quinta-feira, 30 de março de 2017

Análies de Um Homem com uma Câmera de Dziga Vertov



FICHA TÉCNICA
Título original: Chelovek s kino-apparatom
Ano de lançamento: 1929
Direção: Dziga Vertov
Produção: Não divulgado
Roteiro: Dziga Vertov
Duração: 68 minutos
Elenco: Mikhail Kaufman (Cinegrafista)
Nota: 8.0

Texto Base:

Dziga Vertov, um dos mais influentes cineastas do mundo, foi o criador de várias teorias cinematográficas. Uma das mais famosas é a do cinema-olho ou cinema-verdade (Kino Pravda), na qual propõe filmar apenas a “verdadeira realidade”, com a câmera representando o olho do homem, daí o nome da teoria. Vertov queria registrar em filme, de maneira distanciada, as reações espontâneas das pessoas, mas não apenas isso: era preciso filmar o próprio cineasta, para que se chegasse a uma verdade absoluta, através da montagem e do confronto das imagens.
Munido dessas informações, pode-se afirmar com segurança que Um Homem com Uma Câmera é a experiência prática para a teoria criada por Vertov. Aqui, a palavra “experiência” ganha mais importância, pois ela é usada pelo próprio cineasta para descrever o documentário. Acredito que tenha sido usada não só porque o filme era um teste para comprovar os pensamentos do cineasta, mas também para sedimentar o próprio gênero de documentário em meio a tantas obras de ficção, que naquela época já eram produzidas em grande escala.
O filme procura intercalar os mais variados acontecimentos de cidades da Rússia da década de 20 (que vão desde a esfera pública como a prática de esportes, trânsito, trabalho, até às mais privadas, como partos) com imagens do “homem com uma câmera”, que registra estes mesmos fatos. No entanto, o filme não se limita a mostrar os fatos como foram inicialmente capturados pela câmera. Vertov faz uso de várias técnicas de edição para chegar à “verdadeira realidade”. Esses recursos vão desde os mais simples, como uma colagem de várias imagens diferentes em um curto espaço de tempo (ou seja, vários cortes bruscos acontecem, dando a impressão de rapidez) até os mais complexos para a época, como a sobreposição de imagens.
Um Homem com Uma Câmera é um filme revolucionário e importantíssimo para a época, não só pelos truques de montagem acima mencionados, que são usados pelos cineastas e editores até hoje, mas também por ser um dos primeiros exemplares de documentário existentes amparados por teoria de representação da realidade.
“Representação”, também, é uma palavra-chave. Acredito que a realidade é algo impossível de se captar, por ser um complexo elemento social e natural e que não pode ser simplificado, de maneira alguma, por uma sucessão de celulóides. O que é possível fazer é realizar uma representação da realidade, ou seja, o cineasta consegue apenas filmar a sua visão sobre ela. Foi isso que Vertov conseguiu em Um Homem com uma Câmera na qual apresentou uma abordagem multifacetada e caleidoscópica da sociedade russa dos anos 20. Além disso, o cineasta deixa claro que o filme é apenas uma interpretação do mundo em que ele vivia ao colocar sempre trechos do próprio filme sendo montado, de fotogramas parados para alguns segundos para só depois se movimentarem., a icônica cena inicial.. É como se Vertov estivesse dizendo: “isto é apenas uma ilusão, não é o ‘mundo real’”. Por isso, fica bastante claro que a Rússia do filme é uma Rússia criada totalmente por Vertov. Da mesma forma, um outro cineasta poderia muito bem criar um retrato bem mais comedido e realista desse mesmo grupo de pessoas, dessa mesma época. Talvez, a representação seja a “verdadeira realidade” a que Vertov se referia.
Mas o filme de Vertov não chama atenção apenas pelo seu valor histórico e teórico: o filme consegue se manter envolvente mesmo nos dias atuais, dado o seu apuro técnico. Algumas das imagens são belíssimas, como as dos carros transitando nas ruas. Além disso, a trilha sonora é altamente eficaz e ajuda o espectador a se inserir naquela realidade tão distante de nós (tanto temporal quanto espacialmente) e apreciar cada acontecimento registrado na tela. É um filme curto (tem apenas 68 minutos), mas sua duração é ideal para demonstrar as ideias de Vertov e não deixar o espectador muito cansado com a sucessão rápida de imagens.
OBS: Este é certamente um dos filmes que mais tem títulos diferentes em português. Você pode encontrá-lo como O Homem da Câmera, O Homem com a Câmera, além do título que eu utilizei, Um Homem com Uma Câmera.

Resenha-resumo de A Forma do Filme de Eisenstein

A forma do filme

 
 
A forma do filme' reúne ensaios escritos por Eisenstein em 1929, sobre temas como a relação entre teatro e cinema; a dramaturgia da forma do filme; métodos de montagem; e a pureza da linguagem cinematográfica. Inclui ainda, em apêndice, texto de Eisenstein sobre o futuro do cinema sonoro, e índice remissivo de nomes e assuntos.

Reunindo ensaios escritos por Eisenstein em 1929, A forma do filme permite ao leitor entrar em contato com as reflexões de um homem que, depois de estudar atentamente o movimento dos filmes, dividiu as várias características da forma e do sentido cinematográficos e montou uma teoria para ensinar o cinema a voar. Entre os temas estudados destacam-se: a relação entre teatro e cinema; a dramaturgia da forma do filme; métodos de montagem; e a pureza da linguagem cinematográfica. Inclui ainda, em apêndice, o ensaio de Eisenstein "Sobre o futuro do cinema sonoro" e índice remissivo de nomes e assuntos.A forma do filme, ao lado de O sentido do filme, tornou-se a principal fonte para uma reflexão sobre o cinema."Os dois livros de Eisenstein que a Zahar publicou, escritos a partir dos anos 20, estão entre os clássicos do cinema e fazem parte de qualquer biblioteca básica." Folha de S.Paulo"O Sentido do Filme e A Forma do Filme têm uma primeira edição brasileira cuidadosa, com índices de nomes e assuntos, sugestões bibliográficas, nota biográfica, apresentações e revisão técnica perfeccionista do crítico José Carlos Avellar. Sirva-se." Jornal do Brasi.

Texto Base:

Sergei Mikhailovitch Eisenstein, nascido em 23 de janeiro de 1898 na Letônia, realizou algumas das obras-primas mais cultuadas da história do cinema, como A Greve (1924), O Encouraçado Potemkin (1925), Outubro – Os 10 Dias Que Abalaram O Mundo (1928), Alexandre Nevski (1938), Ivã O Terrível I & II (1942-1946), dentre outros. Seus dois livros principais, publicados no Brasil pela ed. Jorge Zahar, são O Sentido do Filme e a A Forma do Filme, escritos que “foram o ponto de partida para a invenção de muitos novos cinemas que surgiram em todo o mundo a partir da década de 1950.” (José Carlos Avellar)

O recente filme-tributo ao Cinema Novo brasileiro, de Eryk Rocha, também pode dar muita ocasião para avaliarmos o impacto e a influência incalculáveis que as revoluções estéticas e inovações técnicas de Eisenstein desencadearam nas novidades cinematográficas de figuras como Glauber Rocha, Rogério Sganzerla, Leon Hirszman etc.
Nos anos 1920, o poliglota Eisenstein (que, além do russo, aprendeu francês, inglês, alemão e japonês) dedicou-se ao teatro, tendo sido estudante do curso de direção de Meyerhold e depois diretor do Teatro Operário do Proletkult. Estreou no cinema em 1923, com O Diário de Glumov, filmezinho a ser exibido durante a encenação da peça O sábio, de Ostrovski.

