quinta-feira, 10 de agosto de 2017

O Pensamento Mágico e o Jogo da Panema - Os Panemeiros e sua panemagem, e a Compulsão pelo "Jogo" de manipulação oral - "Mente sobre mente"






A PRIMEIRA FUNÇÃO DA PANEMAGEM É ANTECIPAR UM CRIME OU JOGADA FUTURA!

Exemplo: O caboclo vai pescar com um amigo da cidade, se ele pescar muito peixe, o mérito é dele, se ele não pegar nada, a culpa é do amigo PANEMA! Se o amigo encostar nele ele fica PANEMADO!
Porém o que muitos não sabem é que essas estratégia, JOGADA DUPLA, tem um outra finalidade! Antecipar uma jogada futura, como por exemplo a APROPRIAÇÃO INDÉBITA se a vítima não aceitar o jogo, ocorre o FURTO!
A apropriação indébita diferencia-se do furto porque, no furto, a intenção do agente de apropriar-se da coisa é anterior à sua obtenção, enquanto que, na apropriação indébita, o objeto chega legitimamente às mãos do agente, e este, posteriormente, resolve apoderar-se do objeto ilicitamente, ou seja, a apropriação indébita ocorre quando o agente deixa de entregar ou devolver ao seu legítimo dono um bem móvel ao qual tem acesso - seja por empréstimo ou por depósito em confiança.

A Panemagem e o Pensamento Mágico Mocorongo

Pensamento mágico. O pensamento mágico inclui todos os sistemas de magia, pois inclui a ideia de causalidade mental, ou seja, a possibilidade da mente ter um efeito direto sobre o mundo físico.

Em antropologia, psicologia e ciência cognitiva, pensamento mágico é o termo usado para descrever um raciocínio causal que procura correlações entre ações ou elocuções e determinados eventos.
No caso da religião, das crenças populares e da superstição, a correlação proposta é entre a observância a certos rituais e a obtenção de alguma recompensa. Esses rituais incluem, por exemplo, oração, sacrifício, observância a tabus e a repetição ou tergiversação voluntárias de comportamentos considerados auspiciosos ou agourentos.
Em psicologia clínica, o pensamento mágico é uma condição que faz com que o paciente experimente medo irracional de realizar certos atos ou ter certos pensamentos, porque ele assume uma relação entre suas ações e calamidades ameaçadoras.

Estudo Científico do Pensamento Mágico

Segundo Lévy-Bruhl, o pensamento mágico seria uma relíquia de mentalidade primitiva, no sentido etnológico. Pensamento mágico e mentalidade primitiva subsistiriam sob uma forma latente dentro do subconsciente de cada um.
A psicologia sugere que o pensamento mágico constitui uma tentativa de racionalizar o desconhecido, estabelecendo uma ligação de causalidade entre dois eventos independentes e na sensação de controle e segurança que a crença de que o poder do pensamento pode interferir no mundo exterior.
Segundo o psiquiatra Derek Bolton, o pensamento mágico é "A expressão de fenômenos reais por causas irreais

Pensamento Associativo

Teóricos da Era Vitoriana identificaram o "pensamento associativo", uma noção de causalidade compartilhada por praticantes de magia como uma forma de irracionalidade. Assim como em todas as formas de pensamento mágico, noções de causalidade baseadas em associação e em similaridade não precisa necessariamente envolver supostas práticas de magia por parte de magos. Por exemplo, a teoria das assinaturas sustenta que a similaridade entre partes de plantas e partes do corpo indica sua eficácia no tratamento de doenças nessas partes. Esse pensamento baseado em associações é um exemplo da aplicação geral da heurística representativa pelo ser humano.
Edward Burnett Tylor cunhou o termo "pensamento associativo" caracterizando-o como pré lógico no sentido que confunde a conexão ideal entre eventos e a sua conexão real. O mago acredita que itens ligados tematicamente podem influenciar um ao outro por virtude de sua similaridade. Por exemplo, no relato de E. E. Evans-Pritchard entre o povo azande da República Democrática do Congo, se esfrega dentes de crocodilo em bananeiras para fazê-las frutificarem porque o dente do crocodilo é curvo tal como as bananas e porque ele cresce novamente após cair da boca do réptil. Os Azande observam esta similaridade e pretendem impingir esta capacidade de regeneração às bananas. Para eles, a fricção entre o dente e a planta constitui um mecanismo de transferência. 

Ao observar as sociedades ao redor do mundo, descobrimos que praticamente em todas as culturas existe o pensamento mágico. É um processo natural que tem uma base biológica. Nós, humanos, estabelecemos relações causais com base em associações circunstanciais e dificilmente demonstráveis sistematicamente.
Encontramos exemplos de pensamento mágico com facilidade. Uma criança que acredita que, caso se comporte mal, será sequestrada pelo “homem do saco”. Danças e rituais com objetivo de fazer chover ou, ainda, atribuir a causa de um fenômeno atmosférico à ação de uma divindade superior.

