O Objetivo fundamental deste texto é contrapor a proposta de reformulação do Ensino Médio proposta pelo Ministério da Educação.
O Aspecto mais importante desta proposta é revitalizar as turmas do turno da noite, onde a maioria das salas de aulas das escola estaduais estão vazias. A proposta é que esta série funcione no turno da noite, mesmo por que a maioria dos alunos já terão mais de 17 anos, onde os alunos posam iniciar uma formação técnica e aprofundarem os conteúdos do Ensino Médio que vão lhes servir no Ensino Superior, além de aprofundarem seus conhecimentos em Português, Matemática e Língua Estrangeira: Inglês e Espanhol. A maioria desses cursos podem ser ofertados nas escolas públicas do estados.
O ideal que em todos eles seja ofertada a disciplina de MTC - Introdução a Metodologia do Trabalho Científico, as outras disciplinas ficaram a cargo da grade e da disposição de professores.
Listas dos principais cursos:
O ideal que em todos eles seja ofertada a disciplina de MTC - Introdução a Metodologia do Trabalho Científico, as outras disciplinas ficaram a cargo da grade e da disposição de professores.
Listas dos principais cursos:
- Técnico em Segurança no Trabalho
- Técnico em Defesa Civil
- Técnico em Informática
- Técnico em Redes
- Técnico em Telecomunicações
- Técnico em Computação Gráfica
- Técnico em Manutenção e Suporte em Informática
- Técnico em Administração
- Técnico em Contabilidade
- Técnico em Recurso Humanos
- Técnico em Serviços Jurídicos e Notarias
- Técnico em Transações Imobiliárias
- Técnico em Vendas e Atendimento
- Técnico em Enfermagem
- Técnico em Farmácia
- Técnico em Radiologia
- Técnico em Análise Clínicas
- Técnico em Prótese Dentária
- Técnico em Saúde Bucal
- Técnico em Vigilância Sanitária
- Técnico em Massoterapia
- Técnico em Química
- Técnico em Eventos e Marketing
- Pedagógico
- Técnico em Secretariado Escolar
- Técnico em Biblioteconomia
- Técnico Agrícola
- Técnico Veterinário
- Técnico em Alimentação e Nutrição
- Técnico em Automação Industrial
- Técnico em Eletroeletrônica
- Técnico em Eletrônica
- Técnico em Eletrotécnica
- Técnico em Mecânica
- Técnico em Metalurgia
- Técnico em Soldagem
- Técnico em Mineração
- Técnico em Edificações
- Técnico em Transportes
- Técnico em Turismo
Ensino médio
de quatro anos é a nova proposta do MEC
O Ministério
da Educação (MEC) está discutindo a possibilidade
de aumentar o ensino médio de três para quatro anos. A idéia
é defendida pelo secretário de Educação Média
e Tecnológica, Antonio Ibañez Ruiz, como uma alternativa
para preparar melhor os estudantes. Segundo ele, com mais um ano o aluno
teria uma melhor formação.
O novo modelo está
ainda em fase de gestação dentro do ministério, mas
já ganhou a simpatia do ministro Cristovam Buarque. Pelo projeto,
as matérias do quarto ano seriam desenvolvidas e função
da opção do aluno. Para os alunos interessados em ingressar
em cursos de Educação Profissional, o quarto ano teria uma
grade curricular mais específica para essa formação.
Da forma como o projeto
está sendo pensado, cursar ou não o quarto ano seria uma
opção do aluno. As escolas, porém, teriam de oferecer
a complementação a todos que quisessem cursá-la.
Ibañez defende que nas escolas públicas essa oferta teria
de ser obrigatória, mas nas particulares talvez não fosse
necessário já que a qualidade do ensino é superior.
A proposta, embora
em construção, já provoca reações adversas.
"O que é preciso é melhorar a qualidade do ensino nos
três anos, e não estender a má qualidade para quatro
anos", diz a professora da Faculdade de Educação da
Pontifícia Universidade Católica, Neide de Aquino Noffs.
A idéia de Ibañez pode, porém, ganhar o apoio entre
os estudadentes. Para o vice-presidente da União Brasileira dos
Estudantes Secundaristas, Henrique Matthiesen, a proposta é "louvável"
e pode começar a ser discutida na entidade.
MEC estuda ampliar ensino médio para 4 anos
Começa a ser discutida no Ministério da Educação (MEC) uma proposta de
ampliação do ensino médio de três para quatro anos. A idéia é defendida
pelo secretário de Educação Média e Tecnológica, Antonio Ibañez Ruiz,
como uma alternativa para preparar melhor os estudantes. "Com mais um
ano, o aluno teria uma melhor formação e mais condições de chegar ao
mercado de trabalho ou à universidade", defende Ibañez. "Esses três anos
não preparam para nada."
O novo modelo está ainda em fase de
gestação dentro do ministério. Segundo o secretário, o ministro
Cristovam Buarque considera a idéia uma saída interessante. Ibañez quer
reunir nas próximas semanas representantes de setores ligado à educação
para discutir o assunto.