Consagra-se como cineasta a partir de 1924, com A Greve O Encouraçado Potemkin, e aos 10 anos da Revolução Bolchevique de Outubro de 1917 produz o épico soviético, inspirado no livro de John Reed, Outubro. Chegou a ser contratado pela Paramount, zarpou pros EUA, porém teve seu contrato cancelado – os magnatas de Hollywood não engoliram seus projetos, tido como intragáveis para o mercado consumidor roliudiano, o que fez com que Eisenstein fosse parar no México, contratado por Upton Sinclair para realizar o filme – inacabado – Que Viva México!
De volta à URSS, lecionou no Instituto de Cinema de Moscou. Embarcou em vários projetos que não chegou a realizar a contento – como A Condição Humana, baseado em romance de André Malraux, e Amor de Poeta, uma biografia de Puchkin. O Sentido do Filme (Zahar, 2012, 160 pgs) é uma coletânea de escritos de Eisenstein e o único de seus livros publicados enquanto vivia. Era janeiro de 1943 e Eisenstein tinha 45 anos de idade quando o livro publicado chegou-lhe às mãos, ou seja, trata-se de uma obra de reflexão sobre o cinema que nasce em meio à carnificina da 2ª Guerra Mundial. Como lembra Avellar,
“em outubro de 1941 Eisenstein deixou Moscou, então bombardeada pelos nazistas, ao lado de outros cineastas soviéticos, em direção a Alma-Ata – 12 dias e 12 noites num trem, espécie de nova arca de Noé no meio do dilúvio da guerra.Em Alma-Ata, diz que seria impossível viver se não estivessem todos conscientes das missões que deveriam desempenhar durante a guerra: primeiro, disparar filmes e filmes contra o inimigo, aplicando com o cinema golpes tão devastadores quanto os de um tanque ou de um avião; segundo, preservar a cultura cinematográfica da onda de destruição fascista.” (AVELLAR, Intro, p. 10)
O capítulo I, Palavra e Imagem, frisa que “a montagem é um componente tão indispensável da produção cinematográfica quanto qualquer outro elemento eficaz do cinema” e que tem uma função fundamental: “o papel que toda obra de arte se impõe, a necessidade da exposição coerente e orgânica do tema, do material, da trama, da ação, do movimento interno da sequência cinematográfica e de sua ação dramática como um todo. (…) Nossos filmes enfrentam a missão de apresentar não apenas uma narrativa logicamente coesa, mas uma narrativa que contenha o máximo de emoção e vigor estimulante.” (13-14)

Um exemplo da mudança de sentido que pode ser gerada através da montagem cinematográfica é evocada por Eisenstein quando ele explica que a imagem de uma pessoa em prantos ganhará diferentes significados de acordo com sua posição em um contexto narrativo que é justamente a função da montagem constituir e organizar. O sentido das lágrimas dessa pessoa será dado pela montagem: caso, na sequência, vier uma cena de um jogo de futebol, o espectador será convidado a pensar que a pessoa que chora torcia pelo time que foi derrotado; caso, na sequência, a cena seja a de um enterro, o espectador concluirá que o pranto resulta do luto recente por alguém que perdeu um ente amado.

Este exemplo, um tanto tosco, fornece uma introdução às reflexões, muito mais profundas, realizadas em O Sentido do Filme, livro que não se limita ao âmbito do cinema, mas explora inovações estéticas em outras artes, como é o caso de Lewis Carroll, autor de Alice no País das Maravilhas, inventor da noção de “palavra portmanteau”, aquela que reúne dois significados em uma única palavra, como um neologismo fabricado a partir de uma montagem verbal (p. 15).
A montagem verbal que gera uma palavra inédita é uma prática muito exercida por figuras ilustres da literatura, como James Joyce em Finnegans Wake, Guimarães Rosa em Grande Sertão: Veredas ou Paulo Leminski em Catatau. Um exemplo, citado por Freud, é o termo alcoholiday, reunião de alcohol (álcool) e holiday (feriado).

Eisenstein considera que procedimentos de montagem da arte cinematográfica também operam com uma lógica similar: em toda justaposição de dois planos isolados através de sua união “o resultado é qualitativamente diferente de cada elemento considerado isoladamente.” (p. 16) Re-evocando o exemplo anterior, de uma pessoa que chora, Eisenstein pondera: se o primeiro plano é o de uma mulher em lágrimas, e o segundo plano for de um túmulo, estes dois planos gerarão algo qualitativamente diverso, o significante luto ou perda, que ainda por cima deixa em aberto um mistério: quem morreu? A mulher em prantos é uma viúva que perdeu seu marido legítimo ou uma mulher que perdeu o seu amante clandestino?

“O que esta compreensão da montagem implica essencialmente? Neste caso, cada fragmento da montagem já não existe mais como algo não-relacionado, mas como uma dada representação particular do tema geral, que penetra igualmente todos os fotogramas. (…) Para conseguir seu resultado, uma obra de arte dirige toda a sutileza de seus métodos para o processo. Uma obra de arte, entendida dinamicamente, é apenas este processo de organizar imagens no sentimento e na mente do espectador. ” (EISENSTEIN, p. 18-19)
Longe de ser específica do cinema, a montagem é considerada por Eisenstein como procedimento artístico que é utilizado com frequência na literatura – como exemplificado por cenas de Ana Karenina, de Tolstói, e Bel Ami, de Maupassant (p. 22) – e que pode até mesmo fazer parte do métier do pintor, do artista visual, do arquiteto, do compositor.
É nas notas de Leonardo da Vinci para uma representação do Dilúvio bíblico pela pintura, um projeto de quadro que nunca foi realizado, que Eisenstein retira um outro excelente paradigma de uma montagem tal como praticada em épocas pré-cinematográficas. Leiam um trecho de Da Vinci e reflitam se ele não procedeu como uma espécie de roteirista de épico cinematográfico:

“Que se veja o ar escuro, nebuloso, açoitado pelo ímpeto de ventos contrários entrelaçados com a chuva incessante e o granizo, carregando para lá e para cá uma vasta rede de galhos de árvores quebrados, misturados com um número infinito de folhas. Que se vejam, em torno, árvores antigas desenraizadas e feitas em pedaços pela fúria dos ventos. Deve-se mostrar como fragmentos de montanhas, arrancados pelas torrentes impetuosas, precipitam-se nessas mesmas torrentes e obstruem os vales, até que os rios bloqueados transbordam e cobrem as vastas planícies e seus habitantes. Novamente devem ser vistos, amontoados nos topos de muitas das montanhas, muitas espécies diferentes de animais em tropel, aterrorizados e reduzidos, finalmente, a um estado de docilidade, em companhia de homens e mulheres que fugiram para lá com seus filhos…” (LEONARDO DA VINCI, p. 25 – Saiba Mais)
O processo de montagem utilizado por tantos artistas magistrais possui uma força que, segundo Eisenstein, “reside no fato de incluir no processo criativo a razão e o sentimento do espectador. O espectador é compelido a passar pela mesma estrada criativa trilhada pelo autor para criar a imagem. (…) É precisamente o princípio da montagem que obriga os próprios espectadores a criar e adquire o grande poder do estímulo criativo interior do espectador, que distingue uma obra emocionalmente empolgante de uma outra que não vai além da apresentação da informação ou do registro do acontecimento.” (p. 31)

A montagem, compreendida como sucessão de fragmentos que somados revelarão o processo criativo em ação, é tática também muito adorada pelos poetas – tanto que poderíamos dizer que Eisenstein aprendeu cinema também com Púchkin e Da Vinci, também com Delacroix e Meyerhold, e não só com a obra de outros cineastas.

Esta capacidade incomum de Eisenstein de refletir sobre o cinema no contexto do conjunto das artes, e além disso formulando uma teoria e práxis da criatividade, é o que torna esta figuraça algo de tão extraordinário nas artes do século XX. Para Eisenstein, cinema nunca foi negócio, comércio, meio para enriquecimento financeiro, como tornou-se em boa parte dos centros hegemônicos de produção cinematográfica massificada (Hollywoods e Bollywoods). Com a câmera, Eisenstein sentia-se conectado ao métier de poetas, dramaturgos, romancistas, pintores, escultores – era um artista que aprendia com todas as artes.

