"O senhor é meu pastor e nada me faltará, ele é meu guia, ele me ajudará, que o senhor esteja na minha mente e no meu coração para todo o sempre, amém"
Webquest Tabuada Dinamizada
quarta-feira, 30 de agosto de 2017
segunda-feira, 28 de agosto de 2017
Projeto Nação X - Mestiça-Cabocla - Músicas.
1 - Tihuana - Que
ves
2 - Gabriel o
Pensador - Mentiras do Brasil
3 - Gabriel o
Pensador - Lavagem Cerebral
4 - Arnaldo Antunes
– Inclassificaveis
5 - Ney Matogrosso -
Inclassificáveis Arnaldo Antunes
6 - Chico Science &
Nação Zumbi – Etnia
7 - Chico Science &
Nação Zumbi - Samba do Lado
8 - Antônio Nóbrega
– Chegança
9 - Antonio Nobrega
– Mestiçagem
10 - Cheiro de
Caboca - Raízes Caboclas
11 - Gaby Amarantos
- Mestiça (part. Dona Onete)
12 - Mestre Ambrósio
- Vo Cabocla
13 - Renata Rosa -
Lança de Caboclo
14 - Lampirônicos -
Mestiça Raiz
15 - Um Só –
Tribalistas
16 - Mundo Livre S_A
- Destruindo a Camada de Ozônio
17 - Nação Zumbi -
Meu Maracatú Pesa Uma Tonelada
18 - Nação Zumbi -
Sem Preço
19 - Mestre Ambrósio
– José
20 - Água de
Quartinha – Desconserto
21 - Água de
Quartinha – Gandaia
22 - Cordel do Fogo
Encantado - Antes dos Mouros
23 - Cordel do Fogo
Encantado - Boi Luzeiro ou A Pega de Violento Vaidoso e Avoador
23 - Lampirônicos -
Céu de Reis
24 - Nação Zumbi -
Futura – Nebulosa
25 - Nação Zumbi –
Memorando
26 - Catapulta –
Poera
27 - Sheik Tosado –
Malê
28 - Catapulta –
Ogunhê
29 - Chico Science &
Nação Zumbi - b Um Satélite Na Cabeça (Bitnik Generation)
30 - Chico Science &
Nação Zumbi - Da Lama Ao Caos
31 - Sepultura - Da
Lama Ao Caos Chico Science
32 - Sepultura -
Roots Bloody Roots
33 - Sepultura &
Sabotage - Black Steel in the hour chaos
34 - Charlie Brown
Jr - rp Descubra O Que Há De Errado Com Você
6 - Chico Science &
Nação Zumbi – Etnia
https://www.youtube.com/watch?v=r49G6PXBhQY
https://www.youtube.com/watch?v=r49G6PXBhQY
7 - Chico Science &
Nação Zumbi - Samba do Lado
https://www.youtube.com/watch?v=jP4lcGBxzjI
https://www.youtube.com/watch?v=jP4lcGBxzjI
9 - Antonio Nobrega
– Mestiçagem
https://www.youtube.com/watch?v=ThZ4Df33S6A
https://www.youtube.com/watch?v=ThZ4Df33S6A
10 - Cheiro de
Caboca - Raízes Caboclas
https://www.youtube.com/watch?v=w1M5LfBft6M
https://www.youtube.com/watch?v=w1M5LfBft6M
11 - Gaby Amarantos
- Mestiça (part. Dona Onete)
https://www.youtube.com/watch?v=1kGr13TCtyc
https://www.youtube.com/watch?v=1kGr13TCtyc
12 - Mestre Ambrósio
- Vo Cabocla
https://www.youtube.com/watch?v=rpZyWnO1aOU
https://www.youtube.com/watch?v=rpZyWnO1aOU
13 - Renata Rosa -
Lança de Caboclo
https://www.youtube.com/watch?v=8aH812Vjl0
https://www.youtube.com/watch?v=8aH812Vjl0
14 - Lampirônicos -
Mestiça Raiz
https://www.youtube.com/watch?v=nG3XsPWrb_I
https://www.youtube.com/watch?v=nG3XsPWrb_I
15 - Um Só –
Tribalistas
https://www.youtube.com/watch?v=vqyDpNFfII0
https://www.youtube.com/watch?v=vqyDpNFfII0
