas.
Marcos 4:30-34
A maior parte das nossas decisões é tomada inicialmente em razão do que sentimos ou acreditamos. Só depois racionalizamos para justificar nossas escolhas.
Para ele era claro que quanto mais aprendemos, mais deveríamos perceber que existem muitas coisas que ainda não sabemos.
A parábola é uma história que nos ajuda a compreender a realidade. Podemos extrair dela as verdades que formos capazes de entender e aplicá-las em nossas vidas. À medida que crescermos e evoluímos, podemos rever as parábolas para descobrir novos significados que nos guiem em nossos caminhos.

Como conhecemos a verdade
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida.” João 14:6
Jesus respondia às perguntas diretas com metáforas para atrair as pessoas para um diálogo e um relacionamento com ele. É psicologicamente impossível colocar completamente de lado a influência da nossa mente sobre a maneira como percebemos as coisas, sobretudo porque a maioria das vezes não temos consciencia de que tudo o que conhecemos intelectualmente passa pelo filtro das nossas crenças.

Por que tentamos ser objetivos
Jesus ensinou que insistir em chegar aos fatos objetivos sobre as coisas às vezes pode ser perigoso. Guerras foram deflagradas, religiões divididas, casamentos terminados, crianças repudiadas e amizades desfeitas por causa dessa atitude.
Podemos estar sinceramente errados
“Os homens humildes são muito afortunados!”
Mateus 5:5 (Living Bible)
Quando acreditamos em alguma coisa, estamos convencidos de que ela é a verdade. Jesus ensinou que devemos ser humildes em relação ao que pensamos saber, porque só podemos conhecer a verdade a partir da nossa perspectiva pessoal.
Jesus disse: “Os homens humildes são muito afortunados”, porque a pessoa rígida é a que mais sofre com sua rigidez. Ele sabia que pretender ser dono da verdade pode ter efeitos profundamente negativos, porque apesar das nossas boas intenções, podemos estar sinceramente errados.”
Não condene o que você não entende
“Não condeneis e não sereis condenados.”
Lucas 6:37
Precisamos acreditar que sabemos a verdade completa a respeito das coisas e das pessoas para nos sentirmos seguros, achando que dominamos completamente a situação e que nada novo virá nos perturbar.

Livrando-nos da autocondenação
“Deus não enviou seu Filho ao mundo para condenar o mundo.”
João 3:17
Jesus sabia que é saudável nos sentirmos às vezes culpados para podermos reparar nossas faltas e aprender com elas, mas que autocondenação resulta na crença de que sermos maus é um fato absoluto que não pode ser mudado. A autocondenação não é humildade, é humilhação. Jesus queria que as pessoas se livrassem da condenação e não que ficassem presas a ela.
A verdade não é relativa
“Que o vosso “Sim” seja “Sim” e o vosso “Não” seja “Não”. Mateus 5:37
A vida de Nathan ficou descontrolada porque lhe deram uma responsabilidade que ele não era capaz de assumir. Quando temos sete anos e acreditamos que ninguém dirige o universo, chegamos à conclusão de que nada importa. Para Nathan, a verdade era relativa, e a realidade era como criávamos.
Humiladade não é passividade
“Se alguém te ferir na face direita, oferece também a outra.”
Mateus 5:39
Jesus no entanto, tinha uma visão diferente da humildade. Ele disse: “Agora que eu, vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros.” (João 13:14). Jesus não se fez humilde na presença de outros porque possuía uma baixa auto – estima. Ele escolheu servir seus apóstolos porque tinha consciencia de quem era.
Por que os terapeutas precisam ser humildes
“Abençoados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus.” Mateus 5:3
Jesus ensinou que “os pobres em espírito” herdarão tesouros devido à sua humildade. Os terapeutas precisam ser humildes a fim de receber os tesouros que aparecem a partir de um bom relacionamento com os pacientes. Hoje, muitos profissionais acreditam que o relacionamento criado na terapia é que ajuda as pessoas. Os psicólogos precisam ouvir com muito cuidado cada paciente para juntos descobrirem de que maneira o relacionamento que está sendo formado pode levar à cura. Eles estão aplicando nos consultórios o que Jesus disse ser verdade a respeito de herdarmos o Reino de Deus.
Jesus, o terapeuta
“Amai uns aos outros”
João 15:17
Em seus ensinamentos, Jesus dizia que, em vez de nos basearmos no dogma, devíamos nos apoiar em um relacionamento amoroso com Deus. A chave não era estarmos certos com relação às coisas e sim desenvolver um bom relacionamento.
Jesus pregou: “Eis que vos ordeno: amai uns aos outros” O amor é a substância que faz os seres humanos formarem com os outros unidades indivisíveis. O amor é o termo espiritual para a conexão genuína que muitos terapeutas procuram estabelecer com os seus pacientes.