Há em Puchkin certos versos de intenso teor cinematográfico, argumenta Eisenstein, exemplificando com trechos do poema narrativo Poltavaem especial a cena da execução do personagem Kochubei. Exatamente como faria um bom cineasta, o poeta Puchkin vale-se de planos do cenário após a execução, evocando alguns detalhes significativos: “O cadafalso fatal era desmontado / Um padre de sotaina preta rezava / E sobre uma carroça era colocado / Por dois cossacos um caixão de carvalho.” (p. 37).

 Vê-se aí que as palavras do poeta produziram um efeito similar ao de um cinematógrafo que registrasse estes 3 planos: um cadafalso sujo de sangue após a execução de Kochubei; um padre que faz suas orações para o morto; o caixão sendo posto sobre uma carroça. Como comenta Eisenstein, “seria difícil encontrar uma seleção mais eficaz de detalhes para descrever a sensação da imagem da morte em todo o seu horror, do que esta da conclusão da cena de execução. (…) O método é usado apenas com o objetivo de suscitar a necessária experiência emocional no leitor.” (p. 37).

Outra ação que está na essência do método de montagem, portanto, é a seleção eficaz de detalhes que ilustrem a contento o tema geral que anima o processo criativo. E quem diz seleção diz exercício do juízo crítico e estético: montar é enfatizar alguns detalhes e passar ao largo da descrição de outros; é escolher entre o necessário e o supérfluo, e depois articular a sucessão dos fragmentos julgados como necessários. Monta-se o mosaico a fim de gerar uma obra de arte que possui não só capacidade de estabelecer uma narrativa lógica dos acontecimentos e dos afetos daquelas pessoas nele envolvidos, mas sobretudo que seja capaz de comover o espectador, de gerar compreensão e empatia. Pois arte que não gera experiência emocional naquele que com ela entra em contato, arte que não produz conexões simpáticas, talvez não mereça o nome de autêntica obra de arte. Uma arte que não se sente não será uma arte falhada?

O que Eisenstein celebra em Púchkin é justamente a capacidade descomunal deste escritor em utilizar o método da montagem de modo a produzir uma miríade de experiências emocionais de suas personas dramáticas (dramatis personae): “Púchkin obtém espantoso realismo em suas descrições. É na verdade o homem, completo em seus sentimentos, que emerge das páginas dos poemas de Puchkin.” (p. 38)

Eisenstein prova seu argumento evocando uma descrição de Pedro, O Grande, também em Poltavaem que o poeta Púchkin escreve uma sequência de 14 versos que são extremamente similares a 14 planos cinematográficos: no primeiro plano, ouve-se só a voz de Pedro; no segundo plano, mostra-se só as pessoas que o rodeiam; no terceiro, Pedro surge; no quarto, há um close-up em seus olhos faiscantes; e assim por diante.

Pedro é sucessivamente “enquadrado”, sendo que os versos sucedem-se como as cenas de um filme, e Puchkin sabe ser também um “cineasta” avant la lettre que transmite à sucessão de suas imagens um dinamismo que as enche de ação; é com “movimentos ágeis que Pedro avança, e na sequência (isto é, na próxima cena!) seu corcel lhe é entregue, “fiel cavalo de batalha que pressentindo o fogo fatal, treme. Enviesa os olhos e se lança na poeira da luta. Orgulhoso de seu poderoso cavaleiro.”
Será imaginável que Eisenstein tenha podido montar uma cena tão emocionalmente pungente quanto aquela do cavalo na ponte, em Outubro, se não tivesse ido à escola com Puchkin, se não tivesse aprendido valiosas lições com o autêntico poema-filme puchkiniano que descreve Pedro e seu corcel?


A genialidade do cinema de Eisenstein só será compreendida no contexto da frequentação fecunda que ele realizou da escola dos poetas, e não só dos russos (como Puchkin e Maiakósvky), mas também de Milton e seu Paraíso Perdido.
 As cenas de batalhas entre as hostes de Satã e as hostes celestiais, no poema de Milton, são compostas como se fossem um roteiro de filmagem. As lanças, os capacetes, os escudos, os movimentos dos exércitos, tudo é evocado por Milton como se estivéssemos assistindo a uma mega-batalha em um filme bélico épico, que pode inclusive ter similaridades com cenas memoráveis de obras Apocalypse Now, de F. F. Coppola, Além da Linha Vermelha, de T. Mallick, ou O Resgate do Soldado Ryan, de Spielberg.

É impressionante, de fato, o quanto o leitor de certas cenas do Paraíso Perdido pode ter a sensação de que um filme passou em sua cabeça enquanto lia o poema. Eisenstein mostra claramente o paralelismo que há entre o modo como o poeta monta seu poema, através da evocação sucessiva de imagens, e o modo como o cineasta também realiza algo bem semelhante.

Por exemplo, quando os anjos rebelados são jogados no Inferno, trata-se de uma cena de alto teor cinematográfico – um plano cheio de som e fúria, de movimento e desassossego, de ação e de suspense, um legítimo arrasa-quarteirão avant la lettre, um autêntico blockbuster poético! De “cabeça para baixo”, narra Milton, os danados “precipitam-se da borda do Céu” e “a cólera eterna arde atrás deles até o abismo insondável.” (47)

Não há absurdo, depois de ler O Sentido do Filme, em recuar ainda mais no passado cultural da Humanidade e tratar dos poetas antigos como praticantes de táticas de “montagem” com as quais o cineasta contemporâneo ainda tem muito a aprender: Homero era um “cineasta” antes do cinema existir, alguém que conseguiu montar certas cenas da Guerra de Tróia na telona de um escurinho cinema. Não é à toa que o cinema tenha tanto se “apropriado” da Ilíada e da Odisséia, seja explicitamente (em filmes como Tróia ou Fúria de Titãs), seja por contrabando ou apropriação criativa (como em O Regresso, de Alejandro G. Iñarritu).

Donde emerge uma tarefa hercúlea para qualquer estudante de cinema ou aspirante a cineasta: ao contrário do que sugere a vertente hegemônica no mundo acadêmico atual, não basta, para uma formação adequada nas faculdades de audiovisual, focar a atenção nas especialidades, naquilo que é específico do cinema, com destaque a seus procedimentos técnicos e à seus métodos de realização na prática.

O cinema é bem mais que uma questão de câmeras, lentes, financiamento, mercado de exibição, contexto de negócios etc. O cineasta realmente criador e inovador, como prova Eisenstein tanto em sua obra realizada e em suas teorizações, é um artista entre artistas, um operário da Arte multiforme e variada que atravessa a humana história.

O cineasta só será um artista de fato se souber aprender com todas as artes, conviver com artistas de todas as vertentes, aprendendo a filmar também nos versos dos poetas, nas narrativas dos romancistas, nas interações humanas “montadas” pelos dramaturgos. Nada impede, inclusive, que o cineasta aprenda a filmar e a montar através dos esboços e rascunhos dos pintores (como Eisenstein faz com Da Vinci), que aprenda cinema também em suas  andanças pelos museus, em suas observações de estátuas e prédios, em sua apreciação de canções, concertos, sinfonias (dentre outras formas musicais) etc.

Uma das maiores contribuições de Eisenstein à ampliação do nosso conceito de montagem consiste também numa aproximação que ele realiza entre cinema música, o que torna-se explícito quando ele trabalha com o conceito de montagem vertical, ou seja, montagem polifônica (p. 54-55).
A montagem de um filme não é simplesmente a disposição sucessiva de elementos em uma linha do tempo que progride na horizontal – uma seta que corre sempre para frente, como uma melodia de canção. O filme também é montado tendo em vista as simultaneidades e as sobreposições de elementos – o aspecto propriamente harmônico, ou seja, da ocorrência simultânea de elementos que precisam ser compostos-montados num plano de verticalidade, que somam no mesmo plano ao invés de somente sucederem-se em planos sequenciais. Eisenstein explica melhor a analogia cinematógrafica-musical:







Análise de Drifters Documentario sobre pesca de arenque na Escócia

Drifters -1929

Dirigido por:

O termo DOCUMENTÁRIO foi usado pela primeira vez num artigo escrito por Grierson para o jornal New York Sun em fevereiro de 1926. Era o comentário do filme MOANA de Robert Flaherty e o termo foi emprestado do francês "documentaire" com o qual eram designados os filmes de viagem.