22 - Cordel do Fogo
Encantado - Antes dos Mouros
https://www.youtube.com/watch?v=xx9zvuKrJJE
https://www.youtube.com/watch?v=xx9zvuKrJJE
23 - Cordel do Fogo
Encantado - Boi Luzeiro ou A Pega de Violento Vaidoso e Avoador
https://www.youtube.com/watch?v=a4GtCwB-Bg8
https://www.youtube.com/watch?v=a4GtCwB-Bg8
24 - Nação Zumbi -
Futura – Nebulosa
https://www.youtube.com/watch?v=sPrSxeoOrDs
https://www.youtube.com/watch?v=sPrSxeoOrDs
27 - Sheik Tosado –
Malê
https://www.youtube.com/watch?v=OABckW5Emuc
https://www.youtube.com/watch?v=OABckW5Emuc
28 - Catapulta –
Ogunhê
29 - Chico Science &
Nação Zumbi - b Um Satélite Na Cabeça (Bitnik Generation)
30 - Chico Science &
Nação Zumbi - Da Lama Ao Caos
31 - Sepultura - Da
Lama Ao Caos Chico Science
32 - Sepultura -
Roots Bloody Roots
33 - Sepultura &
Sabotage - Black Steel in the hour chaos
34 - Charlie Brown
Jr - rp Descubra O Que Há De Errado Com Você
Saga de um canoeiro! - https://www.youtube.com/watch?v=OmQBn0BJFsk
Carimbó - Nação Zumbi - https://www.youtube.com/watch?v=B8rH5boO_OU&list=RDB8rH5boO_OU&t=2
Carimbó - Nação Zumbi - https://www.youtube.com/watch?v=B8rH5boO_OU&list=RDB8rH5boO_OU&t=2
domingo, 27 de agosto de 2017
A autorização para roubar a vítima da PANEMA (Panemagem): O enquadramento da loucura!
O enquadramento como louco, como autorização para os pilantras pilharem a vítima afetada pela panema, a panemagem.
" Por que
será que muitas pessoas começaram a usar a desculpa de eu ser louco e pedófilo, para se
darem bem em cima de mim e de tentarem me roubar a qualquer custo!?
Por que
será que várias pessoas tentaram colar em mim vários estigmas como: ex-viciado
em cocaína, paranóico, "Michael Jackson", o Jack, racista, ariano, arigó, quando a
relação ali era com meu signo, ares!?
Será que
era para justificarem os abusos (tortura, roubo, furto e etec.) pelo quais passei, ou para outra coisa!?"a
Texto Base: Exclusão social do doente mental: discursos e representações no contexto da reforma psiquiátrica
Introdução
Ao
pensarmos sobre a temática da doença mental, muitas questões
sobressaem: Por que essa doença é vista por muitos com medo e
aversão? Por que o doente mental é excluído da sociedade e do mercado
de trabalho? São questões como essas que geram curiosidade e aguçam
o interesse em estudar o doente mental ao longo dos tempos, vinculado
aos processos de exclusão.
Tais
questionamentos nos instigam a compre-ender como foram construídas
as representações que se têm hoje desse doente, como essa interferiu e
continua interferindo na construção de sua cidadania? A resposta
parece estar na aceitação em aderir ao novo contexto da assistência
mental, especialmente com o advento da reforma psiquiátrica, com o
fechamento dos hospitais psiquiátricos e com o atendimento na rede
substitutiva tendo em vista a inclusão do paciente em sua família e
na sociedade.