Causas do pensamento mágico

Duas causas principais nos ajudam a explicar esse fenômeno. Uma se refere à proximidade entre acontecimentos. A segunda é explicada por meio do pensamento associativo:
  • Proximidade entre acontecimentos. Refere-se à geração de determinadas associações, como acreditar que um amigo reprovou em uma prova porque você desejou com todas as suas forças que ele não passasse.
  • Pensamento associativo. Consiste no estabelecimento de relações em função de certas similaridades. Por exemplo, acreditar que o espírito de um animal vai passar para você se você comer seu coração.
Entretanto, apesar das causas associadas ao pensamento mágico, também há funções importantes nesse fenômeno. Ou seja, pode ser muito útil em certas situações bastante específicas:
  • Reduz a ansiedade. Às vezes, em certas situações estressantes de difícil resolução, associar o acontecimento a elementos arbitrários aumenta a sensação de controle e reduz a ansiedade. Por exemplo, usar amuletos para lutar contra certos medos.
  • Efeito placebo. Como acabamos de ver, também pode ser muito útil como efeito placebo. Ou seja, pensar que determinado ritual pode curar uma doença pode vir a causar uma melhora na sintomatologia.

Características do pensamento mágico

Na atualidade, podemos encontrar dezenas de exemplos que são uma evidente amostra do pensamento mágico. De fato, ele está presente em situações cotidianas, sem que chegue ao ponto de ser considerado patológico.
Em muitos casos, o pensamento mágico, longe de causar desconforto, traz alívio. O problema aparece quando não é isso que acontece ou quando esse alívio a curto prazo se transforma em um prejuízo a longo prazo.

Egocentrismo em crianças

Entre os 2 e os 7 anos (fase pré-operacional), as crianças podem chegar a pensar que possuem o poder de mudar o mundo apenas com a mente, tanto de forma voluntária quanto involuntária. Elas têm dificuldade para compreender conceitos abstratos e seu olhar dificilmente se volta a outras instâncias que não seja o “eu”. Assim, por exemplo, podem chegar a pensar que pode acontecer alguma coisa com seus pais por terem desejado um castigo a alguém.
Dessa forma, em certas circunstâncias, as crianças podem apresentar uma tendência a se culpar por determinados fatos sem terem tido nenhuma participação no acontecimento. No entanto, esse egocentrismo costuma se reduzir com o passar do tempo.

Superstição

A superstição e o pensamento sobrenatural, tão presentes em nossa sociedade, não deixam de girar ao redor do pensamento mágico. O número 13 na nossa cultura, ou o 4 na cultura japonesa, são números associados ao azar no inconsciente coletivo. Assim, são números que muitos atletas não querem usar em suas camisas, ou um andar de um edifício que muitas pessoas evitam escolher para morar.

Delírios

Também pode aparecer em circunstâncias de delírio, em contextos de psicose e esquizofrenia. As crenças excessivamente irracionais são bastante marcadas pelo pensamento mágico.
Na verdade, também podemos observar esse pensamento mágico como uma forma de defesa. Uma defesa perante o que não somos capazes de explicar. Assim, nosso cérebro busca uma associação que, verdadeira ou não, serve como tranquilizante para a ansiedade que a incerteza pode provocar.


Voltar-se para o mundo interno significa que o pensamento se manifesta sob a forma de Devaneios - uma espécie de servidão das idéias às nossas necessidades mais íntimas, aos nossos afetos e paixões. Enquanto há saúde mental, entretanto, nossos devaneios são sempre voluntários e reversíveis; eles devem ser nossos servos e não nossos senhores.
Em estados mais doentios, esses devaneios ou fugas da realidade são emancipadas da vontade, são impostas ao indivíduo de forma absoluta e tirânica. Parece tratar-se de um indivíduo que despreza a realidade e vive uma realidade nova que lhe foi imposta involuntariamente, da qual não consegue libertar-se.
A própria concepção da realidade pode sofrer alterações nos transtornos psíquicos. Em determinados estados neuropsicológicos a realidade pode sofrer alterações de natureza bioquímica, funcional ou anatômica. Em outros estados, agora de natureza psicopatológica, os elementos da realidade também podem ser deturpados por fatores afetivos, emocionais ou psíquicos, de forma a prevalecer uma concepção do mundo determinada exclusivamente pelo interior de ser e não mais pela lógica comum a todos nós.
Ao pensamento que se afasta da realidade morbidamente, ou seja, doentiamente, damos o nome de Pensamento Derreísta em oposição ao Pensamento Realista, atrelado à realidade. Falamos “se afasta morbidamente da realidade” porque esse tipo de pensamento não mais depende do arbítrio que todos temos em fantasiar e voltar à realidade voluntariamente. Ele devaneia obrigatoriamente, sendo negado ao paciente a faculdade de entendimento dos limites de nossas fantasias, quando nos imaginamos ganhadores da loteria ou coisas assim, e da realidade, com a consciência plena de nossa situação.
Para aqueles que acreditam ser normal e até desejável que a pessoa tenha seus pensamentos exclusivamente atrelados ao concreto e ao real, lembramos que essa limitação imposta ao pensamento, fazendo-o incapaz de afastar-se do absolutamente concreto, leva o nome de Concretismo, que também é uma alteração da forma do pensamento.
O Pensamento Derreísta é aquele que se desvia da razão, faltando-lhe tenacidade para se atrelar à realidade. Sua característica principal e criar, a partir de antigas cognições e novas representações, um mundo novo e de acordo com os desejos, anseios e angústias.