Assim Grierson escreveu: "sendo um relato visual da vida cotidiana dos jovens polinésios tem valor documental". Mais tarde definiu esse tipo de filme como "de tratamento criativo da atualidade". Essas definições do cinema documentário vão designar, nos seguintes vinte anos, um vasto e riquíssimo filão de filmes de comentário social.
O desenvolvimento mais importante e influente internacionalmente no Cinema Britânico foi o movimento do filme documentário, caracterizado por filmes baseados na realidade e feitos fora da indústria comercial, como reação aos filmes escapistas de Hollywood, que então dominavam as telas britânicas.

Este movimento resultou basicamente dos esforços de um escocês  de nascença chamado John Grierson (1898-1972). Criado perto de Stirling, ele foi fortemente influenciado desde a juventude pelo trabalhismo, que era então chamado de “Red Clydeside” ou “Clydeside Socialism”, porque era oriundo de um distrito de operários situado nas margens do Clyde River em Glasgow.

Em 1927, convencido de que o filme documentário deveria não somente proporcionar um “tratamento criativo da realidade”, mas também ser usado pelo Estado para despertar a consciência dos espectadores, Grierson voltou para a Inglaterra, onde encontrou um apoio na pessoa de Stephen (depois Sir Stephen) Tallents, Secretário da Empire Marketing Board, instituição do governo encarregada de promover o comércio e a cooperação econômica entre os países membros da Comunidade Britânica. Tallents conseguiu financiamento para Grierson realizar um documentário, Drifters, sobre a indústria da pesca de arenques no Mar do Norte.
 
Clássico do documentário mundial, Drifters fala sobre a vida dos pescadores de arenque na costa oeste da Escócia. Acompanha o trajeto de um barco em direção ao alto-mar, o lançamento das redes, o retorno ao porto sob uma terrível tempestade e a comercialização do peixe no mercado. Fortemente influenciado pelo O Encouraçado Potemkin (1925), de Eisenstein, Grierson lança mão de artifícios análogos, como a valorização do ambiente náutico, o corte rápido e a montagem como principal geradora de emoção no espectador. Drifters é uma peça de propaganda cujo principal efeito foi consolidar Grierson na produção cinematográfica britânica dos anos de 1930.

Drifters (1929), que julgamos ser o único filme realizado e montado por Grierson - a partir dessa data foi sempre produtor - tem como tema a pesca do arenque no Mar do Norte. Uma pequena vila em Shetlands é o local de onde as suas personagens partem para a pesca. Não podemos dizer que se trata de um filme apenas sobre os pescadores o seu trabalho é, também, um filme sobre o mar. Neste filme que podemos dividir em 3 partes (ou sequências): partida para o mar; pesca e tempestade no mar; regresso e venda do peixe, a maior parte dos seus planos são grandes planos ou planos aproximados, esta intimididade com o trabalho dos pescadores (apenas alguns planos de rosto surgem em todo o filme, em especial quando se aproxima a tempestade e na venda de peixe) não serve apenas para mostrar as dificuldades e a dureza da pescaria, consegue colocar o trabalho enquanto valor maior desses homens. Depois de lançarem as redes, cai a noite. O que em muitos filmes seria a simples passagem da noite para o dia, aqui, enquanto os pescadores descansam, vemos o que se passa debaixo de água. Os peixes-cão e congros rondam as redes para caçar outros peixes. Ao longo desta cena, Grierson dá especial destaque às redes, o recurso a um plano anterior é sintomático: à superfície da água a rede tem um comprimento que se confunde com o próprio horizonte, as redes serão pois quase infinitas, pelo que se garante boa pescaria, para além disso fomos informados anteriormente que foram lançadas ao mar 2 milhas de rede. A sobreposição de imagens é um recurso que se destaca. Logo no início, ao sobrepor planos das máquinas do navio com o homem que lança carvão na fornalha, interligados com planos do navio a avançar em direcção ao mar alto, fica claro que o esforço e a determinação (e o uso da maquinaria, da ``industrialização'') conseguem romper a força do mar. Num outro momento, quase no final do filme é tocante a sobreposição das ondas do mar com as pessoas que circulam no Porto de Yarmouth para comprar peixe. Apesar da força das ondas, o mercado de venda de peixe faz a sua função enviando a mercadoria para o resto do mundo. Uma montagem a vários ritmos (planos mais longos no início e planos de menor duração no momento da tempestade; muito em consonância com o ritmo da montagem soviética dos anos 20) e inter-títulos5 que informam sobre a pesca em curso salientando os principais momentos desse trabalho ou pormenores relacionados com a pesca (por exemplo, após o inter-título 12 - nota de rodapé 4 - surge um plano em que a linha da rede balança à superfície da água serpenteando o seu caminho em direcção ao horizonte), não poderão deixar o espectador indiferente. O espectador é guiado pelas imagens e, em especial, pelos inter-títulos, desde uma pequena vila até ao resto do mundo. O trabalho de uma pequena vila, a pesca de arenque, é colocada numa posição de superioridade ficando implícitos os benefícios de ser produtora e o resto do mundo necessitar dessa sua produção.
A partir desse seu filme, Grierson defendeu duplamente o documentário: enquanto produtor e impulsionador do chamado ``movimento documentarista britânico'' e através de textos em que proclamava as potencialidades do documentário. Com estas duas frentes, Grierson criou um conjunto de pressupostos estáveis. Ainda assim, este movimento teve o mérito de não ter promovido um certo desleixo estético para daí reclamar uma maior proximidade com a realidade.
O conjunto de normas estéticas (no caso, nos filmes deste movimento o uso da voz off ou voice over é um dos recursos marcantes) têm uma ligação direta com o modo como cada autor entende a função das suas obras. O movimento documentarista britânico pretendia registrar o presente e não o passado e dirigir-se diretamente ao espectador. A Escola de Grierson sentia que a história estava a acontecer ``aqui e agora'' e os seus filmes faziam parte da situação social, econômica, cultural e política da época.

Para Grierson a vida devia ser passada para o ecrã de uma forma realista e jornalística, o que não quer dizer que, para ele, os aspectos estéticos não fossem importantes. De facto, Grierson pensava o documentário como um objeto artístico, poético – o documentário seria, assim, um gênero de categoria superior, visto que utiliza a criatividade para trabalhar material recolhido in loco. Ou seja, a aproximação do espectador à realidade passaria, não só pela razão, mas também pelo sentimento.  

Grierson acreditava no papel pedagógico e positivo da propaganda – não a propaganda fascista ou nazi, mas a propaganda que promovesse a democracia. E o documentário era o melhor meio para veicular a mensagem de cidadania.

Desafiando a indústria fílmica ‘hollywoodesca’, Grierson procurava, então, demonstrar que o cinema podia se servir da vida quotidiana como temática base e ser muito mais interessante em termos sociais e artísticos.