Foucault (1972), na sua obra A história da loucura,
e outros autores que compartilham com sua visão, expõem que a
estigmatização do louco prevaleceu ao longo dos tempos e levou a uma
exclusão social desses indivíduos, fazendo-os viverem à margem da
sociedade dita normal. "Exclusão, eis aí numa só palavra a tendência
central da assistência psiquiátrica brasileira, desde os seus
primórdios até os dias de hoje" (Resende, 1994, p. 37). A exclusão do
louco/doente mental se perpetuou no tempo, de tal modo que, ainda
hoje, o tratamento se faz sobremaneira pela rotulação, pelo
tratamento dos sintomas à base de medicamentos e pela manutenção do
doente em instituição psiquiátrica; retirando-o da família, do
mercado de trabalho, dos vínculos sociais; excluindo-o da vida em
sociedade.
Segundo
Bader (2002), a exclusão social é um processo sócio-histórico, que
se configura pela repercussão em todas as esferas da vida social, mas
sobressai como necessidade do eu, como sentimentos, significados e
ações subjetivas. Destaca ainda que existem diferentes dimensões da
exclusão, como a dimensão objetiva da desigualdade social, a dimensão
ética da injustiça e a dimensão subjetiva do sofrimento.
Bader
(2002) afirma que o processo de naturalização da exclusão social,
representada pela aceitação do próprio excluído e da sociedade, gera
uma atmosfera social de conformismo, compreendendo a condição de
exclusão como fatalidade.
Para
Wanderley (2002) o processo de exclusão, embora atingindo o sujeito e
sua subjetividade, não pode ser visto como um processo individual de
culpabilização do sujeito, mas, numa perspectiva mais ampla, envolvendo
as várias formas de relações econômicas, sociais, culturais e
políticas da sociedade. Ela inclui não apenas a pobreza, mas também a
discriminação, a subalternidade, a não-eqüidade, a
não-acessibilidade e a não-representação pública.
Wanderley
(2002) destaca que este caráter de naturalização da exclusão é
reforçado e reproduzido por meio de representações, crenças e
estigmas, os quais também são naturalizados. O autor define estigma
como cicatriz, aquilo que marca, denotando claramente o processo de
qualificação e de desqualificação do indivíduo na lógica da exclusão.
No
caso da loucura, Szazz (1978) analisa que o processo de exclusão foi
efetivado pela hospitalização em asilos; pelo surgimento da psiquiatria
e dos psiquiatras, os quais passaram a ser os tutores dos
considerados insanos e incapazes de convívio social. É importante
ressaltar que isso ocorreu num clima de necessidade de produção
exigido pelo sistema capitalista, que enfatiza a normalidade e a
produtividade.
Birman
e Serra (1988) afirmam que produções discursivas emergiram como
justificativa para formulação de critérios clínicos do doente mental,
baseando-se em critérios de responsabilidade social. Nessa
perspectiva, psiquiatras eram responsáveis pelos pacientes, com dois
registros complementares: por um lado, pelo que pudesse a eles
acontecer, como acidentes e perdas no meio da rua; por outro, pelo
que pudessem fazer, como fugas, roubos e agressões. Assim, ao louco
ora era atribuída a passividade, sendo considerado incapaz de
qualquer defesa diante dos perigos externos, ora a virtualidade para o
exercício da violência e da morte, oscilando da passividade à
atividade, mantido sempre no absoluto dos extremos; e em qualquer
desses dois registros, a tutela encontrava sua legitimação.
O
saber psiquiátrico isolou o doente mental da família e da sociedade,
colocando-o em instituição especializada, argumentando que o isolamento
era necessário para sua proteção e a da própria sociedade.
Críticas à eficácia do asilo ocorreram, mas foi depois da Segunda
Guerra Mundial, afirma Desviat (1999), em tempos de crescimento
econômico, de reconstrução social, de grande desenvolvimento dos
movimentos civis e de maior tolerância e sensibilidade às diferenças e
minorias que as comunidades profissional e cultural, por vias
diferentes, chegaram à conclusão de que o hospital psiquiátrico
deveria ser transformado ou abolido.