Pensamento Mágico Derreísta

De forma mais prática e didática, podemos considerar o pensamento derreísta como sendo uma espécie de Pensamento Mágico, e o pensamento realista como sendo o Pensamento Lógico. Portanto, é normal que a pessoa contenha ambos tipos de pensamento em seu psiquismo, valendo-se deles de acordo com as necessidades adaptativas.
Para resolver as necessidades práticas do cotidiano a pessoa se vale do Pensamento Lógico (realista); calcula dinheiro, planeja seu dia, prioriza atividades, dirige de acordo com as normas, comporta-se com sensatez, lógica e discernimento, etc.
Diante das necessidades interiores os Pensamentos Mágicos são mais lenitivos. Através deles a pessoa faz suas orações, nutre seus desejos e esperanças, aposta na loteria, evita passar debaixo de uma escada, acredita em seus deuses, fala da sorte ou do azar, enfim, devaneia. E normalmente esses devaneios obedecem às normas da cultura em que vivemos, ao menos em boa parte deles.
De modo geral, quanto maiores as angústias, mais recorremos aos Pensamentos Mágicos. Isso ocorre fisiologicamente nas pessoas normais mas, diante de situações psíquicas patológicas, a “opção” para o Pensamento Mágico se torna absolutamente tirânico.
Essa predileção pelo Pensamento Mágico pode se dar em vários graus; desde uma simples crença, fé, idéia supervalorizada, fanatismo, até o delírio franco. Isso significa que uma simples crença pode privilegiar a Mágica sobre a Lógica discretamente, sendo possível sair do mágico para o lógico com facilidade, enquanto no delírio, o grau maior de submissão da lógica ao mágico, o retorno voluntário ao Pensamento Lógico é basicamente impossível.
Então, para saber se a pessoa está totalmente, parcialmente ou ligeiramente submissa aos seus Pensamentos Mágicos ou, como é bom frisar bastante, totalmente submissa aos Pensamentos Mágicos de seu entorno, devemos saber se essa pessoa tem ou não delírios.
Nas Esquizofrenias, por exemplo, a pessoa perde totalmente os limites entre o mágico e o lógico, através de seus delírios. De modo geral, qualquer patologia mental capaz de produzir delírios subjuga a lógica, privilegiando morbidamente a mágica.
Assim sendo, agora que sabemos serem os delírios os mais graves causadores da soberania do Pensamento Mágico, o problema da psicopatologia será descrever as patologias que originam delírios, conseqüentemente, que causam o domínio absoluto da mágica sobre o lógico.
Jaspers define o Delírio com sendo um juízo patologicamente falseado e que deve, obrigatoriamente, apresentar três características*:
1. - Uma convicção subjetivamente irremovível e uma crença absolutamente inabalável com impossibilidade de se sujeitar às influências de quaisquer argumentações da lógica;
2. - Um pensamento de conteúdo impenetrável e incompreensivo psicologicamente para o indivíduo normal;
3. - Uma representação sem conteúdo de realidade, ou seja, que não se reduz à análise dos acontecimentos vivenciais.
*-características de Delírio, verdadeiro ou primário, segundo Karl Jaspers.
Essa definição de Jaspers é de extremo valor na diferenciação entre sugestionabilidade e delírio, ou seja, diferenciar a pessoa que se considera possuída por entidade espiritual durante um culto religioso e um delírio. 

Durante um culto religioso, vivenciando um entorno místico, a pessoa pode ser sugestionada a aderir a algum tipo de Pensamento Mágico, satisfazendo plenamente o primeiro quesito de Jaspers, “uma convicção subjetivamente irremovível e uma crença absolutamente inabalável...”. 