Fontes:

https://filmow.com/drifters-t14518/

http://www.mnemocine.com.br/aruanda/grierson.htm

http://www.historiasdecinema.com/2013/11/movimento-do-filme-documentario-britanico-1919-1939/

http://www.bocc.ubi.pt/pag/penafria-manuela-filme-documentario-debate.html

http://papadocspt.blogspot.com.br/2009/12/john-grierson.html

http://www.bocc.ubi.pt/pag/penafria-manuela-filme-documentario-debate.html 

 
 

Analise de Como Aprendi a Superar Meu Medo e Amar Ariel Sharon

Israelense que fez filme sobre Sharon diz que ação do país contra palestinos mascara fuga à negociação

Documentarista vê surgir uma nova forma de terror
DA REPORTAGEM LOCAL

O documentarista israelense Avi Mograbi, 45, diz que, neste momento, em seu país, é impossível pensar em outra coisa além do conflito com a Palestina. Mas a situação é "emocional demais" para que consiga planejar um filme.
Em entrevista, por telefone, de Tel Aviv, ele fala de "Agosto", seu longa a ser exibido no Brasil, e do anterior, "Como Aprendi a Superar Meu Medo e Amar Ariel Sharon", que classifica como "profético". (SILVANA ARANTES)
Folha - O sr. se arrepende de ter feito "How I Learned to Overcome My Fear and Love Arik Sharon" ("Como Aprendi a Superar Meu Medo e Amar Ariel Sharon")?
Avi Mograbi -
Definitivamente não me sinto mal por ter feito esse filme. É fato que nele o sr. Sharon parece uma pessoa muito amável. Mas essa é precisamente a história do filme -como alguém que parece tão legal e amável pode ser tão horrível. Temos de lembrar o tempo todo quem ele realmente é e não quem ele parece ser.
Não é um documentário sobre Sharon, mas sobre nós, os israelenses. Fiz esse filme em 96. A história é sobre como eu, um cineasta de esquerda, fiz um filme político sobre Sharon, encantei-me por ele, fiquei cativado por seu carisma e mudei minha visão política. Obviamente não mudei de fato minha visão política. Foi uma maneira irônica de colocar as coisas.
Quando terminei o filme, Sharon parecia ser um político em fim de carreira. Cinco anos depois, ele foi eleito primeiro-ministro. O filme acabou sendo um documentário profético, um retrato de como a sociedade israelense esqueceria o que Sharon é, qual é a sua moral, o que fez nos longos anos de sua carreira política, e se renderia ao seu carisma, acreditando que ele poderia lhe dar paz e segurança, como prometia.
Folha - Com que objetivo o sr. filmou "Agosto"?
Mograbi -
Decidi fazer um filme sobre agosto, o mês que mais odeio, pensando que poderia ser uma metáfora sobre a vida em Israel. Quando saí para filmar, não tinha planos. Eu só queria ir às ruas e filmar a violência, porque a atmosfera em Israel nos últimos anos tem sido bastante agressiva e violenta. Minha intenção inicial não funcionou, porque, sempre que você sai à procura de algo, o que busca não acontece onde você está, mas em outro lugar. E não acontece quando você está com a câmera ligada, mas quando você a esqueceu ou está despreparado.
Não encontrei nenhuma violência, mas muitas pessoas reagiram muito agressivamente a mim e à minha câmera. Filmei com uma pequena câmera digital, sozinho. Eu não parecia uma equipe de TV. Mesmo assim, as pessoas não queriam que eu as filmasse, reagiam como se tivessem um sentimento de culpa, algo a esconder.
Não fiz nenhum tipo de provocação. Só falava depois que as pessoas se dirigiam a mim. Mas eu era parte daquilo e me tornei igualmente agressivo. Eu me sinto muito desconfortável nessas partes em que me vejo sendo tão agressivo quanto a rua, mas aconteceu, e eu não poderia esconder. Tampouco queria fazer um filme em que dissesse "eles são maus e agressivos e eu, puro e maravilhoso", porque sou parte deste lugar e provavelmente sou tão agressivo quanto a rua. A questão é: por que somos tão agressivos?
Folha - Tem sido possível trabalhar atualmente em Israel?
Mograbi -
Para os israelenses, a situação está OK. Até há dez dias tínhamos medo de bombas, mas agora a situação está calma, e podemos fazer tudo o que fazíamos antes, embora ainda tenhamos medo em lugares públicos.
Ou seja, nossa vida está razoavelmente normal, mas não podemos pensar em nada além do conflito. Enquanto falo com você [na noite de terça", vejo pela TV um tanque investindo contra uma equipe de jornalistas numa cidade palestina. O que está ocorrendo não é a demolição do terror, mas a criação de uma nova forma de terror. É horripilante.
Folha - Qual é seu novo projeto?
Mograbi -
Ainda não sei. A situação atual oferece muitas idéias, mas tudo é emocional demais agora para realmente pensar em começar um filme. Estou ocupado enviando muitos e-mails, tentando espalhar informações a que não se tem acesso pela imprensa. Tento fazer as pessoas saberem o que está acontecendo. Mais tarde, provavelmente pensarei em algo.
Folha - Que tipo de informações não publicadas pela imprensa o sr. está divulgando?
Mograbi - É muito difícil saber o que está acontecendo nos territórios ocupados, porque o Exército isola o local e não autoriza a entrada da imprensa. Mas há depoimentos devastadores de palestinos sobre o que está ocorrendo lá dentro, sobre quantas pessoas estão sendo mortas, sobre o fato de as ambulâncias não conseguirem recolher mortos e feridos, sobre as atrocidades praticadas pelo Exército e os danos causados a moradias e instituições.
Temos recebido muitas notícias, não pelos meios tradicionais, como jornais e TV, até porque a mídia em Israel tornou-se uma grande propaganda governamental. Não temos como ir lá checar a veracidade de todas as informações, mas, de tempos em tempos, há confirmações de algumas delas e tentamos fazer com que as pessoas saibam e fiquem alertas.
O que está sendo feito [por Israel" não é uma operação limpa, mas uma grande ofensa à população civil. E sua intenção não é necessariamente demolir o terror, mas evitar a negociação.


‘Como Eu Aprendi a Superar Meu Medo e a Amar Ariel Sharon’, de Avi Mograbi, que integrsa a retrospectiva do diretor israelense. Crítico do terrorismo de Estado que o Exército de Israel pratica contra os palestinos, Mograbi me contou na entrevista que fiz para o ‘Caderno 2’ que foi ao encontro de Sharon pensando que ia encontrar um monstro. Enxcontrou um cara caloroso e sedutor, que o fez repensar o filme que queria fazer e o resultado vale a pena conhecer.
 
 

terça-feira, 28 de março de 2017

Na Missão com Kadu - Análise do documentário

NA MISSÃO, COM KADU



Filmado pelo pernambucano Pedro Maia de Brito e por Aiano Mineiro (MG), o documentário acompanha o líder comunitário Ricardo de Freitas Miranda, o Kadu, líder comunitário da Ocupação Vitória da Izidora (região periférica de Belo Horizonte). A montagem costura imagens filmadas pelo próprio Kadu, em um dia de passeata reivindicatória da ocupação em direção à Cidade Administrativa do Estado de Minas Gerais no ano de 2015. O desfecho acaba revelando uma brutal reação de força do aparelho estatal contra os manifestantes. (por Fernando Pacheco)
O filme foi filmado em Julho de 2015 e finalizado agora em 2016 pela seguinte equipe:
  • Direção e Roteiro:: Aiano Bemfica, Gabriel Martins e Pedro Maia de Brito
  • Produção: Aiano Bemfica, Luisa Lanna e Pedro Maia de Brito
  • Montagem e Roteiro: Gabriel Martins
  • Som Direto e Produção: Luisa Lanna
  • Direção de fotografia: Kadu Freitas e Pedro Maia de Brito
  • Mixagem: Homero Basílio
  • Finalização: Felipe Ferraz
  • Duração: 28 minutos
  • Classificação/Gênero: Documentário
  • Países de Origem: Brasil
  • Contato: maiaapedro@gmail.com

Sinopse


Na luta por moradia em Belo Horizonte, um militante, sua câmera e seu povo enfrentam o poder dos cassetetes e das bombas de gás.
Na Missão com Kadu é um filme-documentário realizado pelo pernambucano Pedro Maia de Brito e o mineiro Aiano Benficaque junta imagens de depoimentos colhidas pelos cineastas com imagens feitas por um celular pelo líder comunitário Ricardo de Freitas Miranda, o Kadu, durante uma passeata realizada pelos moradores da Ocupação Vitória, na Izidora, região periférica de Belo Horizonte. Os manifestantes se dirigiam ao Centro Administrativo do governo mineiro em junho de 2015 e foram reprimidos de forma brutal, o que resultou na prisão de cerca de cem pessoas e ferimentos em várias delas por balas de borracha, incluindo crianças, atingidas por bombas de gás lacrimogênio e spray de pimenta.
O filme é uma denúncia contundente contra a ação truculenta da Polícia Militar e tem sido usado pelos ocupantes para tentar sensibilizar a Justiça mineira dos arbítrios cometidos para definir o direito de uso da área invadida. Existem sérias dúvidas quanto à legalidade de posse da mesma pelos que dizem ser seus proprietários e questiona-se também o uso da violência contra uma reivindicação legítima. O caso torna-se ainda mais dramático quando no final do filme tomamos conhecimento que o líder comunitário Kadu foi assassinado numa emboscada quatro meses depois da manifestação.