Surgiu
então a proposta da reforma psiquiátrica, iniciada nos anos 70 na
Europa e nos Estados Unidos, que se converteu, segundo Desviat (1999),
em um amplo movimento social em defesa dos direitos humanos dos
"loucos" e dos excluídos da razão. A reforma psiquiátrica surgiu
para questionar a instituição asilar e a prática médica e para
humanizar a assistência, fazendo com que houvesse ênfase na
reabilitação ativa em detrimento da custódia e da segregação.
É
no contexto atual da reforma psiquiátrica, da desospitalização e dos
serviços substitutivos que este estudo se volta para a instituição
psiquiátrica, por concebermos que esse tratamento ainda impera na nossa
sociedade, de acordo com o que afirmam Oliveira, Jorge e Silva
(2000). Justifica-se, também, pelo fato dos hospitais psiquiátricos
abrigarem um grande número de profissionais, os quais também estão
trabalhando nos serviços substitutivos, levando, portanto, suas
práticas e representações. Além disso, não podemos esquecer o
impacto que a reforma psiquiátrica causou e vem causando nos
profissionais de saúde mental e nos familiares de pacientes
institucionalizados.
Nessa
perspectiva, este trabalho tem como objetivo conhecer como estão
sendo representados o hospital psiquiátrico, o doente mental, a família
do doente mental, a sociedade diante do doente mental, o tratamento e
a reforma psiquiátrica na cidade de João Pessoa-PB, por ser esta uma
das capitais do Brasil mais atrasadas no processo de reforma
psiquiátrica. Como bem afirma Delgado (2003): "[...] a situação do
estado da Paraíba é bastante desfavorável no cenário brasileiro. É
um estado que está andando a passos muito lentos em relação à
implantação desses serviços" (p. 120).
Procuramos
saber como os profissionais da saúde mental e os familiares de
doentes mentais institucionalizados representam esses objetos sociais,
visando conhecer os estereótipos e as crenças circundantes, com o
intuito de analisar como essas representações repercutem na aceitação
da reforma psiquiátrica e na forma de aderir ao novo modelo de
assistência psiquiátrica, com o atendimento extra-hospitalar.
O
estudo das representações dos profissionais de saúde mental e dos
familiares se justifica por serem estes os responsáveis, no atual
sistema de saúde, pelo tratamento e reinserção sociofamiliar do
doente, sendo também esses os eixos principais da desospitalização,
atendendo às novas prerrogativas do sistema de saúde como o atendimento
extra-hospitalar, serviços substitu-tivos e a reforma psiquiátrica.
Segundo Texto Base: A Estigmatização da Loucura e a Exclusão Social.
RESUMO
O presente trabalho trata da estigmatização da loucura como mecanismo que contribui para o processo de exclusão social e aponta para a
necessidade de superação desse processo. O objetivo desta pesquisa
é colaborar para que um novo entendimento acerca da loucura possa
ser alcançado a fim de propiciar a garantia do direito dos portadores
de transtornos mentais ao convívio em sociedade. A metodologia utilizada
foi a pesquisa bibliográfica na qual constatou-se a estigmatização
como um processo constituído e reforçado socialmente, comprometendo
as relações sociais dos indivíduos em questão e confiscando-lhes
certos direitos que, não obstantes, devem ser assegurados.
O presente trabalho trata da estigmatização da loucura como mecanismo que contribui para o processo de exclusão social e aponta para a
necessidade de superação desse processo. O objetivo desta pesquisa
é colaborar para que um novo entendimento acerca da loucura possa
ser alcançado a fim de propiciar a garantia do direito dos portadores
de transtornos mentais ao convívio em sociedade. A metodologia utilizada
foi a pesquisa bibliográfica na qual constatou-se a estigmatização
como um processo constituído e reforçado socialmente, comprometendo
as relações sociais dos indivíduos em questão e confiscando-lhes
certos direitos que, não obstantes, devem ser assegurados.
