terça-feira, 6 de outubro de 2015

A Importância da Auto-Avaliação Institucional como Estratégia da Gestão Democrática









RESUMO:

O presente texto apresenta a reflexão sobre a importância da auto-avaliação institucional como estratégia de gestão para as escolas de educação básica,  resultante de um trabalho de estudo, pesquisa e prática  em andamento no curso.
Refletir sobre à auto-avaliação institucional na educação básica, requer uma análise do todo não só sobre Avaliação Institucional, mas como também o Projeto Político Pedagógico e a Gestão Escolar. No contexto atual, repleto de mudanças, é necessário que as escolas mantenham-se em continua transformação. É preciso que estejam frequentemente revendo suas ações educativas em busca da qualidade educacional e preparação para essas mudanças se a partir de avaliações, que darão o norte, que serão os vetores dos quais se subtrair-se-ia os indicadores.
A fundamentação teórica do texto e da proposta organizam-se em três níveis, estabelecendo a importância da  gestão escolar, numa perspectiva democrática , participativa e meritocrata; o projeto político pedagógico enquanto instrumento de estratégia desta gestão, que indica aonde se quer ou se pretendia chegar, e a avaliação institucional, numa perspectiva de diagnóstico da realidade para a tomada uma nova tomada de decisão e redimensionamento das ações educativas propostas no PPP. A interdependência entre estes três aspectos, avaliação institucional e o projeto político pedagógico enquanto estratégias de gestão escolar, complementam-se enquanto práticas para a melhoria da qualidade institucional.

PALAVRAS-CHAVE:
Avaliação Institucional, Auto-Avaliação Institucional, Projeto Político Pedagógico, Gestão escolar.

INTRODUÇÃO:
A importância da auto-avaliação institucional para as escolas de educação básica se dá fornecer subsídios e como estratégia para a tomada de decisão, resultante de um trabalho em andamento. Para tanto, faz-se necessário à análise sobre a construção do Projeto Político Pedagógico, sobre a Gestão escolar Democrática, se ela se concretiza ou nã, e os programas de avaliação institucional, inseridos numa perspectiva de busca de melhoria educacional .
Num contexto em constante movimento e mutação, imaginar hoje uma escola estática, que não sofre alterações em suas estruturas, é pensar numa escola que não cumpre o seu papel social, tornando-se um ambiente que perde a efetividade frente às necessidades que emergem a cada dia, não só da comunidade escolar, mas como também da comunidade nacional e global, afinal vivemos e vivenciamos um mundo em 4D, GLOBALIZADO.

DESENVOLVIMETO:
A escola tem um papel social de fundamental importância, podendo tornar-se um lugar de vivências de prazer, de cultura e de ciência, onde a ética e a justiça norteiam as ações, tornando-se um dos instrumentos de superação da dominação social, econômica e cultural. (FERNANDES, 2002,  P.114).
Sobre esta perspectiva é importante estar revendo e redirecionando frequentemente as práticas escolares, sendo assim, a avaliação institucional torna-se indiscutivelmente relevante e necessária para o redimensionamento (entenda-se reestruturação da realidade em uma outra dimensão acima) das ações  educativas, constituindo-se numa importante ferramenta de gestão nas instituições de ensino.
Dias Sobrinho (2003, p. 181) propõe que “a avaliação deve sem dúvida produzir conhecimentos objetivos e constatações acerca de uma realidade”, neste aspecto, a avaliação institucional torna-se importante instrumento para a melhoria do processo educacional, visto que os dados desvelam características dos aspectos avaliados, possibilitando um diagnóstico sobre a instituição de ensino e servindo como base para a tomada de decisões. Tal posicionamento é referendado por Stufflebeam que define a avaliação como “o processo de delinear, obter e subministrar informação válida para permitir a tomada de decisões”. (DIAS SOBRINHO, 2003, p. 47) A relevância da avaliação institucional para a melhoria da qualidade da educação, é assunto de discussões e estudos e, tal importância e prática são destacadas na Educação Superior com a atual proposta do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior, o SINAES, que usa DEZ DIMENSÕES 10D . Da mesma forma como a política pública determina na lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004, a avaliação da educação superior, é necessário estar repensando uma proposta de avaliação para a educação básica, passando-a para uma dimensão acima.
No que se refere à educação básica tem-se como proposta de avaliação nesta modalidade o Sistema de Avaliação da Educação Básica, o SAEB, mas percebe-se que o foco dado a este tipo de sistema de avaliação não abrange a totalidade da ação educacional, em todas  as suas dimensões, não retratando se quer todo o contexto e aspectos da instituição, visto que a abordagem avaliativa direciona-se mais para o aspecto da aprendizagem/resultado, 3D.
São objetivos principais do SAEB:
• Oferecer subsídios à formulação, reformulação e monitoramento de políticas públicas e programas de intervenção ajustados às necessidades diagnosticadas;
• Identificar os problemas e as diferenças regionais do ensino;
• Produzir informações sobre os fatores do contexto socioeconômico, cultural e escolar que indicam desempenho dos alunos;
• Propiciar aos agentes educacionais e à sociedade uma visão clara dos resultados dos processos de ensino e aprendizagem e das condições em que são desenvolvidos;
• Desenvolver competência técnica e científica na área de avaliação educacional, ativando hiperlinks entre instituições educacionais de ensino e pesquisa.
(http://www.inep.gov.br/basica/saeb/objetivos.)

Os objetivos que o SAEB propõe são de grande importância para as instituições escolares, no entanto, os encaminhamentos das ações não permitem o êxito do que é proposto.
É na educação básica que o maior desafio se encontra, pois a Universidade é a  consequência das modalidades de ensino anteriores, se a falha acontece no início da escolarização, o reflexo será sentido no ingresso destes alunos na graduação. É necessário que estas escolas aprendam a auto-avaliar-se, para que reconheçam e construam sua própria identidade e autonomia, podendo assim planejar, tomar decisões e estruturar seu projeto político pedagógico, decidindo e conscientizando-se de seus objetivos, princípios e missões em prol da melhora educacional.

CONCLUSÃO:
É preciso compreender que a auto-avaliação institucional é o caminho para a reestruturação do projeto político pedagógico e, ao mesmo tempo, esta mesma auto-avaliação deve constituir-se de uma ação do projeto, acontecendo de forma interligada e complementar, um dependente do outro, um existindo por meio do outro.
A avaliação institucional é o caminho para as mudanças tornando-se hoje, o maior e mais necessário desafio para as escolas. É preciso que a população escolar se conscientize da importância deste assunto e perceba que avaliar não é apenas medir e comparar resultados, ou seja, que avaliar na realidade vai além, tornando-se a única estratégia real que possibilidade a real qualidade, melhoria e transformação do espaço educacional.

REFERÊNCIAS:

http://pedagogiando.blogspot.com.br/2011/10/avaliacao-e-aprendizagem-na-escola.html

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