Montagem

A montagem costura imagens filmadas pelo próprio Kadu, em um dia de passeata reivindicatória da ocupação em direção à Cidade Administrativa do Estado de Minas Gerais no ano de 2015. O desfecho acaba revelando uma brutal reação de força do aparelho estatal contra os manifestantes” (por Fernando Pacheco).
O documentário nasce de um processo de imersão de seus realizadores no contexto de luta pela moradia da ocupação Izidora, localizada na região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais. Considerando que estamos diante de um filme assumidamente militante, duas ou três palavras devem ser ditas sobre os conflitos fundiários que alimentam o atual quadro de colonização do espaço e da moradia e, por conseguinte, o filme.
A proposta de fazer um filme a partir dos dois planos-sequência de Kadu, um o dia da manifestação, e outro na ocupação com Kadu, veio depois de um agenciamento pragmático destes, sendo possibilitado pelo vínculo criado entre militantes interessados pelo audiovisual e moradores da ocupação, principalmente lideranças locais. Estamos diante de um filme de guerrilha, que constrói sua força na evidência dos corpos que denunciam e lutam. A partir deste, podemos pensar o lugar do cinema militante (seja ele qual for) no campo cinematográfico brasileiro (e, obviamente, para além dele). Isso nos leva à diversidade de espaços sobre os quais o filme exerce influência estética e política, dando a ver imagens de uma história que deve ser contada.
Em contextos de conflito, o uso do audiovisual como arma sensível é crescente, seja nas ocupações urbanas, no mundo ameríndio ou em sociedades tradicionais. O fenômeno do cinema indígena contemporâneo atesta a veracidade e a potência desse novo cinema da urgência, pautado pela necessidade de tornar visível o ponto de vista dos invisíveis. Desse modo, o documentário tem exercido papel importantíssimo na sobrevivência desses pobres e desapossados do mundo, fazendo surgir diversas mise-en-scènes dos vagalumes brasileiros, o que pode indicar um processo positivo tanto para a democracia quanto para a arte. 

TEASER #1

https://vimeo.com/186218332

TEASER #2

 https://vimeo.com/185850764

TEASER #3

https://vimeo.com/185848005


A montagem é dividida em 7 macros basicamente:

Sequencia 1 - A chegada na ocupação conversa com jovens e uma "panorâmica" da ocupação.
Corte 1 - Tentativa frustrada de estourar o foguete para avisar da reunião e da exibição da filmagem.


 Avisando a população da reunião e da exibição da filmagem da manifestação.


Sequencia 2 - Indo para a reunião. Passagem na casa de uma moradora. Exibição da filmagem da manifestação.
Corte 2 - Pessoas assistindo a filmagem

 


Sequencia 3 - O dia da manifestação. O início do confronto com os policiais na BR. Mudança de faixa para evitar o confronto. O Bloqueio policial.
Corte 3 -
 A filmagem da manifestação



Sequencia 4 - O confronto com os policiais. A truculência. A reclamação de Kadu contra as autoridades e principalmente contra Pimenta.
Corte 4









Sequencia 5 - Imagens da truculência e de pessoas feridas. a falta de sensibilidade com as crianças que estavam na manifestação.
Corte 5




Sequencia 6 - O retorno para ajudar os outros manifestantes. Balas de borracha, spay de pimenta. O encontro com a menina.
Corte 6


Sequencia 7 - Fuga com a menina no colo.
Corte 7
O último corte com a menina no colo


Kadu (Ricardo Freitas de Miranda) segundo as Brigadas Populares. 23/11/2015


No domingo (22), durante a noite o companheiro Ricardo Freitas, conhecido como Kadu, havia acabado de celebrar seus 38 anos de vida e luta quando foi brutalmente assassinado na entrada da ocupação Vitória da Izidora. Desde então choramos sua morte prematura, a morte de um lutador das causas do povo e das ocupações urbanas. Kadu foi inestimável companheiro de lutas e de conquistas. Ele escolheu a ocupação Vitória que, mesmo com todo o amor de sua família, decidiu se colocar, de corpo e alma, ao lado das famílias necessitadas em busca de mudar a condição precária que muitas famílias passam.
Ainda, Kadu “adotou” Ana e Adão como seus ‘pais’ da ocupação. Foi incansável membro da coordenação das ocupações que esteve presente, ‘na missão’ como costumava dizer, em todas as lutas, assembleias e reuniões com sua maneira alegre e espontânea de ser, lutando sempre pela resistência das ocupações urbanas e por um mundo mais justo. Sua alegria era contagiante e sempre presente; sua força estava sempre à disposição para ajudar a qualquer um que necessitasse.
A agitação que ele fazia, de maneira espontânea, deixava todas e todos mais alegres pela sua presença, sempre muito feliz. E, em momentos de necessidade, por exemplo durante a repressão violenta da polícia contra as famílias da Izidora, Kadu se colocou, prontamente, a ajudar as pessoas machucadas. Era um companheiro inigualável que, com certeza, sua partida irá fazer falta a cada marcha, a cada assembleia e no próprio dia a dia das ocupações. Sentiremos falta de abraça-lo como irmão que era de todos da ocupação e de sua alegria. Kadu, junto com Manoel Bahia é mais uma das vítimas da falta de oportunidades sistemática que nega o direito à cidade e à moradia adequada, que se desdobra em vários conflitos que acaba levando mais um dos nossos, mais um lutador que parte sem poder dizer adeus.
Conforme a Polícia Militar, as vítimas estavam em um carro na rua Hermenegildo Chaves Monzeca quando foram surpreendidas por três homens armados. Os suspeitos atiraram várias vezes contra o veículo e, em seguida, fugiram. A motivação do crime ainda não foi esclarecida. As duas vítimas chegaram a ser socorridas à UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) São Benedito, mas Kadu morreu pouco depois de dar entrada na unidade. O outro rapaz permanece internado em estado grave.

Palavra Ética na TVC/BH especial sobre Kadu (Ricardo Freitas), mártir da Luta pela moradia. 29/11/15

Protesto da Ocupação Izidora, em BH, é marcado por confronto na MG-010

Grupo se deslocou para a cidade administrativa, onde estavam policiais.
Movimento Brigadas Populares afirma que houve tiros e bombas de gás.
 

19/06/2015 10h39 - Atualizado em 19/06/2015 20h14

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=9WgSbDLydMA

PM e moradores de ocupações entram em confronto na MG-010/ Com video. 

19/06/2015 - 10h55 - Atualizado 07h54

http://hojeemdia.com.br/horizontes/pm-e-moradores-de-ocupa%C3%A7%C3%B5es-entram-em-confronto-na-mg-010-1.311341?fb_comment_id=941734652533849_942347179139263#f33b197d0578678

Moradores das ocupações da Izidora, em BH, fazem protesto contra despejo

Definição da reintegração de posse deve ser julgada nesta quarta no TJMG.
Às 12h, 2 mil pessoas participavam do ato, dizem organizadores.

 

 

sexta-feira, 24 de março de 2017

Black Jack Logan - Um novo jogo.




Em homenagem a Lemmy Kilmster,  John A. Logan e ao Wolverine (Hugh Jackman) dos X-men.


Proposta de nomes para o jogo: Pok Jack/Ace of Spade/ King Nunters.

O JOGO 

JOGOS BASES: 21 (Black Jack) e Haijinhai

CARTAS
- Cartas de baralhos, dois jogos completos.
- Para cada jogador - Dois jogos do nipe de espada do 9 ao Az + 2 valetes, um de ouro/paus/copas; dois 10 e 9, um de ouro/paus/copas a escolha dos jogadores.