Introdução
Esse relato demonstra a forma como a Doença Mental, ainda hoje é tratada dentro da Ciência Jurídica, a despeito das concepções que vem se formando acerca dos indivíduos acometidos por ela. É alarmante no sentido de que se fala bastante no resguardo dos Direitos Humanos e da Cidadania, bradando-se por aí como caminhamos no sentido da quebra de estigmas e preconceitos, mas se analisarmos melhor, isso não é bem verdade. Ao mesmo tempo é preocupante perceber como a Psicologia, o Direito e outras ciências, a cargo da Justiça, tem contribuído para manter a forma de tratamento dispensada a esses indivíduos quando elas deveriam colaborar para a construção de uma noção que vai de encontro a isso, uma noção que deveria minimamente abarcar a concepção da humanidade supostamente inerente a cada um de nós.
Em A História da Loucura, Foucault (1972) argumentou que a distinção entre loucura e sanidade não era real, mas uma construção social. Nessa obra, o autor buscou reconstruir o modo (pouco racional) com que os sujeitos, ditos “normais” deram expressão ao seu medo da “não-razão”, estabelecendo de modo repressivo aquilo que seria considerado “mentalmente patológico” ou “anormal”. Essas classificações constituem, para Foucault unidades de significados, a partir dos quais os homens (de um período histórico) pensam, compreendem e avaliam. A partir dessas classificações, por exemplo, os indivíduos passam a ser rotulados, e em decorrência disso, surgem as primeiras manifestações no sentido de pertencimento (ou não) a dadas categorias, nas quais, a não adequação a estas, acabam por desencadear processos de distinção, separação, exclusão.
Conforme Foucault (1972) a proximidade entre a loucura e a sabedoria simbolizava uma inquietude e uma ambiguidade, que surgiu, inicialmente, entremeada em manifestações de ameaça e zombaria, e aos poucos foi se reduzindo ao silêncio (para não mais comprometer as relações entre subjetividade e verdade). Além de expulsa (por uma razão dominadora), a loucura passou a ser vista como doença e, seu controle passou a ser feito em instituições. E se parece absurdo que o fosse, é de se espantar que ainda hoje, pessoas são alvo de preconceito por essa lógica de não se encaixarem nos padrões socialmente aceitos. Procuramos elaborar perspectivas de contribuições para pensar a questão da loucura sob uma ótica inclusiva, defendendo, antes de tudo, que os direitos dos cidadãos portadores de transtor nos mentais, devem ser garantidos. Dentre esses direitos citamos a liberdade, o convívio social, a cidadania, o direito de ir e vir, de se expressar, dentre outros. Através de revisão bibliográfica, buscamos entender a relação da estigmatização colaborando para processos de exclusão social referentes ao indivíduo que sofre de doença mental. Nesse âmbito, destacamos a Psicologia e o Direito como áreas do conhecimento em que os profissionais, ao lidarem com a doença mental (no cerne de suas atribuições) devem trabalhar exaustivamente a fim de assegurar o resguardo dos direitos relativos a estes indivíduos.
Saúde Mental no diálogo com a Psicologia e o Direito
Para pensar a questão da Saúde Mental relacionada à Psicologia fez-se necessário saber como esta área concebia a Doença Mental e os indivíduos acometidos por ela. Além disso, fez-se oportuno entender como se configuravam os casos em que, tais indivíduos apresentavam conflitos com a lei, por terem cometido algum delito. Situou-se a Medida de Segurança nesse contexto, estabelecendo o diálogo entre o Direito e a Psicologia, na questão da Saúde Mental. Como se pretendeu, com esse trabalho, promover uma reflexão acerca da cidadania produzida para os Portadores de Transtornos Mentais, foi relevante compreender a loucura em sua dimensão temporal e de que modo, atualmente, ela veio se articulando a toda uma argumentação no âmbito dos Direitos Humanos e Cidadania. Desse modo, a reflexão teve início com a loucura articulada à exclusão, perpassando pelo momento em que ela se tornou objeto de poder-saber da Psiquiatria, desembocando na Reforma Psiquiátrica.