Capítulo II
Entendendo as pessoas: elas são boas ou más:
Jesus disse: “Descia um homem de Jerusalém a Jericó. Pelo caminho caiu em poder de ladrões, que, depois de o despojarem e espancarem, se foram, deixando-o semimorto. Por acaso desceu pelo mesmo caminho um sacerdote. Vendo-o, passou ao largo. Do mesmo modo, um levita, passando por aquele lugar, também o viu e seguiu adiante. Mas um samaritano, que estava de viagem, chegou ao seu lado, e vendo-o, sentiu compaixão. Aproximou-se, tratou-lhe as feridas, derramando azeite e vinho. Fê-lo subir em sua montaria, conduziu-o à hospedaria e cuidou dele. Pela manhã, tomou duas moedas de prata, deu-as ao hospedeiro e disse-lhe: “Cuida dele e o que gastares a mais na volta te pagarei.”
Lucas 10: 30-35
Mas o que levou o samaritano a ter aquele comportamento. Foi o fato de ele ser essencialmente uma boa pessoa. Jesus repetidamente mostrou que o aspecto essencial da natureza humana é a nossa necessidade de ter um relacionamento amoroso, com Deus e com os outros. Por isso uma pessoa se define pelo relacionamento que estabelece com outras pessoas. O samaritano era “bom” porque não desprezou o homem agredido e parou para estabelecer um relacionamento com ele.
Jesus Considerava as Pessoas Essencialmente Más?
“Descia um homem de Jerusalém a Jericó. Pelo caminho caiu em poder de ladrões.” Lucas 10:30
A história conta de um homem que estava quase terminando seu relacionamento e não encontrava meios para solucionar os seus problemas com sua esposa, o nome dele se chama Martin. Ela havia descoberto não apenas que o problema dele com as drogas era muito mais grave do que ele deixara transparecer. Martin às vezes ficava ansioso, com medo de ser apanhado por causa das suas más ações, mas nunca se sentia culpado por praticá-las. Até onde eu conseguia perceber, Martin parecia ser uma pessoa genuinamente má, mesmo que ele não pensasse dessa maneira. Martin é o ladrão da parábola do bom samaritano. Existem pessoas más na vida que violam os outros e os deixam debilitados e destruídos. A falta de compaixão desse homem pelos outros criou um muro ao redor do seu coração que o afasta da condição humana.
Jesus ligava-se constantemente a pessoas que podiam ser consideradas “más” pelos outros, como a mulher adúltera, mas ele não os encarava dessa maneira. Ele via todas as pessoas como capazes de ser boas e nunca as discriminava. Jesus atraia as pessoas para um relacionamento com ele porque era isso que as ajudava a se tornar melhores.
O problema de ver as pessoas como más
“Por fora, parecei justo aos outros, mais por dentro estais cheio de hipocresia e perversidade.” Mt 23:8
Nessa parte o livro relata um capítulo diferente da história de um homem chamado Joshua em que sua esposa não o ajudava e nem auxiliava em seus afazeres, havia uma desconfiança por parte dos dois e o relacionamento não fluía da maneira desejada, mesmo que o esposo não admitisse os problemas existentes, o fato estava estampado.
Na época em que Jesus contou a parábola do bom samaritano havia um forte preconceito racial entre judeus e samaritanos. Naquele tempo, os samaritanos eram consideras pessoas más, e os fariseus, os sacerdotes e os religiosos judeus eram tidos como bons. O fato de o próprio Jesus ser judeu dava ainda mais força à mensagem da parábola. Hoje, os termos foram invertidos. “Bom” e “Samaritano” as qualidades positivas, e ser chamado fariseu tem uma conotação certamente negativa.
Com sua parábola, Jesus nos mostrou que as pessoas são boas ou más, devido aos relacionamentos que estabelecem e não a algo que lhes é inerente desde que nasceram. A religião não nos tira da nossa condição humana, pelo contrário – a religião nos faz viver plenamente a condição humana.
Jesus via as pessoas como essencialmente boas?
“Amai os vossos inimigos.”
Lucas 6:27
A filosofia que afirma que as pessoas são essencialmente boas é chamada de humanismo. Jesus ensinava que devemos amar a todos, até mesmo nossos inimigos. É fácil perceber que Jesus poderia ser usado como um exemplo de alguém que acreditava na bondade das pessoas.
O problema de ver as pessoas como boas
“Assim os últimos serão os primeiros e os primeiros os últimos.” Mateus 20:16
Esse capítulo conta a história de Tyler um jovem executivo com um futuro brilhante pela frente. Ele define força como auto – confiança, até mesmo na presença de circunstâncias extremas. Uma das coisas que Tyler dava mais valor era a independência.
O relacionamento de Tyler com a namorada está indo agora de vento em popa. Eles passaram a se comunicar melhor porque estão mais conscientes de seus sentimentos, e as suas expectativas a respeito da relação mudaram. Suas metas financeiras ainda são bastante ambiciosas, mas não mais prioritárias. Tyler está começando a depender emocionalmente de alguém e está descobrindo as vantagens dessa dependência. Em vez de só pensar em si mesmo, ele procura formar uma unidade com a namorada, e isso o deixa feliz.
A idéia de Jesus de que “os primeiros serão os últimos” é o oposto do individualismo. Embora ele reconhecesse o valor inerente de cada pessoa, as pessoas só eram consideradas boas como consequencia do seu relacionamento com Deus e com os outros, Jesus nunca ensinou que poderíamos ser bons vizinhos. Para ele, não realizamos nosso pleno potencial por meio da competição e sim através da conexão.
As pessoas não são boas nem más
“Eu vos chamo de amigos” João 15:15
Com a parábola do bom samaritano, Jesus estava falando da natureza humana. Ele não estava dizendo que somos fundamentalmente maus como os ladrões ou automaticamente bons como o samaritano. Nossa natureza essencial, de acordo com Jesus, se manifesta na relação.
Jesus nos ensinou que, além de amar os outros, devemos tratar os mais próximos de nós como amigos. Isso muitas vezes é extremamente difícil.
A imagem de Deus na terra
“O Pai está em mim, e eu no Pai.” João 10:38
Darren um jovem tímido que não conseguia reprimir seus sentimentos, por mais que tentasse sair deste estado fazendo terapias, nada fazia com que ele se curasse.
A interpretação errada do objetivo da vida de Jesus
“A princípio seus discípulos não compreenderam….”
João 12:16
Muitas são religiosas porque se sentem culpadas e têm esperança de que através das práticas religiosas podem ser salvas. Elas seguem rituais religiosos, fazem contribuições financeiras e tentam viver uma vida religiosa para não se sentirem mal com relação a si mesmas.
O objetivo da vida de Jesus não era fazer com que tivéssemos mais moralidade e sim nor tornar mais amorosos em nossa relações.
Voltando ao Jardim do Éden
“Eu vim para que elas tenham vida, e a tenham em abundância.”
João 10:10
Fala de dois irmãos que tinham um conflito entre eles que não era resolvido, o que nenhum dos dois percebeu é que ambos precisam um do outro para serem completos. A guerra entre os irmãos produz feridas e sofrimentos nos dois. Apeser do que Freud achava originalmente, não é natural que membros de uma mesma família sejam agressivos uns com os outros. Esse tipo de animosidade é um sinal de que algo está errado.