OBJETIVO: Capturar o Rei do adversário. 

DINÂMICA DO JOGO 

- O Mestre do jogo divide os jogos de espada entre os jogadores. Os jogadores escolhem ou sorteiam o restante das cartas.
- O mestre do jogo insere os dois coringas e embaralha o restante das cartas e forma o deck onde os jogadores tiraram as cartas para a disputa do 21 (Black Jack) no caso de empate.
- Cada jogador organiza o jogo de cartas na sua mão, de acordo com sua estratégia e tática.
- Os jogadores vão para o combate. Cada um coloca a sua carta na mesa para a disputa. O que tiver a carta maior vence. A carta vencedora volta para o vencedor indo para o PURGATÓRIO, que será usado, se necessária, numa segunda rodada, quando o jogador poderá usa-las de novo nas mãos para outras batalhas.
Em caso de empate os jogadores vão para o 21. Em caso de um novo empate os jogadores vão para a carta maior ou para as regras do POKER.





OBSERVAÇÕES
- As cartas da mão perdedora vão para o cemitério e não retornam mais ao jogo. 
- No caso do empate, todas as cartas usadas vão para o cemitério com exceção das cartas da mão do vencedor que vão para o morto.

A FORÇA DA CARTAS

- O Rei derrota todas as carta, menos a rainha/dama e o coringa.
- O Az de espada derrota o coringa.
- A Rainha/dama derrota o Rei.

A FORÇA DA CARTAS no 21 - As cartas seguem a lógica do Black Jack

- O Az terá o valor de 1 ou 11, dependendo da combinação.
- As caretas terão valor 10.
- As outras caretas terão seus valores numéricos

CRIADORES: O.Jr. Bentes e Edinaldus Oeiras.
Valor de 2.000 a 15.000 $
 



Wolverine

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.



Wolverine
Por. Hugh Jackman



Outro(s) nome(s) James "Logan" Howlett
Espécie Humano Mutante

Ocupação Ex-agente do governo, ex-militar (ex-capitão das Forças Armadas Canadenses, atribuído à inteligência), Instrutor da Escola para Jovens Super Dotados do Professor Xavier
Poder(es)
  • Perito artista marcial
  • Fator de cura regenerativo
  • Estrutura esquelética revestida de adamantium e garras retrateis
  • Anteriormente com garras de ossos, Revestidas no futuro por Adamantiun
  • Sentidos sobre-humanos, reflexos, e atributos comparados à de animais
  • Longevidade prolongada
  • Intelecto Alto
Afiliações Exército Canadense Arma X X-Men Novos Vingadores
Clã Yashida
Departamento H Tropa Alfa Cavaleiros do Apocalipse X-Force
Instituto Jean Grey
Família John Howlett Sr. (pai morto), Elizabeth Howlett (mãe morta), John Howlett Jr. (irmão morto), Lobo (meio - irmão), Ophelia Sarkissian (ex-esposa), Itsu (esposa morta), Daken (filho), Erista (filho), Laura Kinney (clone/filha)
Terra Natal Cold Lake, Alberta

Criado por Len Wein Roy Thomas John Romita
Primeira aparição The Incredible Hulk #180 (Novembro de 1974)
Editora(s) Marvel Comics
Espécie Humano Mutante
Terra natal Cold Lake, Alberta
Afiliações Exército Canadense Arma X X-Men Novos Vingadores
Clã Yashida
Departamento H Tropa Alfa Cavaleiros do Apocalipse X-Force
Instituto Jean Grey
Ocupação Ex-agente do governo, ex-militar (ex-capitão das Forças Armadas Canadenses, atribuído à inteligência), Instrutor da Escola para Jovens Super Dotados do Professor Xavier
Base de operações Mansão X, Torre dos Vingadores
Parentesco John Howlett Sr. (pai morto), Elizabeth Howlett (mãe morta), John Howlett Jr. (irmão morto), Lobo (meio - irmão), Ophelia Sarkissian (ex-esposa), Itsu (esposa morta), Daken (filho), Erista (filho), Laura Kinney (clone/filha)
Situação presente Morto
Codinomes conhecidos Logan, Arma X, Caolho, Morte, Jimmy, Jim Logan
Habilidades
  • Perito artista marcial
  • Fator de cura regenerativo
  • Estrutura esquelética revestida de adamantium e garras retrateis
  • Anteriormente com garras de ossos, Revestidas no futuro por Adamantiun
  • Sentidos sobre-humanos, reflexos, e atributos comparados à de animais
  • Longevidade prolongada
  • Intelecto Alto
Wolverine é um herói de histórias em quadrinhos publicados pela Marvel Comics. A primeira aparição do personagem foi na revista de HQ Incredible Hulk #180 (outubro de 1974) e foi criado pelo escritor Len Wein e pelo diretor de arte John Romita, que desenvolveu o personagem. Foi desenhado pela primeira vez para publicação por Herb Trimpe.[1]
Nascido James Howlett e comumente conhecido como Logan, Wolverine é um mutante que possui sentidos de animais aguçados, capacidades físicas melhoradas e poderosa capacidade regenerativa, conhecida como fator de cura. Ele foi descrito várias vezes como um membro dos X-MenTropa Alfa, e dos Vingadores.

Índice

Publicação

A primeira aparição de Wolverine foi na revista The Incredible Hulk #180, em Outubro de 1974, em história escrita por Len Wein e desenhada por Herb Trimpe. A partir daí, o personagem fez aparições em várias publicações da Marvel Comics, até fazer sua maior participação em The Incredible Hulk #181, em Novembro de 1974 novamente em história de Wein e Trimpe. John Romita desenhou o personagem em uniforme amarelo e azul e foi apresentado apenas como sendo um agente super-humano do governo canadense. Nessas aparições, suas garras não eram mostradas retráteis, embora Len Wein já tenha dito que elas sempre foram desenhadas com essa idéia.[2]

Biografia ficcional do personagem (Logan)

Arma X

O passado de Wolverine sempre foi coberto de mistério. Cobaia de uma experiência governamental (o Programa Arma X) Logan pouco sabe sobre sua vida anterior, pois teve memórias falsas implantadas pelos militares.
Programa do governo do qual Logan participou com o codinome Wolverine, no qual inseriram adamantium em seu esqueleto. Após o programa ele perdeu a memória e uma série de eventos o leva a lutar para recuperá-la.
Só recentemente se descobriu seu verdadeiro nome: James Howlett. Nascido em Alberta, no Canadá, filho de Elisabeth e John Howlett. É irmão mais novo de John Howlett Jr., que "morreu" logo cedo.
Devido ao seu “Fator de Cura Mutante”, o envelhecimento de Logan é lento, fazendo com que sua idade certa seja indeterminada. Sabemos porém que ele lutou na Guerra Civil Americana e na Segunda Guerra Mundial (ao lado do Capitão América). No livro do autor Hugh Matthews, intitulado "Lifeblood", Wolverine está preso em um campo de concentração na Polônia chamado "Höllenfeuer" (algo como 'Fogo do Inferno'), durante parte da Segunda Guerra Mundial.
Já tendo atuado como agente secreto da C.I.A. e do Serviço Secreto Canadense, ao cair em desgraça junto a seus superiores, ele foi caçado como uma ameaça, capturado e enviado a custódia de cientistas canadenses, participantes do "Programa Arma-X", quando se descobriu que ele era um mutante com fator de regeneração e com garras ósseas retráteis saindo de cada punho. Esse programa, (parte do programa Arma Extra, que pretendia criar máquinas de guerra perfeitas), precisava de "voluntários" para sua técnica de implantes de Adamantium, (um metal fictício, sendo o mais resistente da Terra), no esqueleto humano. Graças ao seu fator de cura, Logan conseguiu sobreviver aos experimentos: o resultado foi que todo o seu esqueleto foi mesclado com o metal experimental.

Lemmy Kilmister - O verdadeiro Wolverine!