FRANÇA, Greyce Kelly Cruz de Sousa, FRANÇA, Helysson Assunção . A ESTIGMATIZAÇÃO DA LOUCURA E A EXCLUSÃO SOCIAL. In: www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/ricultsociedade/article/download/.../3070
Exclusão social do doente mental: discursos e representações no contexto da reforma psiquiátrica. In: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-82712008000100014
Relatorio Caso Glícia Karen. In: http://ojrbentes.blogspot.com.br/2011/02/relatorio-do-ministerio-publico.html
Levantamento Biblografico
Referências
Bader, S. (2002). Inclusão: exclusão ou inclusão perversa? Em S.
Bader (Org.). As artimanhas da exclusão: análise psicossocial e ética da desigualdade social (pp. 7-13). Petrópolis: Vozes.
Birman, J. & Serra, A. (1988). Os descaminhos da subjetividade: um estudo da instituição psiquiátrica no Brasil. Niterói: EDUFF.
Camino,
L., Silva P., Machado, A. & Pereira, C. (2001). A face oculta do
racismo no Brasil: uma análise psicossociológica. Revista Psicologia Política, 1, 13-36.
Foucault, M. (1972). A história da loucura. São Paulo: Perspectiva.
Hirano,
S. (1992.) A construção da ordem social normal e patológica: uma
teoria, um caso e um conto. Em M. A. D'Incao (Org.). Doença mental e sociedade: uma discussão interdisciplinar (pp. 249-265). Rio de Janeiro: Graal.
Oliveira,
F. (2000). Reabilitação psicossocial no contexto da
desinstitucionalização: utopias e incertezas. Em M. Jorge, W. Silva
& F. Oliveira (Orgs.). Saúde mental: da prática psiquiátrica asilar ao terceiro milênio (pp. 52-60). São Paulo: Lemos.
Oliveira,
F., Jorge, M. & Silva, W. (2000). A prática cotidiana nos CAPS.
Em M. Jorge, W. Silva & F. Oliveira (Orgs.). Saúde mental: da prática psiquiátrica asilar ao terceiro milênio (pp. 145-160). São Paulo: Lemos.
Resende, H. (1994). Política de saúde mental no Brasil: uma visão da história. Em S. Tundis & N. Costa (Orgs.). Cidadania e loucura: políticas de saúde mental no Brasil (pp. 15-74). Petrópolis: Vozes.
Szazz, T. (1978). A fabricação da loucura: um estudo comparativo entre a inquisição e o movimento da saúde mental. Rio de Janeiro: Zahar.
Wanderley, M. (2002). Refletindo sobre a noção de exclusão. Em B. Sawaia (Org.). As artimanhas da exclusão: análise psicossocial e ética da desigualdade social (pp. 16-26). Petrópolis: Vozes.
VÍDEOS
O Marketing da LoucurA.In:
https://www.youtube.com/watch?v=OhxqNqQDxwU
Psiquiatria - Indústria da Morte
https://www.youtube.com/watch?v=eluM0j8Z8m0&t=1571s
sexta-feira, 18 de agosto de 2017
As Ideias de Estrutura e Função em Teoria - Antropologia
As Ideias de Estrutura e Função em Antropologia
por Ojr. Bentes
Texto base: A recepção das ideias de função, estrutura e sistema.
Ao
mesmo tempo que ocorria o choque da revolução behaviorista, desenrolava-se,
nos domínios da ciência política, o processo de recepção das ideias de função,
estrutura e de sistema,
principalmente a partir das teorias gerais da antropologia e da sociologia.
Aliás,
a ideia de função foi, desde sempre, utilizada na matemática e na biologia.
Na matemática, entendida como uma relação
entre grandezas variáveis que mantêm entre si uma certa dependência. Na
biologia, por seu lado, diz-se que um corpo é uma totalidade porque resulta da
unidade de diversas funções, considerando-se estas como as operações
mediante as quais uma parte ou um processo do organismo contribui para a
conservação do organismo total [1].
Não
admira, pois, que o organicismo sociológico, entendendo a sociedade como um
organismo, tenha começado a falar em estruturas, ou em órgãos, e funções,
como aconteceu sobretudo com Herbert
Spencer [2].