Capítulo 3
Entendendo o crescimento
“Ninguém põe um remendo de pano novo em roupa velha, porque o remendo repuxa a roupa e o rasgão fica pior. Nem se põe vinho novo em odre velhos. Do contrário, rompem-se os odres, o vinho escorre e os odres se perdem. Mas coloca-se o vinho novo em odre novos, e assim ambos se conservam.”
Mateus 9:16-17
As crenças que existem no nosso inconsciente são chamadas de princípios organizadores. À medida que passamos pela vida, acumulamos crenças a respeito de nós mesmos e do mundo que nos cerca.
Quando a tomada de consciencia gera o crescimento
“Nem se põe vinho novo em odres velhos.”
Mateus 9:17
A história fala de David, o menino nunca falava e nem perturbava, o pai nunca pediu que ele se retirasse, o que criou a seguinte crença – princípio organizador – no inconsciente de David. “Se eu não perturbar as pessoas, não serei rejeitado.” O aspecto negativo desse princípio organizador era que David nunca tentava obter aceitação; ele estava constantemente tentando evitar a rejeição. Esse é um processo sem fim.
Uma das maiores barreiras era o fato de as pessoas ficarem presas a suas antigas convicções e formas de pensar. Ele tinha que fazê-las perceber esse aprisionamento antes de conseguir que elas se abrissem a novas idéias.
Quando o crescimento gera a tomada de consciência
“Pois é pelo fruto que se conhece a árvore.” Mt 12:33
Jesus estava mais interessado em convidar as pessoas a terem um relacionamento com ele do que em defender uma filosofia. O fato de as pessoas compreenderem as coisas não era bastante para Jesus; ele queria que elas se relacionassem amorosamente com Deus e com os outros. Para ele, conhecer idéias era menos importante do que desenvolver relacionamentos pessoais.
Os terapeutas e as lâmpadas
“Quem tem ouvidos, ouça.” Mt 11:15
Embora seja preciso que os outros nos ajudem a crescer, também é necessário que tenhamos vontade de fazê-lo. É comum não querermos realmente crescer porque isso significaria ter que examinar o que existe dentro de nós, e tememos o que poderíamos ver. O crescimento exige que estejamos prontos para ouvir a nós mesmo e dispostos a lidar com o que encontrarmos. Jesus disse que temos que ter coragem para crescer. É preciso querer.
As vezes não podemos voltar para cara
“Não há profeta sem honra, a não ser na sua pátria e na sua casa.”
Mateus 13:57
Jesus ensinou que depois que se envolvem em um relacionamento com Deus as pessoas nunca mais conseguem olhar para o mundo da mesma maneira.
Crescimento é trabalho
“Tome a sua cruz e siga-me de perto.”
Marcos 8:34
Jesus ensinou que o crescimento envolve um árdue trabalho. Precisamos estar preparados para assumir a nossa parte de responsabilidade se quisermos colher a recompensa.

Capítulo 4
Entendendo o pecado e a psicopatologia
“Um certo homem tinha dois filhos e o mais moço deles disse ao pai: “Pai, da-me parte dos bens que me pertence.”…
E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para um terra longíqua, e ali dissipou os seus bens, vivendo dissolutamente ….. Caindo em si, disse: “Vou partir em busca do meu pai e direi – Pai pequei contra o céu e contra ti.
Mas quando ainda estava longe o pai o viu e, comovoido, lhe correu ao encontro, lançou-selhe ao pescoço e o beijou..
O pai disse aos seus criados: “Rápido” … alegremo-nos e celebremos, porque este meu filho estava morto e reviveu, tinha-se perdido e foi encontrado.”
Lucas 15: 11-24
A patologia do egoismo
“Quem agarrar-se a própria vida a perderá.” Mt 10:39 (living bible)
O ponto inicial tanto da salvação quanto da saúde psicológica é reconhecer que precisamos dos outros. Do ponto de vista espiritual, necessitamos de um relacionamento com Deus para sermos completos.
Jesus ensinou que os seres humanos são seres essencialmente de relação. Ele frequentemente mencionava a importância da nossa relação com Deus e com os outros. Para Jesus, a saúde espiritual acontece quando os relacionamentos estão intactos, e o pacado, quando eles estão rompidos.
A saúde e a salvação são movimentos em direção a outros
“Assim como ouves o vento mas náo sabes de onde ele vem, o mesmo acontece com o Espírito João 3:8 (living bible)
Jesus ensinava que o pecado é qualquer coisa que nos separe de Deus e dos outros. Esta é a mensagem que ele queria transmitir na parábola do filho pródigo. Se estamos avançando em direção a Deus e aos outros, estamos nos movendo em uma direção espiritual. Se nos afastamos, estamos nos movendo ao contrário. É por isso que na parábola o pai quis dar uma festa apenas por ver o filho fazendo um movimento em sua direção.
Uma das verdades espirituais da psicoterapia é que a meta não é chegar, mas fazer um movimento. O sucesso na terapia não consiste em alcançar o interior do círculo da saúde mental; consiste na capacidade de fazer um movimentos em direção às outras pessoas. Os pacientes que compreendem isso aproveitam melhor a terapia e conseguem entender porque o pai do filho pródigo deu uma festa para comemorar o movimento de volta.
O papel do arrependimento na terapia
“Arrependei-vos e acreditai nas boas novas” Marcos 1:15
Quase todas as pessoas acham que arrpender-se significa sentir-se mal quando procedem errado. O arrependimento para elas é uma autopunição ou um sentimento de culpa que merecemos por fazer que não deveríamos ter feito. Jesus não via o arrependimento dessa maneira. Embora o filho indisciplinado na parábola do filho pródigo sinta-se mnal e insista em afirmar que pecou contra o pai, Jesus mostra que o pai não se prende a esses sentimentos de culpa e alegra-se apenas por uma coisa: o filho mudou de idéia e voltou para casa.

A verdadeira culpa versus a falsa
“Ele conscientizará o mundo do pecado…..
João 16:8
Embora Jesus tenha dito que não venho ao mundo para condenar (Jo 3:17), ele acreditava que há momentos em que devemos nos sentir culpados. A partir da perspectiva dele, nem toda culpa é má.
Se as pessas fossem perfeitas, por acaso alguém pecaria?
“Sede perfeitos, portanto, como Pai celeste é perfeito.” Mateus 5:48
Melissa não é a criança porque gosta de ser assim: ela é perfeccionista porque precisa ser desse jeito. O perfecicionismo é uma maneiora socialmente mais aceitável de lidar com a baixa valorização.
Parecer perfeito nunca foi sinal de saúde mental. Bem ao contrário. Ter a coragem de ser imperfeito indica muito mais uma auto – estima saudável do que fingir ser impecável. A questão não é saber se comportamento delas é ou não é perfeito e sim a motivação que as leva a ter esse comportamento.
“Sede perfeitos, portanto, como o Pai celeste é perfeito” Esta frase dá a impressão de que Jesus estava estabelecendo para os seus seguidores um padrão ridicularmente alto que, se não fosse alcançado, poderia fazer com que eles se sentissem maus e inadequados. No decorrer dos séculos muitas pessoas confudiram o perfeccionismo moral com retidão espiritual e definiram a espiritualidade e em função do número de coisas das quais se abstinham, como fumar, beber e praguejar. Mas às vezes são exatamente as pessoas que se empenham em parecer perfeitas as mais culpadas de pecado.
Ter maturidade significa reconhecer que vamos continuar a pecar, mas seremos capazes de rever nossas ações e corrigi-las.
Eis como interpreto os ensinamentos de Jesus: não nos sentimos mais amados porque somos perfeitos; desejamos ficar mais maduros porque nos sentimos amados.
O pecado é um problema pessoal
“Se o teu irmão pecar contra ti, repreende-o, e se ele se arrepender, perdoa-o. Lucas 17:3
“É inevitável que haja escândalos”, disse Jesus, “portanto tende cuidado (Lucas 17:1 – 3. “Se o teu irmão pecar contra ti, repreende-o, e se ele se arrepender, perdoa-o.” Ele estava primordialmente interessado em restaurar os relacionamentos pessoais. Jesus frequentemente adotava a perspectiva psicológica de não encarar o pecado como um problema que existe dentro das pessoas e sim entre as pessoas.
A salvação e a psicoterapia
“Porque este filho estava morto e voltou á vida, estava perdido e foi encontrado.” Lucas 15:24