Mas os dois outros quesitos não são satisfeitos. A “pessoa normal” referida por Jaspers não é, absolutamente, um indivíduo completamente alienado ao meio cultural onde se insere a pessoa que se considera possuída. Não. “Pessoa normal” para Jaspers, é a pessoa que partilha normalmente o mesmo espaço cultural e existencial. 

Logo, essa pessoa chamada de normal, vivendo no contexto da outra pessoa que está sendo considerada, também nutre as mesmas crenças culturais ou, no mínimo, não as consideram totalmente estranhas. Portanto, para essa pessoa normal o conteúdo do pensamento da outra pessoa em apreço não será incompreensível. 

Quanto ao terceiro quesito, tomando como exemplo a pessoa que se crê possuída, toda sua manifestação de êxtase terá sim um conteúdo de realidade consoante aos acontecimentos vivenciados, considerando-se o contexto sócio-cultural (e místico, no exemplo) em que vive. 

Assim sendo, o sentimento de transe e possessão não podem ser considerados delírios, muito embora possam estar emancipados da realidade lógica. Sabendo que o delírio é monopólio de transtornos emocionais muito sérios, como por exemplo as psicoses, é claro que não podemos atribuir o diagnóstico de delírio a todas pessoas sugestionáveis que se “deixam” possuir em cultos religiosos. Para resolver essa questão falamos em Idéias Deliróides.

Idéias Deliróides
 
Nas Idéias Deliróides as experiências são assimiladas e a imagem do mundo exterior fornecida pela razão é falsificada, de acordo com as necessidades afetivas e instintivas fragilizadas. 

O raciocínio que caracteriza a idéia deliróide é bastante similar àquele pensamento mágico normal que todos nós utilizamos, embora de grau muito menor. Por isso a idéia deliróide de uma pessoa é compreensível à maioria das pessoas normais.
Nossas crenças tendem a ser subjetivamente necessárias e, sem dúvida, todos recorremos a essas ficções por segurança. 

As Idéias Deliróides constituem tentativas de manipular os problemas e as tensões da vida, através da fantasias elaboradas para fornecer aquilo que a vida real nega, entretanto, devido ao seu aspecto mórbido, tais fantasias não são construídas numa estrutura compatível com uma adaptação social normal. 

Uma pessoa com marcante e desmedida ambição para o poder, por exemplo, dependendo da estrutura de sua personalidade, pode apresentar uma idéia deliróide acreditanto (e fazendo outros acreditarem) ser uma pessoa ungida por Deus, logo com poderes e ascenção sobre os demais. 

Portanto, a direção e os temas das Idéias Deliróides podem ser determinados pelos problemas e necessidades íntimas do paciente. Verificamos, com freqüência, que o conteúdo das Idéias Deliróides revela aspectos significativos dos problemas pessoais. As fontes desses problemas podem ser freqüentemente encontradas em inclinações e impulsos contrariados, esperanças frustradas, sentimentos de inferioridade, inadequações biológicas, qualidades rejeitadas, desejos importunantes, sentimentos de culpa e outras situações que exigem uma defesa contra a angústia. 

Uma profunda necessidade de consolo pode ser satisfeita por Idéias Deliróides auto-elogiosas, Idéias Deliróides de grandeza, por exemplo, podem refletir uma defesa contra sentimentos de inferioridade.
Além das Idéias Deliróides serem capazes de satisfazer o primeiro quesito de Jaspers, “convicção subjetivamente irremovível e uma crença absolutamente inabalável”, para sua formação são necessários ainda alguns elementos:
1. - O desenvolvimento de situação emocional ou mental favorecedora.
2. - Um ambiente cultural que ofereça o tema e script daquilo que pode ser fantasiado.
Uma personalidade pré-mórbida vulnerável e problemática, seja por traços de paranóia, de marcante histeria, de extrema sensibilidade afetiva ou, menos comumente, de uma personalidade prejudicada por problemas funcionais cerebrais. 

Depois, então, de considerarmos a possibilidade da pessoa com sintomas de transe e possessão ser portadora de um quadro de Delírio (menor porcentagem) e, não sendo isso, de ser ainda portadora de uma Idéia Deliróide (um pouco mais freqüente), resta a grande maioria dos casos, onde não há uma grave patologia psiquiátrica delirante, nem um transtorno emocional sério o suficiente para Idéias Deliróides. Como ficaria, então, a explicação para os sintomas de transe e possessão, para a grande maioria dessas pessoas?

Teríamos que pensar nos casos de sugestão, auto-sugestão e crença exagerada, todos observados nas teatrais influências espirituais dos cultos e religiões.