Este último reconhece que os organismos sociais quanto mais crescem em massa,
mais se tornam complexos, ficando as respectivas partes cada vez mais mutuamente
dependentes [3].
Assim, essa passagem da simplicidade
para a complexidade no corpo político
geraria uma functional dependence of parts,
com centros coordenadores de uma espécie de sistema nervoso, destinados
a receive infomation and convey commands
[4].
É que os organismos sociais seriam algo mais que a simples agregação
da companionship e que a necessidade
de acção combinada contra inimigos da multidão, dado destinarem-se a facilitar
a sustentação pela mútua ajuda-cooperação para melhor satisfação do corpo
e eventualmente do espírito [5].
Segue-se
Durkheim que utilizou a palavra função
para substituir as de fins e objectivos, salientando que a
correspondência entre um facto social e as
necessidades gerais do organismo social é independente do carácter intencional
ou não deste facto. Assim, a função é entendida como o fim objectivo de uma instituição social, distinto da vontade
subjectiva dos indivíduos [6].
Contudo,
a aplicação do conceito de função no domínio das ciências sociais receberá
um profundo incremento com o trabalho dos antropólogos evolucionistas como Bronislaw
Malinowski (1884-1942) e Alfred
Reginald Radcliffe-Brown (1881-1955) [7]
que estão, respectivamente, na base do funcionalismo absoluto, na teoria que pretende fornecer uma explicação
completa e coerente de um dado objecto social, deduzindo-o das contribuições
que esta dá para a satisfação de um certo número de necessidades sociais, e
do funcionalismo estrutural, ou
relativo, a teoria que utiliza o funcionalismo como mero paradigma formal que se
propõe encarar os objectos sociais a partir das relações de contribuição
que os ligam entre si e elaborar, nesta base, um certo número de propostas
explicativas que não são vistas como necessárias nem exaustivas [8].
A
partir de então, dizer função passa a significar dizer satisfação de uma necessidade e o todo social é visto como uma totalidade
orgânica, onde cada elemento tem uma
tarefa a desempenhar dentro de uma aparelhagem
instrumental, conforme as palavras de Malinowski
[9],
autor que enumera uma série de princípios
gerais que unem os seres humanos, os chamados princípios
de integração. Em primeiro lugar, surge a reprodução, geradora de
instituições como a família e o clã; em segundo lugar, vem o território, a
comunidade de interesses devido à propinquidade, contiguidade e possibilidade
de cooperação, gerando os grupos de
vizinhança, entre os quais inclui os munícipios, a horda nómada, a aldeia
e a cidade; em terceiro lugar, o princípio da integração fisiológica, as distinções
devidas a sexo, idade e estigmas ou sintomas corporais; em quarto, as associações
voluntárias; em quinto, o princípio da integração ocupacional e
profissional, isto é, a organização de seres humanos por suas
actividades especializadas
para fim de interesse comum e mais plena execução de suas capacidades
especiais; em sexto lugar, a classe ou
condição, destacando nestas os estados medievais, as castas e as
estratificações por etnia; em sétimo e último lugar coloca a assimilação,
a integração por unidade de cultura ou por poder político, que tem a ver com
a nação e o Estado, respectivamente. Refira-se que a tribo de Malinowski,
segundo as suas próprias palavras, consiste
num grupo de pessoas que têm a mesma tradição, o mesmo direito consuetudinário
e as mesmas técnicas e igualmente a mesma organização de tipos menores, tais
como a família, a municipalidade, a corporação ocupacional ou a equipa económica.
Refere mesmo que o índice mais característico de unidade tribal lhe parece ser
a comunhão de linguagem, pois uma tradição
comum de habilidades e conhecimento, de costumes e crenças, apenas pode ser
levada avante conjuntamente por pessoas que possuam a mesma língua [10].
Já
para A. R. Radcliffe-Brown, a função
surge como o papel desempenhado na vida social total, a contribuição dada por
um determinado elemento para a manutenção da estrutura. O sistema é entendido
como mera unidade funcional e a
estrutura, concebida como um simples
acordo entre pessoas que têm entre si relações institucionalmente controladas
e definidas [11].