Capítulo 5
Entendendo a religião
Jesus disse coisas como:” É lícito fazer o bem ou o mal no Sabá….. Salvar uma vida ou matar… (Marcos 3:4). Frequentemente ele enfrentava aqueles cuja maneira de pensar se tornara rígida e que haviam perdido de vista o objetivo da religião.
À medida que amadurecemos, começamos a perceber que as regras existem como diretrizes para facilitar o relacionamento entre as pessoas.
Rituais religiosos
“Fazei isto para vos lembrardes de mim.” 1 Co 11:24
O ritual é uma ação concreta que simboliza uma realidade espiritual. Jesus acreditava que os rituais religiosos eram positivos quando usados para nos lembrar que temos um relacionamento com Deus e com os outros, mesmo nos momentos em que isso é difícil. Temos tendência ao esquecimento e muitas vezes realizamos os rituais de forma puramente mecânica, esvaziando-os do conteúdo.
Jesus sabia que todos temos momentos em que precisamos de algo palpável que nos faça lembrar o valor de nossos relacionamentos. Ás vezes precisamos de demonstrações físicas de que o amor existe, e os rituais concretos podem exercer essa função. Os rituais religiosos podem ser positivos, desde que nos lembremos do seu objetivo.
As coisas mais cinzas à medida que crescemos
“Com muitas parábolas como esta, Jesus anunciava-lhes a palavra segundo podiam entender.” Marcos 4:33
Jesus acreditava que o simbolismo religioso era útil para pessoas de todos os níveis de educação e intligência. Ele sempre falava por meio de parábolas para que as pessoas pudessem entender o significado dos seus ensinamentos. Fornecer às pessoas imagens concretas com as quais elas pudessem se identificar as ajudava a compreender princípios espirituais mais abstratos. Jesus era um exímio contador de histórias porque conhecia o poder do simbolismo na comunicação das idéias.
A pessoas espiritualizada está em constante desenvolvimento. Coisas que foram um dia vistas em “preto e branco” adquirem “nuanças de cinza” à medida que vamos crescendo. Jesus instituiu rituais religiosos para que nos lembrássemos dele e não porque os rituais tivessem a capacidade mágica de nos tornar poderosos. Algumas pessoas fazem os gestos e repetem as palavras dos rituais sem perceber o sentido que eles encerram. Seguir regras e executar rituais sem entender que eles se destinam a favorecer o relacionamento com Deus e com as outras pessoas é praticar uma religião vazia que não favorece o crescimento espiritual.
PORQUE FREU ODIAVA O FUNDAMENTO RELIGIOSO
“Eles estavam fatigados e desamparados, com ovelhas sem pastor.”
Mateus 9:36
Freud odiava a religião. Não creio que seja necessário abordar aqui a criação religiosa de Freud e o que fez que ele tivesse tanta raiva da religião.
Jesus discordaria da opinião de Freud a respeito da religião. Para ele, reconhecer a nossa impotência era um sinal de maturidade espiritual, e pedir a ajuda de Deus e dos outros era a melhor coisa a ser feita. A religião não foi feita para ser uma defesa contra a sensação de desmparo; ela é uma resposta positiva a este sentimento que nos abre um relacionamento com alguém capaz de nos ajudar quando precisamos. Para Jesus, todos vivemos sensações de desamparo e todos necessitamos de Deus.

PORQUE JESUS ODIAVA O FUNDAMENTALISMO RELIGIOSO
“Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas!”
Mateus 23:27
Embora Jesus certamente fosse discordar das conclusões de Freud a respeito da religião em geral, ele concordaria com a crítica específica aos fundamentalistas religiosos. Jesus detestava o uso destorcido da religião e a via como uma estrutura que torna mais fácil o relacionamento com Deus e não com um conjunto rígido de regras que fazem as pessoas se sentirem bem ou mal.
Jesus considerava a infidelidade um pecado nocivo para os relacionamentos. Mas ele queria que a Sagrada Escritura fosse usada para beneficiar o nosso relacionamento com Deus e com as outras pessoas e não para nos dar poder sobre elas. As pessoas às vezes acreditam que as escrituras contém provas de que elas estão certas, quando na verdade estão espiritualmente erradas. Rachel usava a religião como uma defesa para não examinar a maneira como ela prórpria contribuíra para os problemas do casamento. Não é este o objetivo da religião. Este é o tipo de fundamentalismo religioso que torna as regras mais importantes do que as pessoas e não contribui em nada para o crescimento espiritual.
Quando as regras passam a ser mais importantes do que os indivíduos que as seguem, a religião pode tornar-se nociva. Jesus considerava ofensivo as pessoas pegarem as Escrituras, que têm o potencial de uni-las a Deus e aos outros, e as usarem para exercer poder. Para Jesus a religião deveria produzir compaixão e conexão e não arrogância e autoritarismo.
Jesus acreditava que a religião destituÍda de amor é sinônimo de religião vazia. É por isso que ele desejava misericórdia em vez de sacrifícios. A adesão rígida a práticas religiosas que perdem de vista o propósito original de desenvolvermos uma relação de amor com os outros é uma religião negativa. Jesus amava a religião, mas odiava a rigidez. O problema não é a religião e sim a sua prática inflexível que priva as pessoas do que elas têm de melhor.

O PROPÓSITO DA RELIGIÃO
“Vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão e então volta para apresentar a tua oferenda.” Mt 5:24
Jesus sabia que algumas pessoas usam a religião, mas que outras a vivem. Jesus condenava seu uso para alcançar uma posição social, oportunidades de apoio ou poder sobre os outros. Seu propósito é nos trazer a vida. Estava evidente os ensinamentos de Jesus que o amor e a reconciliação com os outros são mais importantes do qualquer ritual religioso. A prioridade dele era clara: “Vai primeiro reconciliar-te com teu irmão.”
Quando usadas de maneira apropriada, as regras existem para nos ajudar a exercer melhor o amor.
Jesus ensinou que a forma mais elevada de desenvolvimento humano é amar os nossos semelhantes. Embora devamos aspirar a esse estado, não é fácil alcançá-lo. Todas as religiões contém um conjunto de regras ou rituais que são usados para estruturar as atividades religiosas dos participantes. As regras que Jesus praticava serviam para facilitar o amor aos outros. Para ele, os mandamentos de Deus existiam para ajudar os seres-humanos a alcançar o seu estado mais elevado, desenvolvendo a capacidade de ‘amar uns aos outros”.
Quando o amor é a lei nós nos apoiamos nela para nos desenvolvermos.