Sugestão, Auto-Sugestão e Crença Exagerada

A pessoa que vivencia uma realidade diferente e estimulada por outra pessoa está sendo sugestionada ou influenciada. Em termos gerais, somos todos sugestionáveis. Isso equivale a dizer que o ser humano é, essencialmente, um imitador. 

A força de persuasão da moda, por exemplo, é incontestável, e a própria propaganda e marketing só se viabilizam tomando por base a sugestionabilidade humana. 

Mas a sugestão não tem nada a ver com o Delírio e com as Idéias Deliróides. Nessas duas situações, francamente patológicas, a liberdade de deixar de lado o Pensamento Mágico e reassumir o Pensamento Lógico é impossível de ser feito pela força da vontade. Na sugestão, por sua vez, apesar da força do que fora sugerido, é possível que a pessoa abandone esse tipo de pensamento de natureza mágica através de seu arbítrio. 

Pessoas podem causar sugestões em outras, assim como ambientes também podem influir. Vejamos, por exemplo, as influências sugestivas do ambiente hospitalar, carnavalesco, militar, musical e, evidentemente, religioso. 

Assim como as forças sugestivas têm vários graus de penetrância, indo da simples propaganda à lavagem cerebral, as pessoas também possuem graus variados de sugestionabilidade, desde o normal até o altamente sugestionável, esse último representado pelas personalidades histéricas ou histriônicas .
O sucesso da sugestão está no fato de tratar-se de um apelo dirigido ao sentimento e às emoções, mais do que à razão. E será tão mais forte quanto mais atender necessidades emocionais. Mas, seja qual for o grau de sugestionabilidade ou de influência, como não se trata de Delírio nem de Idéia Deliróide, será possível reassumir o Pensamento Realístico através do arbítrio. 

Não podemos aceitar, com naturalidade, a afirmativa “não consigo” por parte do paciente. Diante disso temos duas opções: ou, de fato, ele não consegue deixar os Pensamentos Mágicos voluntariamente, caracterizando o Delírio e não uma sugestão e, sendo assim, terá de ter obrigatoriamente outros dados clínicos ou, certamente, se não tem esses outros dados clínicos necessários ao Delírio será, de fato, uma sugestão. Nesse caso a pessoa consegue sim, desvencilhar-se dos Pensamentos Mágicos, independente de afirmar que não consegue. 

A Auto-Sugestão é a mesma coisa que a sugestão, porém, tendo como mola propulsora a influência de elementos internos, motivados pelos valores culturais junto com as necessidades emocionais, e não apenas elementos externos, motivados por outras pessoas. 

Casos de sugestão e auto-sugestão podem ser representados por pessoas que perdem o sossego porque viram vultos na casa, que ficam apavoradas com o aparecimento de feitiço na soleira da casa, que sentem calafrios e perturbações depois de visitarem um terreiro de umbanda. Outras vezes, são pessoas que se julgam muito doentes e que melhoraram sensivelmente quando o último exame médico apresentou resultado negativo, pessoas que saram depois de benzimentos e simpatias, e assim por diante.

Crença Exagerada
 
Uma das variantes benignas das Idéias Deliróides são as Idéias Supervalorizadas, superestimadas ou sobrevalentes, sinônimo de fanatismo e de crenças exageradas. Essas idéias costumam ser errôneas por supervalorização emocional ou psicológica, e podem ser igualmente observadas até mesmo em indivíduos psiquicamente normais. Nesses casos, é de todo necessário ressalvar que nem toda Idéia Supervalorizada é forçosamente errônea. 

As idéias contidas, por exemplo, nos códigos jurídicos, morais, sociais, religiosos incluem-se, sem dúvida alguma, na categoria de Idéias Supervalorizadas, embora não sejam obrigatoriamente errôneas. Os enamorados, os cientistas, os magistrados, os sacerdotes e afins, também cultivam idéias superestimadas afetivamente, com respeito ao seu amor, à pesquisa científica, à jurisprudência e aos dogmas que obedecem, respectivamente. 

As Idéias Supervalorizadas mais contundentes espelham fielmente aquilo que entendemos por sectarismo e fanatismo. Trata-se da adesão afetiva incondicional e a qualquer preço a certas idéias. O que importa a esse respeito é saber que idéias errôneas por superestimação afetiva, Idéias Supervalorizadas, representam uma variedade atenuada das Idéias Deliróides, e podem corresponder, no mais das vezes, a predisposições problemáticas da personalidade. 