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Lemmy Kilmister
Lemmy Kilmister
Informação geral
Nome completo Ian Fraiser Kilmister
Também conhecido(a) como Ian Fraiser Willis
Lemmy the Lurch
Nascimento 24 de dezembro de 1945
Origem Burslem, Staffordshire
País  Reino Unido
Data de morte Los Angeles, 28 de dezembro de 2015 (70 anos)
Gênero(s) Heavy metal, speed metal, rock and roll, hard rock, rock psicodélico, space rock
Instrumento(s) vocal, baixo, guitarra, violão, harmônica
Modelos de instrumentos Rickenbacker 4001
Gibson Thunderbird
Período em atividade 1965 - 2015
Gravadora(s) Chiswick, Bronze, GWR, Epic Records
Afiliação(ões) Motörhead Hawkwind Sam Gopal The Damned The Rainmakers The Rockin' Vickers Opal Butterfly The Head Cat Girlschool Dead Men Walking
Influência(s) Rolling Stones, Beatles, Little Richard, Eddie Cochran, Elvis Presley[1]
Página oficial Oficial
Lemmy se apresentando com o Motörhead.
Ian Fraiser Kilmister (Burslem, 24 de dezembro de 1945Los Angeles, 28 de dezembro de 2015), conhecido como Lemmy, foi um baixista e cantor inglês, conhecido por ser o fundador da banda de rock inglesa Motörhead. Era adorado pelos seus fãs por sua postura roqueira, estilo de tocar e timbre de voz marcante. O apelido "Lemmy" seria pela época que Lemmy era roadie e sempre pedia £5 emprestado (em inglês: - lemmy a fiver (lend me a fiver)), embora o próprio músico tenha dito em sua autobiografia que já era chamado assim desde os 10 anos de idade.[2]
Antes de ser músico, foi roadie do cantor e guitarrista Jimi Hendrix, tocou nas bandas Rockin' Vickers e Sam Gopal, sendo roadie da banda Hawkwind, onde ocupou o lugar do baixista que havia faltado no show - e deixado o instrumento na van da banda. Expulso da Hawkwind por ter sido detido no Canadá com anfetaminas, montou sua banda, originalmente chamada de Bastards, mais tarde renomada como Motörhead; o nome vem da última música de Lemmy escrita para o Hawkwind. Sua autobiografia, White Line Fever, narra sua carreira e os principais altos e baixos enfrentados pela banda.
No dia 28 de dezembro de 2015, foi anunciado na página oficial do facebook da banda que Lemmy havia falecido devido a problemas de saúde. Ele tinha completado 70 anos quatro dias antes.[3]

Índice

Infância e adolescência

Lemmy nasceu na véspera de natal em 1945 em Burslem, Stoke on Trent, Inglaterra.[4] Quando tinha três meses, seu pai, Sydney Davy A. Kilmister, um ex-capelão da força aérea real, se separou de sua mãe Jessie Milda Simpson. Sua mãe e sua avó moravam em Newcastle e se mudaram para Madeley, Staffordshire.[5] Quando completou dez anos, sua mãe se casou com George Willis, que já tinha dois filhos de outro casamento, Patricia e Tony, com os quais não se relacionava. A família se mudou para uma fazenda em Benllech no País de Gales, foi nessa época que Lemmy começou a mostrar interesse em rock and roll, música, garotas e cavalos. Frequentava a escola Ysgol Syr Thomas Jones em Amlwch, onde foi apelidado "Lemmy", que apesar dos boatos sobre a origem do apelido, o próprio diz desconhecer o porquê.
Ele viu os Beatles tocarem no Cavern Club quando tinha 16 anos, depois aprendeu a tocar guitarra escutando o primeiro disco deles. Ele também admirava a atitude sarcástica da banda, particularmente de John Lennon.[6] Ao sair da escola e com a mudança de sua família para Conwy, Lemmy teve alguns empregos temporários, um deles na fábrica Hotpoint da cidade, ao mesmo tempo tocava guitarra em bandas locais como a The Sundowners e ainda passava algum tempo em uma escola de montaria. Aos 17 anos, ele conheceu uma garota chamada Cathy, e seguiu ela até Stockport onde ela teve seu filho, Sean. Sean foi deixado para adoção.

Morte

Lemmy morreu na sua casa em Los Angeles, Califórnia, no dia 28 de dezembro de 2015, aos 70 anos de idade, em decorrência de um agressivo câncer no cérebro e no pescoço descoberto há dois dias antes[7]. O vocalista já vinha sofrendo de diabetes e outros problemas de saúde há vários anos.[8]

 
John A. Logan
 
 "John Alexander Logan" redireciona aqui. Para outros usos, veja John Logan .


John Alexander Logan crop.jpg

Senador dos Estados Unidos De Illinois
No escritório 4 de março de 1871 - 3 de março de 1877
Precedido por Richard Yates
Sucedido por David Davis
No escritório 4 de março de 1879 - 26 de dezembro de 1886
Precedido por Richard James Oglesby
Sucedido por Charles B. Farwell
Membro da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos do distrito congressional de Illinois
No escritório 4 de março de 1867 - 3 de março de 1871
Precedido por Samuel W. Moulton
Sucedido por John Lourie Beveridge
Membro da Câmara dos Representantes dos EUA Do distrito 9 de Illinois
No escritório 4 de março de 1859 - 2 de abril de 1862
Precedido por Samuel S. Marshall
Sucedido por William J. Allen
Senador do estado de Illinois
No escritório 1853-1854 e 1857
Membro da Câmara dos Deputados de Illinois
No escritório 1853-1857 1857
Detalhes pessoais
Nascermos John Alexander Logan 9 de 1826 Murphysboro
Morreu 26 de Dezembro de 1886 (60 anos) Washington DC
Nacionalidade americano
Partido politico Democrático , Republicano
Alma mater Faculdade de Shiloh Universidade de Louisville
Assinatura
Serviço militar
Apelido (s) "Blackjohn"
Fidelidade Estados Unidos da America
Serviço / filial Exército dos Estados Unidos Exército da união
Anos de serviço 1847-1848, 1861-1865
Classificação Major geral do exército da união insignia.svg Major General
Comandos XV Corpos
Batalhas / guerras Guerra Mexicano-Americana guerra civil Americana
John Alexander Logan (9 de fevereiro de 1826 - 26 de dezembro de 1886) foi um soldado americano e líder político. Serviu na guerra mexicano-americana e era um general no exército da união na guerra civil americana . Serviu o estado de Illinois como um senador do estado , um congressista , e um senador dos EU e era um candidato mal sucedido para o vice-presidente dos Estados Unidos com James G. Blaine na eleição de 1884 . Como o 3o comandante-chefe do grande exército da república, é considerado como a figura a mais importante no movimento para reconhecer o Memorial Day (originalmente conhecido como o dia da decoração) como um feriado oficial.
Sua semelhança aparece em uma estátua no centro de Logan Circle, Washington, DC Ele também é homenageado com uma estátua em Grant Park em Chicago, Illinois. Ele é o homenageado de Logan County, Kansas ; Condado de Logan, Oklahoma ; Condado de Logan, Colorado ; Condado de Logan, Dakota do Norte ; Condado de Logan, Illinois ; E Logan Square, Chicago , que é o bairro escolhido para marcar o centenário de Illinois. Logan é uma de somente três pessoas mencionadas pelo nome na canção do estado de Illinois. Em cima de sua morte, estêve no estado no rotunda do Capitólio dos Estados Unidos . Ele é o pai do oficial do Exército dos EUA e Medalha de Honra John Alexander Logan Jr. (1865-1899).


CARTAS





















Blackjack ou Vinte-e-um é um jogo de azar praticado com cartas em casinos e que pode ser jogado com 1 a 8 baralhos de 52 cartas, em que o objetivo é ter mais pontos do que o adversário, mas sem ultrapassar os 21 (caso em que se perde). O dealer só pode pedir até um máximo de 5 cartas ou até chegar ao número 17.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Blackjack

Regras do Blackjack

https://pt.blackjack.org/regras-do-blackjack/