Capítulo 6
Entendendo o vício
Um certo homem de posição perguntou-lhe: “Bom Mestre, o que devo fazer para ganhar a vida eterna?
Jesus respondeu: “Por que me chamas de bom? Ninguém é bom a não ser Deus. Conheces os mandamentos: Não cometerás adultério, não matarás, não furtarás, não darás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe.”
“Tudo isso tenho observado desde que era menino” disse ele. Ouvindo isso, Jesus lhe disse: “Ainda te falta alguma coisa: vende todas as coisas que tens, distribui o dinheiro aos pobres e terás um tesouro nos céus; depois vem e segue-me.”
Ao ouvir isso, o homem ficou triste, porque era muito rico. Vendo-o assim triste, Jesus disse: “Como é difícil para os que tem riquezas entrar no reino de Deus! É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus”
Lucas 18:18-25
Algumas pessoas tem dificuldades em relacionar-se com Deus, mas, como precisam ligar-se a alguma coisa, colocam objetos no lugar dele. É assim que Jesus definia a idolatria. Ele sabia que o homem rico precisava renunciar à sua veneração pela riqueza para poder abrir espaço no coração para um relacionamento com Deus.
Segundo Jesus o ídolo é um substituto do amor porque é uma tentativa de colocar um objeto no lugar de um relacionamento amoroso. O vicío é um substituo do amor pela mesma razão.
Lidar com as pessoas que não se sentem amadas e por isso se voltaram para o vicío pode ser útil, mas somente durante algum tempo. Animar as pessoas que estão nessa situação também pode ser proveitoso, mas também é limitado. Apenas uma coisa é capaz de curar o vício humano e expulsar a idolatria: o amor genuíno. Os seres – humanos só ficam satisfeitos quando experimentam o que é autêntico.

O VICÍO E A IDOLATRIA
“Onde estiver o vosso tesouro, aí estara também o vosso coração.”
Lucas 12:34
Não sei como as coisas transcorreram para Tim. Como o homem rico na parábola de Jesus, ele simplesmente foi embora. Podemos escolher entre as coisas e os relacionamentos. Quando elegemos as coias, submetemos a nossa vida a deuses que nos escravizaram em vez de nos libertar.
Jesus não tinha uma palavra para vício, mas ele compreendia que, quando criamos deuses que exigem a nossa atenção a ponto de destruirmos os nossos relacionamentos com outras pessoas, certamente estamos com graves problemas. A palavra que ele usava para isso era idolatria.
Jesus disse algo ao homem rico. “Vende todas as coisas que tens, distribui o dinheiro aos pobres.” Jesus desejava que o homem percebesse que as suas coisas ocupavam o centro dos seu interesse. O homem tinha substituído um relacionamento genuíno com Deus por coias. Ele se viciara nos seus ídolos.

O PROBLEMA COM AS DROGAS
“É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus.” Lucas 18:25
O motivo pelo qual as pessoas não conseguem abandonar os seus vícios é o fato de eles funcionarem – temporariamente. Voltar-se para algo que produz repetidamente uma espécie de conforto dá às pessoas uma falsa sensação de segurança. Elas conseguem afastar a dor de não conseguirem satisfazer as suas necessidades mais profundas. Os relacionamentos são desafiantes e trabalhosos por que nos fazem exigências. As coisas concretas são sempre as mesmas; sabemos o que esperar delas.
Jesus sabia que, quando passamos a nos apoiar em coisas materiais para nos sentirmos seguros, é muito difícil desistir delas. Foi isso o que ele quis transmitir quando disse que é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus” Ele não estava falando a respeito de dinheiro e sim de idolatria. É fácil viciarmo-nos em coisas materiais e acreditar que elas podem substituir nossas necessidades emocionais. Quando nos viciamos nelas, é muito difícil largá-las

AS DROGAS NÃO PODEM NOS AJUDAR A CRESCER
“Esforçai-vos não pelo alimento que se estraga e sim pelo alimento que permanece até a vida eterna.”
João 6:27
O sucesso é um Deus egoísta – quando o veneramos, ele nos empobrece espiritualmente. Ele nos ajudará a colecionar ídolos, mas não nos ajudará a sermos pessoas melhores. Na verdade, o fracasso é mais eficaz nesse sentido. Ashley chegou à conclusão de que, embora o seu portifólio estivesse crescendo, ela não estava. Precisava ouvir os seus sentimentos e não se livrar deles.
E em uma insatisfação crônica. Ele sabia que a euforia da idolatria é apenas um antídoto para a dor e o desapontamento em nossa vida. O sofrimento para, mas apenas temporariamente. Esse tipo de antídoto neutraliza os sintomas, mas não cura.
Jesus nunca encorajou as pessoas a evitar o sofrimento na vida, porque ele não estava interessado em um alívio rápido. Ele não queria que as pessaos apenas se sentissem melhor, mas que elas efetivamente melhorassem. A idolatria pode momentaneamente evitar a dor, mas impede também o crescimento. Enquanto nos preocupamos com os ídolos, peramenecemos imaturos. A idolatria ajuda as pessoas a evitar as coisas, ao passo que o crescimento só acontece quando as enfrentamos.

O VICÍO RELIGIOSO
“Se a vossa justiça não for maior do que a dos escribas e fariseus, não entrareis no reino dos céus”. Mateus 5:20
Para Jesus, a religião e a idolatria, eram absolutamente diferentes. Os fariseus e os escribas eram pessoas sinceramente religiosas que não se consideravam idólatras, porque adoravam a Deus. Mas Jesus advertiu que não devemos usar a religião para parecer íntegros, escondendo dentro de nós os nossos verdaeiros sentimentos. Para ele, a integridade baseada nos relacionamentos era muito mais importante do que a integridade fundamentada em dogmas. Aquilo que Jesus descrevia como idolatria eu vejo hoje no meu consultório como vício.
Para Jesus, o propósito da religião era favorecer o relacionamento com Deus e com os outros e não substituí-los. Às vezes as pessoas usam a religião para se sentirem melhor, exatamente como os viciados com as drogas. No caso da idolatria, as leis e os rituais religiosos se tornam “a droga”, proporcionando ás pessoas à ilusão de serem melhores do que realmente são.