De qualquer forma, assim como dissemos em relação à Sugestão, as Idéias Supevalorizadas ou Crenças Exageradas não são Delírios (apesar de muitos delírios se manifestarem por fanatismo) e nem Idéias Deliróides. Existem vários outros sinais e sintomas que devem acompanhar Delírios e Idéias Deliróides que não acompanham as Crenças Exageradas. Logo, por definição, essas Crenças Exageradas devem estar sujeitas, mais facilmente ou não, ao arbítrio ou vontade.
Exemplo de Idéias Supervalorizadas é, por exemplo, a consideração eugênica do nazismo, a concepção política do comunismo, a vocação para assuntos esotéricos, o fanatismo religioso, etc.




O "melô-tech" d@ PANEMA!
Skrillex - Ragga Bomb Ft. Ragga Twins
https://www.youtube.com/watch?v=8eJDTcDUQxQ&list=RDBGpzGu9Yp6Y&index=9




PANEMEIRO = PANEMA + MANDIGUEIRO

Significado de PANEMA. Imprestável, coisa ruim, (popular da região norte) caçador ou pescador que nada caça ou pesca. Sujeito sem sorte, infeliz na vida; caipora, azarento. Vítima de feitiço.
Sinônimo de PANEMA:
PANEMEIRO = Panema + Mandingueiro, feticeiro, macumbeiro = Caçador superticioso, cheio de manhãs e feitiços! Aquele que leva a vida jogando o Panema. "Só na manha!"
"E ai muleke doido como tá indo?! Só na manhã!"
Panema = Caçador ou pescador que nada caça ou pesca.
Mandingueiro = Cheio de manhã, ardiloso, supersticioso, que usa de malevôlencia para a vida.

Expressões típicas dos PANEMEIROS: ÛA! Cruz!

Todas expressão são foram utilizadas para se livrarem da Panema ou de uma possível mau agouro ou feitiço. Mau agouro significa mau pressentimento ou mau sinal. É ter a intuição de que algo ruim vai acontecer. Qualquer sinal ou indício que anuncia um possível azar no futuro, é classificado como mau agouro. enquanto o
"ûa" é mais indígena e negro, ou "cruz" é eminentemente cristão!

Agouro é uma palavra de origem latina. Antigamente, o agouro (ou augúrio) era uma previsão do futuro feita por sacerdotes romanos (áugures), com base na observação do voo e do canto das aves. As aves habitualmente observadas pelos videntes eram o abutre, a águia, a coruja e o corvo. Por esse motivo, geralmente estão associadas a conotações pouco simpáticas.

Ûa!
é o sentido negativo de "ulha", é uma expressão negativa.
Ulha: expressão de admiração usada para se referir a algo que chame a atenção. "mas ulha já este lerdo!"
Cruz! É o redutivo de "Cruz credo!". Cruz credo é uma expressão de interjeição utilizada para expressar medo, repugnância ou nojo de algo ou alguma coisa. Originada a partir da cultura e princípios cristãos e, principalmente, católicos, a expressão “cruz credo” pode ser interpretada literalmente como “creio na cruz”. A expressão cruz-credo é muito presente na cultura ocidental e é dita às vezes em situação de espanto ou diante de realidades malignas com certas nuances de ocultismos. Cruz-credo é espanto, mas também é esconjuro, mesmo que inconscientemente. Credo: é o resumo da fé apostólica que não coaduna com nenhum tipo de crendice, heresia, mentira ou superstição.


POTOQUEIRO CONVICTO
Verdade que mocorong@ gosta de contar POTOCA?!
POTOCA é uma mentira cabulosa e deslavada. "O Lula não sabia de nada! Potoca total."
Bras. Pop. Mentira, lorota; ARDIL: "Era um grande contador de potocas."
Dicionário Papa-chibé, Potoca: mentira, conversa fiada, papo furado.
mentira balela caô fiada á toa besteirol abobrinhas besteiras tucha carapetão peta potoca balão caraminhola embromação embuste endrômina falsidade invencionice lampana lenda lorota maranhão mendacidade novela patarata patranha pomada farsa história impostura intrujice pataratice conversa inverdade logro moca peça prego pulha tretas sacanagem conversa fiada conto mentiroso, história mal contada, história fantasiosa.
"E vira com seus olhos crueldades que, contadas, pareciam potoca, exagero." (Jorge Medauar - Água Preta)


POTOQUEIRO. Mentiroso, contador de potocas.
Sinônimos de Potoqueiro: prosista, impostor, mentiroso, garganta, blasonador


Transferindo a panema
Interpreta e explica a seguinte frase: "Psica, psica da velha chica!"








"Psica, psica da velha chica!"
Psicastenia
Psique - alma. 
Astenia - fraqueza.
Psicastenia - fraqueza da psique, deixando a pessoa vulnerável.