E da soma da ideia de sistema com a ideia de estrutura é que resulta a ideia de
processo da vida social que, em
si mesmo, consiste num imenso número de acções e interacções de seres
humanos agindo como indivíduos ou em combinações ou grupos (...)
Os componentes ou unidades da estrutura social são pessoas, e uma pessoa é um
ser humano, considerado não como um organismo, mas ocupando uma posição na
estrutura social [12].
[1] Cfr.
Jean-Pierre Cot
[2] Ver
Óscar Soares Barata
[3] Herbert
Spencer, The Man Versus the
State, 1884, segundo a edição de Erick Mack, com introdução de
Albert Jay Nock, Indianapolis, Liberty Classics, 1982, p. 433.
[4] Idem,
pp. 393 e 432.
[5] Herbert
Spencer, The Principles of
Ethics, introdução de Tibor R. Machan, II, Indianapolis, Liberty
Classics, 1978, p. 204.
[6] Cfr.
Cot e Mounier,
op. cit., p. 78.
[7] Ver
José Júlio Gonçalves
[8] Bertrand
Badie
[9] Bronislaw
Malinowski, Uma Teoria Científica
da Cultura, trad. port., Rio de Janeiro, Zahar, 1962.
[10] Idem,
pp. 157 segs..
[11] A.
R. Radcliffe-Brown, Structure
et Fonction dans la Societé Primitive
[1952], trad. fr., Paris, Maspero, p. 11.
[12] Idem,
pp. 9-10. Sobre a matéria, ver Maurice
Duverger, Sociologia da Política.
Elementos de Ciência Política, trad. port., Coimbra, Livraria
Almedina, 1983, pp. 240 e segs
Lévi-Strauss é o principal expoente da corrente estruturalista na Antropologia.
Para fundá-la, Lévi-Strauss buscou elementos das ciências que, no seu
entender, haviam feito avanços significativos no desenvolvimento de um
pensamento propriamente objetivo. Sua maior inspiração foi a Lingüística Estruturalista da qual faz constante referência, por exemplo, a Jakobson.
Ao apropriar-se do pensamento estruturalista para aplicá-lo à
antropologia, Lévi-Strauss pretende chegar ao modus operandi do espírito
humano. Deve haver, no seu entender, elementos universais na atividade
do espírito humano entendidos como partes irredutíveis e suspensas em
relação ao tempo que perpassariam todo modo de pensar dos seres humanos.
Nesta linha de pensamento, Lévi-Strauss chega ao par de oposições
como elemento fundamental do espírito: todo pensamento humano opera
através de pares de oposição. Para defender esta sua tese, Lévi-Strauss
analisa milhares de mitos nas mais variadas sociedades humanas
encontrando nelas modos de construção análogas em todas.
Para fundamentar o debate teórico, Lévi-Strauss recorre a duas fontes principais: a corrente psicológica criada por Wilhelm Wundt e o trabalho realizado no campo da linguistica, por Ferdinand de Saussure, denominado Estruturalismo. Influenciaram-no, ainda, Durkheim, Jakobson (teoria linguística), Kant (idealismo) e principalmente Marcel Mauss.
A ANALOGIA MAIS COMUM PARA ESTRUTURA
Estrutura de um edifício
Estrutura e Função em Teoria Musical
Exemplo: Estrutura da Nota Sol.
Estruturas Possíveis para a o acorde de Sol.
Equivalente no Piano.
Funções das notas musicais.
Forma e Função em Linguística. In: http://ptdocz.com/doc/549617/forma-e-fun%C3%A7%C3%A3o-em-lingu%C3%ADstica
Linguística Aprofundamentos. In: http://slideplayer.com.br/slide/8100766/
Morfologia e Sintaxe.
A forma (estrutura) determina a função sintática, a priore.
ESTRUTURA DA ORAÇÃO
Linguística Aprofundamentos. In: http://slideplayer.com.br/slide/8100766/
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