A TERAPIA PODE SER UM VÍCIO
“Confiai em Deus” João 14:1
Jesus acreditava que precisamos confiar em Deus, para ele Deus, era a fonte suprema de força e poder para viver a vida. Algumas pessoas religiosas criticam a terapia acreditando que ela nos afasta de Deus. Em geral, quem acha isso tem pouca experiência com a terapia ou tentou usá-la como vício. Descobri que, pelo contrário, as pessoas que se toam mais maduras e conscientes através da terapia conseguem aprofundar a sua confiança em Deus e nos outros com muito mais liberdade.
Para Jesus, não havia conflito, entre confiar em Deus e depender dos outros, Ele dependia dos amigos mais chegados e os estimulava a depender dele de uma maneira que fortalecia a confiança deles em Deus. A nossa capacidade de contar com os outros compartilhando os nossos sentimentos mais íntimos aprofunda a nossa capacidade de ter fé.

TER NECESSIDADES NÃO FAZ DE NÓS PESSOAS CARENTES
“Confiai também em mim.” João 14:1

Segunda parte
Conhecendo a si mesmo
Capítulo 7
Conhecendo os seus sentimentos
Naquele momento aproximaram-se de Jesus os discípulos e perguntaram: “Quem será o maior no reino dos céus,…..
Jesus chamou uma criança, colocando-a no meio deles e disse:
“Em verdade vos digo, se não vos transformardes e não vos tornarde como crianças, não entrareis no reino dos céus. Pois aquele que se fizer humilde com esta criança será o maior no reino dos céus.
“E quem receber uma destas crianças em meu nome, é a mim que recebe. Mas quem fizer pecar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor seria para ele que lhe pendurassem uma pedra ao pescoço e o jogossem no fundo do mar
Mateus 18: 1-6
Jesus gostava de desafiar as maneiras como as pessoas pensam. Para sermos grandes, disse ele, precisamos ser pequenos. Para sermos líderes precisamos servir aos outros. Para sermos profundos pensadores, temos que ser capazes de sentir. Jesus ensinou que a identidade do ser humano é uma questão de coração.

SEJA COMO AS CRIANÇAS MAS NÃO SEJA INFANTIL
“Se não vos transformardes e não vos tornardes como criança…..”
Mateus 18:3
Harriet descobriu pela primeira vez na vida que quando revelava suas emoções com a sinceridade das crianças ela se tornava mais atraente. Suas tentativas corajosas de manifestar sua vulnerabilidade faziam as pessoas gostar mais dela, em vez rejeita-la, como ela sempre temera.

O PAPEL DOS SENTIMENTOS NO CRESCIMENTO
“Deixai vir a mim as criançinhas.” Lucas 18:16

O SEGREDO PARA SOBREVIVER AO SOFRIMENTO
“Não perturbe o vosso coração. Confiai em Deus; confiai também em mim.” João 14:1
Jesus sabia que o sofrimento pode nos tornar melhores ou mais amargos. O próprio sofrimento dele era uma parte inevitável de sua vida, e enfrentá-lo foi fundamental para sua missão na terra.

PORQUE O SOFRIMENTO SE TORNA TRAUMÁTICO
“Se o demônio parte….. ele volta e encontra o coração do homem limpo mas vazio! O demônio então convoca outros sete espíritos piores do que ele e todos entram no homem e nele se instalam. E a situação dele torna-se pior do que antes. Mateus 12:43
Os danos psicológicos podem causar traumas com a impressão de sermos fracos, incompetentes, defeituosos e perseguidos.

OS SERES-HUMANOS GOSTAM DE RACIONALIZAR
“O coração do homem determina as suas palavras.” Mateus 12:34
Jesus frequentemente seguia a paixão do seu coração, mesmo quando ela não fazia nenhum sentido lógico para aqueles que o cercavam. Quando decidiu escolher um grupo de discípulos para o seu círculo mais chegado de amigos, o seu critério não foi a educação nem mesmo a inteligência. Ele prefiriu aqueles capazes de entender com o “coração”. Jesus não tentou mudar o mundo com uma nova filosofia ou um melhor conjunto de princípios espirituais que pudessem ser ensinados de modo acadêmico. Ele sabia que o Reino de Deus seria difundido pelo impacto do que as pessoas sentiam no coração.

Capítulo 8
Conhecendo o seu inconsciente
“A vós foi dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não. A quem tem será dado, e terá em abundância; mas de quem não tem, até mesmo o que tem será tirado. Eis porque lhes falo em parábolas: para que, olhando, não vejam, e, ouvindo, não escutem nem compreendam. E neles se cumpra a profecia de Isaías, que diz: “Ouvireis com os ouvidos e não entendereis, olharei com os olhos e não vereis.” Mateus 13:11-14
O inconsciente é a maneira de descrever o modo como a mente filtra o pensamento. É evitar que pensemos tudo de uma vez só, não podemos estar plenamente consicente de tudo que se passa em nossa mente operar inconscientemente e sim de não termos consciência disso.
Jesus não queria que as pessoas seguissem hábitos e tradições sem estar conscientes das razões pelas quais faziam assim. Seguir tradições pode ser benéfico, mas aderir constantemente a elas pode trazer prejuízos.
Jesus disse para que tivéssemos cuidado ao nos prendermos as tradições, não por elas serem más, mas por que com frequencia a repetimos com frequencia. A questão não é se temos ou não tradições familiares e sim por que as temos. Se as nossas tradições são fator de crescimento para a nossa família, elas são boas, mas, se acontece o contrário, precisamos prestar atenção a advertência de Jesus.

Capítulo 9
Conhecendo a verdadeira humildade
“Jesus contou a seguinte parábola para aqueles que confiavam em si mesmo, tendo-se por justos e desprezando os outros. “Dois homens subiram ao templo para rezar, um era fariseu, o outro, um cobrador de impostos. O fariseu rezava, em pé, desta maneira: “Ó deus eu eu te agradeço por não ser como os outros homens, que são ladrões, injustos, adúlteros, nem mesmo como este cobrador de impostos, parado à distância, nem se atrevia a levantar os olhos para o céu. Batia no peito, dizendo: “Ó Deus, tem piedade de mim, pecado!”
Eu vos digo: Este voltou justificado para casa e não aquele. Porque todo aquele que se enaltece será humilhado e quem se humilha será exaltado.” Lucas 18:9-14
Jesus criticava o amor – próprio excessivo acreditava que as pessoas que dependessem de Deus e abrissem mão da auto – suficiência alcançariam a plenitude. É preciso humildade para saber que não somos Deus e que precisamos nos relacionar com ele para sermos espiritualmente completos. Essa mesma humildade nos permite compreende que realmente precisamos dos outros para sermos emocionalmente completos. Deixamos de ser humildes e fingimos ser superiores quando temos medo de admitirmos que temos necessidades deles. Ao contrário dos Fariseus, temos que agradecer a Deus por sermos como as outras pessoas, porque isso nos coloca no caminho para conhecer a plenitude.