Medo, ansiedade, insegurança, dúvidas, baixa auto-estima... Imagine se todos esses problemas resolvem aparecer de uma vez. Se isso acontecer, em grau elevado, a pessoa pode estar sofrendo de um tipo de psicose chamado psicastenia. Ela é caracterizada pela fraqueza intelectual, seguida de ansiedade, obsessões, idéias fixas, tiques, incertezas quanto às próprias decisões, períodos de emoção exacerbada e depressão. 

De qualquer forma, a psicóloga especializada em psicodrama, Sylvia Sabbato, explica que as manifestações do problema variam de acordo com a estrutura da personalidade de cada pessoa, além da sua história de vida. É na infância que a personalidade se forma e, em cada fase do período, assim como a estrutura física, a psique vai amadurecendo e sendo construída. 

É nesse período do desenvolvimento que o indivíduo passa a consolidar a confiança em si mesmo. Dessa forma, os sinais de manifestação da doença estão relacionados à parte falha de cada um, ou seja, o ponto fraco que ficou na formação da personalidade. As condições atuais da vida do paciente também irão influenciar. 


"Essa mulher é psica" , essa palavra existe ou é só giria para mulher neurótica? Não seria psicótica?
É a raiz da palavra. É grego. É um modo carinhoso de dizer que a pessoa é pilnel."
Em relação às causas, Sylvia explica que, para todo distúrbio psicológico, existe uma regra básica. Assim, se uma pessoa possui antecedentes com o problema na família, há 30% de chances de ela desenvolver o mesmo distúrbio. Caso tenha enfrentado condições adversas na infância, as chances crescem para 60%. Por último, se existe alguma situação traumá "Psica, psica da velha chica!"


Psicastenia
Psique – alma.
Astenia – fraqueza.
Psicastenia - fraqueza da psique, deixando a pessoa vulnerável.

Medo, ansiedade, insegurança, dúvidas, baixa auto-estima... Imagine se todos esses problemas resolvem aparecer de uma vez. Se isso acontecer, em grau elevado, a pessoa pode estar sofrendo de um tipo de psicose chamado psicastenia. Ela é caracterizada pela fraqueza intelectual, seguida de ansiedade, obsessões, idéias fixas, tiques, incertezas quanto às próprias decisões, períodos de emoção exacerbada e depressão.

De qualquer forma, a psicóloga especializada em psicodrama, Sylvia Sabbato, explica que as manifestações do problema variam de acordo com a estrutura da personalidade de cada pessoa, além da sua história de vida. É na infância que a personalidade se forma e, em cada fase do período, assim como a estrutura física, a psique vai amadurecendo e sendo construída.

É nesse período do desenvolvimento que o indivíduo passa a consolidar a confiança em si mesmo. Dessa forma, os sinais de manifestação da doença estão relacionados à parte falha de cada um, ou seja, o ponto fraco que ficou na formação da personalidade. As condições atuais da vida do paciente também irão influenciar.


"Os traços comuns são o excesso de trabalho, as metas e objetivos cada vez mais difíceis e as cobranças externas. Tendemos a cobrar mais de nós do que podemos e fazemos de modo tão natural, que não percebemos o quanto nos prejudicamos", ressalta o psiquiatra do Hospital São Camilo (Unidades Santana e Ipiranga) José Paulo Pinotti. Não há um perfil definido de pessoas mais propícias à psicastenia, o que influencia é o histórico individual. Por ter um diagnóstico difícil em função dos inúmeros sinais do problema, não há um estudo que indique o percentual da população mundial acometido por ele.


Outra visão
A psicoterapeuta integral Selma Genzani explica que, diferente de Freud, que via os problemas do homem como uma conseqüência do inconsciente, a Psicanálise Integral de Norberto Keppe mostra que as pessoas adoecem pela atitude de negação e oposição à consciência.

Assim, o ser humano tende a guardar no inconsciente tudo o que não gosta de perceber sobre ele mesmo e os demais. Nessa inversão, ele acredita que ver os problemas é tê-los, mas, na verdade, enxergar o que está acontecendo é a única forma de ter controle sobre a situação. No momento em que a pessoa começa a ir contra suas próprias características pessoais, ela desenvolve a insegurança e a indecisão.