A GUERRA ENTRE A PSICOLOGIA E A RELIGIÃO
“Para alguns que confiavam em si mesmos, tendo-se por justos e desprezando os outros…. Lucas 18:9
O que Jesus criticava como excesso de amor próprio se chamava narcisismo, que acontece quando a pessoa tem uma visão grandiosa de si mesmo para defender-se das próprias imperfeições. O narcisismo prejudica o relacionamento com os outros e cria uma barreira tanto para a saúde espiritual quanto para a psicológica.
Quando a psicologia é excessivamente narcizista e não ajuda no comportamento humano, ele é culpada por um excesso de amor próprio. Quando o amor – próprio tem um excessso exagerado e não da abertura para a psicologia que trata do comportamento humano, ela é culpada de narcisismo. Aqueles que são suficientemente humildes para admitir que podem aprender com os outros sem o desprezarem estão no caminho da saúde psicológica espiritual a qual Jesus se referiu.
As crianças que não são abraçadas não se desenvolvem bem, e a solidão é a principal causa de suicídio.

ESTÍMULO
“Eu vos digo que este homem…. voltou para casa justificado diante de Deus. Lucas 18:14

SERMOS AMADOS POR QUEM SOMOS
“E até mesmo todos os fios de cabelo de vossa cabeça estão contados.” Mateus 10:30
Jesus ensinou que as características de cada pessoa como indivíduo são tão importantes para Deus que este sabe o número até mesmo de todos os fios de cabelo de nossa cabeça. Jesus acreditava que cada um de nós tinha características únicas que enriquecem nosso relacionamento com os outros. As nossas personalidades distintas devem ser apreciadas para que os nossos relacionamentos sejam completos.
Algumas pessoas tem dificuldade em compreender isso. Elas acham que se fizermos parte da mesma comunidade não poderemos ser diferentes em nada, ou seja, precisamos andar, falar, nos vestir, agir e pensar da mesma maneira para fazer parte do mesmo grupo. Jesus não pensava assim. Ele acreditava que os relacionamentos mais fortes deixavam espaço para as diferenças individuais entre as pessoas. A nossa capacidade de conviver com essas diferenças é um sinal de saúde espiritual e emocional. Na verdade, as pessoas que têm os relacionamentos amadurecidos sentem prazer no fato de serem diferente.

O PERDÃO E A CURA
“O que é mais fácil dizer: “Teus pecados estão perdoados” ou levanta-te e anda..” Lucas 5:23
Na época de Jesus, as pessoas também desejavam soluções imediatas. Eles prefiriam os milagres ao trabalho árduo. Mas Jesus não estava simplesmente interessado em ajudar as pessoas a se sentir melhor; ele queria que elas de fato melhorassem. Para ele, isso significava lidar com as feridas do coração e relacionamento que exigiam perdão e reconciliação. Ele sabia que era mais fácil dizer a uma pessoa debilitada levanta-te e anda do que dizer teus pecados estão perdoados. Curar fisicamente o corpo era fácil quando comparado com o arrependimento e o perdão necessários no coração humano.

CAPÍTULO 10
Conhecendo o seu poder pessoal
Quando uma mulher samaritana venho tirar água, Jesus lhe disse: “Podes me dar de beber::..
A mulher samaritana respondeu-lhe: “Como é que tu, um judeu, pedes de beber a mim, que sou samaritana……
Em resposta Jesus lhe disse: “Quem bebe dessa água tornará a ter sede, mas quem beber da água que lhe darei nunca mais terá sede….
A mulher pediu: “Senhor, dá-me dessa água para que eu não sinta mais sede.”
Jesus lhe disse: “Vai chamar teu marido e volta aqui.”
A mulher respondeu: “Eu não tenho marido.”
Jesus disse: “Estás certa quando dizes que não tens marido.
De fato, tiveste cinco e aquele que agora tens não é teu marido.”
“Senhor”, disse a mulher, “vejo que és um profeta …… Eu sei que o Messias está por vir. Quando chegar, ele nos explicará todas as coisas.”
Jesus então declarou: “Sou eu que falo contigo.”
Nisso chegaram os discípulos e admiravam de que estivesse falando com uma mulher. Mas ninguém perguntou, “Que falas com ela……
Deixando então o cântaro, a mulher voltou a cidade e disse a todos: “Vinde ver um homem que me disse tudo o que fiz, Não será ele o Cristo….. João 4: 7-30
O poder que exercemos sobre os outros pode ser inebriante, mas o seu efeito é temporário. Jesus teve na vida a experiência sempre satisfatória de alcançar o poder com os outros. Para ele, não existia poder isolado. Este fato era frustrante para os seus seguidores, porque muitos esperavam que Jesus se estabelecesse como um líder político e os indicasse por cargos influentes no seu novo reino. Jesus sabia que a pessoa verdadeiramente poderosa está mais interessada nas pessoas do que na política. Para ele, o verdadeiro teste do poder pessoal não reside em controlar os outros, mas em dar-lhes poder.
Apenas ter sido um dos maiores líderes espirituais da história, Jesus passou muito pouco tempo em lugares religiosos, pois quase sempre ficava onde as pessoas viviam. Ele estava interessado em pessoas e exerceu grande influência na vida daqueles que conheceu.
Jesus sabia que a empatia era o segredo do verdadeiro poder pessoal. Empatia é uma atitudee de interesse e acolhida. É ela que possibilita o verdadeiro entendimento. Quando existe uma verdadeira empatia, o resultado pode ser transformador.

A DEFINIÇÃO DO PODER PESSOAL
“Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.” Mateus 22:21
Existem muitos tipo de poder: físico, político, financeiro, intelectual, espiritual, pessoal; a lista é bem longa. Embora algumas pessoas persigam o poder em todas as suas formas, Jesus só estava interessado no poder verdadeiro, aquele que perdura.
Alguém pensa no poder pessoal com uma força que emana de algupem que possibilita que essa pessoa alcance excelência individual. Para Jesus, o poder pessoal era uma ligação amorosa com os outros que resultava em algo muito maior do que a excelência individual. O poder pessoal é uma união espiritual entre seres – humanos que faz com que cada pessoa seja mais do que ela poderia ser isoladamente. O poder pessoal não nasce dentro das pessoas; ele é uma força criada entre elas.
Jesus sabia que Césas estava interessado em um tipo de poder que desapareceria quando ele morresse, e é por isso que disse: “Dai a César o que é de César.” Jesus estava interessado no poder que transcede as pessoas e não sobre os outros. Ele achava que era um erro tentar obter poder individualmente. O tipo de poder que ele queria para nós sóp podia ser sentido se fosse partilhado.

O PODER DE SER CONHECIDO PESSOALMENTE
“Eu vos conheço”
João 5:4
Os seres – humanos não podem viver isolados, e por isso nos preoucupamos em nos relacionar com os outros. A experiência de sermos conhecidos nos confere a sensação psicológica de que tudo está bem. Temos que perceber que somos conhecidos pelos outros tais como somos – não apenas pelo que fazemos – para nos sentirmos psicologicamente completos. Esse tipo de conhecimento é compartilhado entre as pessoas, pois são necessárias duas pessoas para criar o conhecimento pessoal. Quando ele se fundamenta na verdade, as as pessoas são transformadas e crescem.
Jesus acreditava que fomos criados com o propósito de conhecer Deus e sermos conhecidos por ele. Um ponto central dos seus conhecimentos era comunicar o poder transformador de conhecer Deus, que não é um conhecimento intelectual e isolado, mas uma experiência que só se dá no relacionamento.

O PODER DA EMPATIA
“Vinde ver um homem que me disse tudo o que já fiz”
João 4:29
Era assim que Jesus demonstrava o seu poder pessoal. Ele mostrava o seu poder milagroso e espiritual em outras ocasiões, mas gostava especialmente de comunicar o poder pessoal por meio da sua empatia pelos outros, fazendo com que suas vidas se modificassem para sempre. Empatia é sinônimo de compreensão, e ninguém na história foi capaz de evidenciá-la do que Jesus.

O PODER DA SOLIDARIEDADE
“Deus amava tanto o mundo”..
João 3:16
Solidariedade é diferente de empatia. Solidariedade é diferente de compaixão por outra pessoa, que pode assumir a forma de calor humano, misericórdia e mesmo piedade. Podemos ser solidários com as pessoas quando não a entendemos. A solidariedade era um dos aspectos do poder pessoal de Jesus.
Jesus não veio ficar entre nós porque “Deus amava tanto o mundo.” Ele nunca se aproximou das pessoas transmitindo-lhes a idéia que elas precisavam mudar para serem dignas de amor. Ninguém precisava fazer nada para conquistar o seu amor, pois ele amava as pessoas por serem quem eram, com todas as imperfeições que pudessem ter. Jesus era poderoso porque era solidário com as pessoas.

AS PESSOAS OU A POLÍTICA…..
“o maior entre vós será vosso servo”
Mateus 23:11
A ambição pode levar as pessoas a procurar o poder político e profissional. Os seres – humanos são ambiciosos por várias razões, algumas das quais bastante saudáveis e positivias. O poder pessoal, contudo, é motivado pelo amor. Jesus estava disposto a sacrificar qualquer coisa politicamente correta para preservar o seu poder pessoal.
Nem mesmo aqueles mais próximos de Jesus compreendiam o seu poder pessoal. Seus discípulos discutiam entre si sobre quem seria a figura mais importante no reino político d e Jesus que estava para ser criado. Sem dúvida, pensavam eles, uma pessoa poderosa como Jesus ascenderia à posição política de destaque que desejasse. Mas Jesus priorizou as pessoas quando disse: “O maior entre vós será vosso servo.” Para ele, o poder pessoal sempre será vivido dessa maneira.

A DIFERENÇA ENTRE CONFIANCA E ARROGÂNCIA
“Todos os que lançarem mão da espada, pela espada morrerão”
Mateus 26:52
As pessoas sabiam imediatamente que Jesus possuía poder pessoal e muito autoconfiança. Ele se sentia suficientemente seguro e à vontade para fascinar multidões ou acolher uma criança. Possuía a capacidade única de transmitir confiança sem ser confundido com um homem arrogante com necessidade de exercer controle.
É fácil testar se estamos ou não na presença de uma pessoa auto confiante. Diante de alguém que possui uma verdadeira auto – estima, nós nos sentimos mais à vontade e poderosos. Na presença de uma pessoa que tem uma falsa auto estima e está tentando compensar esse fato com arrogância, ficamos diminuídos e intimidados. Jesus não precisava que os outros se sentissem diminuídos para se sentir poderoso. As pessoas se sentiam agradecidas por o terem conhecido.

CAPÍULO 11
Conhecendo o seu verdadeiro valor
“Quando Jesus e os discípulos continuaram a seguir o seu caminho para Jerusalém, chegaram a um povoado no qual uma mulher de nome Marta os recebeu em sua casal. A irmã dela, Maria, estava sentada aos pés do Senhor e escutava as suas palavras.
Marta estava ocupada pelo seu muito serviço. Parando, por fim, disse: “Senhor, não te parece injusto que minha irmã fique sentada enquanto eu faço todo o serviço….. Diz-lhe que venha me ajudar.”
Mas o Senhor retrucou. “Marta, Marta, tu te inquietas e agitas por muitas coisas! No entanto, apenas uma coisa merece a nossa preocupação. Maria com efeito escolheu a melhor parte que não lhe será tirada.
Lucas 10:38-42
Muitas pessoas, como Marta, procuram ser virtuosas aos seus próprios olhos desenvolvendo comportamentos que consideram adequados. Jesus sabia que os comportamentos verdadeiramente retos e íntegros são consequência do relacionamento com Deus.
O termo “retidão” pode aplicar-se tanto ao nosso relacionam,ento com os outros quanto com Deus. Para ter um relacionamento reto com os outros precisamos aceitar que termos necessidade deles é sinal de força e não de fraqueza. É somente através do nosso relacionamento com Deus e com os outros que podemos alcançar o nosso mais elevado potencial. Quando tentamos fazer as coisas completamente sozinhos, acabamos como Marta, nos esforçando para perecermos virtuosos ao nossos próprios olhos, mas sempre insatisfeitos.

SOMOS TODOS PECADORES
“Aquele de vós que estiver sem pecado atira a primeira pedra.”
João 8:7

Sobre o autor
Mark W. Baker, Ph. D, é diretor – executivo da clínica La Vie Counseling Center e tem um consultório particular em Santo Monica, Califórnia. Ele é muito solicitado como orador em igrejas, faculdades e reuniões de psicologia.

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