PANEMAGEM
---> É a conduta típica do panemeiro, é a "malandragem", a "pilantragem" do panemeiro ou dos panemeiros. É a conduta, a estratégia que o panemeiro utiliza para sair de um situação que não lhe é favorável!
---> Panemagem é rede de fofocas e de intrigas criadas pelos panemeiros para amedrontar e manipular suas vítimas em rede, ela é usada também para transferir os problemas psicológicos sociais e coletivos de uma sociedade para o seu expiatório escolhido. A panemagem é absolutamente um jogo rede, típico de pessoas covardes.
Ao contrário do que o censo comum pensa, a panemagem não ocorre ao acaso como manifestação própria da natureza, é ocorre de maneira indutiva, onde uma pessoa vai passando para o outro a jogada e atormentar a vítima, que também é escolhida coletivamente ou cai na rede do jogo, e todos transferem para a vítima seu pecados e crimes como forma primeiro de desviar o foco de si mesmos e de expiar os pecado nos outros. O que o panemado não consegue entender é que o seu "azar" é uma jogada coletiva, todos se articulam para faze-lo acreditar que tudo é uma questão de falta de sorte. A maioria das pessoa que entram no jogo acreditam que tudo aquilo é natural e é uma questão de fazer justiça coletivamente com as "próprias mãos", todos se julgam juízes, como em um Júri simulado, mas que a apenação chega às vias de fato!
Citações do termo panemagem:
"Os dias seguintes não foram mais os mesmos..... Gonçalo entrara numa situação de abatimento profundo. Pouco falava, desinteressado de tudo e com longas horas falando baixinho e sozinho. Buscavam e imaginavam causas a essa “panemagem” mas, em terras onde acreditava-se em uiara e matinta-pereira, de benzedeiras e pajelanças (únicos meios de se agarrar a uma “assistência em saúde”) logo se mitificou a situação. Lembraram da história da Raimunda e dos rapazes desconhecidos e concluíram: Só poderiam ser botos “mundiando” mais uma pobre alma para carregá-la a seu mundo encantado."
"Os dois não podem dar as caras nesse período. Panemagem não é pão...Pelo pouco que entendo a uruca requer muito mais que banhos. É bom irem a uma Igreja para pedir reforço espiritual, pois é o ódio que mais atrai energias negativas. Misericórdia!"
"Eh, manozinho urubu quando tá de azar o de baixo caga o cima. sai pra lá piema! A panemagem é pra lá de enorme. Agora que a gente tava se acostumando a ideia de trabalhar numa casa de lata, no porto de Manaus, se depara com uma situação bisonha que só briga de cachorro grande. Os poderosos estão definhando numa guerra inglória onde só os interesses imediatos são considerados. É um fisiologismo de fazer inveja a Narciso ou até mesmo ao Fiher nos auges do Nazismo alemão. Eles se acham no direito de decidir nosso destino, nossa vida e até nossa morada. Salta de banda e assim mesmo cai no falo. Ou mato ou morro, não sei se a gente corre pro mato ou corre pro morro. Se correr o bicho pega se ficar o bicho come. pelo mesmo durante esse conflito teremos que esperar por aqui mesmo. É um desrespeito com o dinheiro público que está no bolso deles. Um manda construir com todas as superfaturações de praxe e o outro acha que ta ruim e manda derrubar, saudosa maloca, tudo isso a troco de idealismos inglórios. Mas, macaco velho não mete mão em cumbuca ja que eles não tem o que fazer ficam inventando trabalho. Alias, o destrabalho, porque a ordem é desmanchar o serviço. E já que assim nossos irmãos trabalhadores tem que cobrar dobrado. Fazer é fácil, desfazer é tedioso."
Panemeiro um Jogador Patológico - O Transtorno Obsessivo Compulsivo do Panemeiro
O Jogo da Panema, a transferência dos pecados e dos crimes para um bode expiatório.


JOGO PATOLÓGICO

O Transtorno de Jogo Patológico vem ganhando importância crescente, proporcional à sua prevalência que vem aumentado em diferentes países, principalmente DEVIDO à maior disponibilidade de jogos de azar. Além de apostas tradicionais como loterias, corridas de cavalos e jogos de carta, novos jogos têm sido introduzidos no mercado como casas de bingo, jogos eletrônicos e mesmo através da Internet.

T O C

As características essenciais do Transtorno Obsessivo - Compulsivo (TOC) são obsessões ou compulsões recorrentes e suficientemente graves para consumirem tempo ou causar sofrimento acentuado à pessoa.
Leigamente, diz-se que a pessoa tem várias manias esquisitas ou estranhas mas, normalmente, o próprio portador de TOC sabe que suas manias, obsessões e/ou compulsões são excessivas ou irracionais.




REFERÊNCIAS
Ballone GJ, Moura EC - Alterações do Pensamento Mágico - in. PsiqWeb, Internet, disponível em www.psiqweb.med.br, revisto em 2008.

Patologia do Pensamento Mágico. in: http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=132

Pensamento mágico. in: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pensamento_m%C3%A1gico

Pensamento mágico: conceito e características. in: https://amenteemaravilhosa.com.br/pensamento-magico/




O "melô-tech" d@ PANEMA!
Skrillex - Ragga Bomb Ft. Ragga Twins
https://www.youtube.com/watch?v=8eJDTcDUQxQ&list=RDBGpzGu9Yp6Y&index=9

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