Pelo projeto, as matérias do quarto ano
seriam desenvolvidas e função da opção do aluno. "Para os que quisessem
entrar logo numa universidade, haveria um aprofundamento nas disciplinas
específicas que o ajudassem no curso", diz Ibañez. Para os alunos
interessados em ingressar em cursos de Educação Profissional, o quarto
ano teria uma grade curricular mais específica para essa formação. "Para
quem vai para o mercado de trabalho logo de cara, sem ter uma
especialização, o quarto ano O prepararia melhor para ser um comerciante
ou uma secretária." Da forma como o projeto está sendo pensado, cursar
ou não o quarto ano seria uma opção do aluno.
As escolas, porém,
teriam de oferecer a complementação a todos que quisessem cursá-la.
"Acho que nas públicas essa oferta teria de ser obrigatória, mas nas
particulares talvez não fosse necessário", diz o secretário. Ele
acredita que, devido ao bom nível de ensino oferecido pelas escolas
particulares de um modo geral seus alunos não sentiriam a necessidade de
uma série a mais. Segundo o MEC, há 8,7 milhões de alunos no ensino
médio regular, dos quais apenas 1,1 milhão em escolas particulares.
Orçamento.
A proposta, embora em construção, já provoca reações adversas. "O que é preciso é melhorar a qualidade do ensino nos três anos, e não estender a má qualidade para quatro anos", diz a professora da Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica, Neide de Aquino Noffs.
MAIS UM ANO PARA O ENSINO MÉDIO
Izabel Sadalla Grispino *
Sem educação não há avanço social, não
há igualdade de oportunidades; sem educação as diferenças de classe se
acentuam. Para que a educação pública seja portadora de um certo
equilíbrio social é preciso que os governos invistam corajosamente nela.
Política educacional honesta não se faz com discurso e sim com verbas. A
melhoria das condições de ensino, da formação profissional, do salário
dos integrantes do magistério só se tornam perceptíveis quando se
incrementa o financiamento da educação. Nessas condições, a escola
consegue repensar seu papel social, seus métodos de trabalho e os
conteúdos ensinados. Torna-se capaz de entender a necessidade de
abandonar seu compromisso com os programas burocráticos e abraçar, de
forma determinante, seu compromisso com o aprendizado dos alunos e, o
importante, de todos os alunos.
Somente sob esse prisma, podemos, a
médio e longo prazo, pensar em mais igualdade social, enfraquecendo o
preconceito de classe, o preconceito, em relação às minorias, em relação
à pobreza.
Um outro aspecto é o alijamento em que
se deixa a criança pobre da educação infantil. A nova Lei de Diretrizes e
Bases da Educação (LDB), com propriedade, inovou ao fazer da educação
infantil parte do sistema educacional, considerando a educação infantil
como um período importante na vida da criança, combatendo a idéia do
assistencialismo que a marcou por longo tempo, desde a sua origem. Quer
para a educação infantil uma educação de verdade, uma educação no
sentido exato da palavra, favorecendo o aprendizado numa das fases mais
decisivas do desenvolvimento intelectual das crianças.
Hoje, a educação infantil está assistida
pela pedagogia, pela psicologia que mostram que os primeiros anos de
atendimento são pré-requisitos para conquistas futuras, para a afirmação
do conhecimento. A criança, na educação infantil, aprende de acordo com
sua idade, suas aptidões e necessidades, dentro do que a época torna
socialmente valorizado. A educação pública, para se tornar boa, tem
desafios sérios a enfrentar. As avaliações da educação do País têm nos
mostrado, reiteradas vezes, o quanto ela é deficitária e, até certo
ponto, ineficaz. Manter o aluno na escola, sem que ele aprenda,
introduzi-lo numa universidade sem estar bem preparado para cursá-la, é,
no fundo, anular a esse aluno as condições justas para bem se colocar
na sociedade. Não são os anos que ele passa na escola que vão atestar a
sua capacidade, mas a qualidade desenvolvida nesses anos, a qualidade de
seu ensino, o quanto de aproveitamento ele obteve em seus estudos.
A escola pública tal como se encontra é
portadora de exclusão social. Os alunos de baixa renda, vítimas da
falência do ensino público, do descaso com a educação, do desprestígio
do magistério, não têm muito que escolher, que optar na sociedade. Estão
sempre à margem dos melhores empregos, das melhores colocações.
Lendo o jornal de fins de fevereiro,
deparo-me com uma proposta do MEC de ampliação do ensino médio de 3 para
4 anos. A justificativa é dar ao aluno uma alternativa para prepará-lo
melhor. Pela proposta, mais um ano de estudo melhoraria sua formação e
dar-lhe-ia mais condições de chegar ao mercado de trabalho ou à
universidade. “Esses 3 anos não preparam para nada”, disse Antônio
Ibañez Ruiz, secretário de Educação Média e Tecnologia.
Pelo projeto, as matérias do 4.º ano
seriam escolhidas em função da opção do aluno. Cursar ou não o 4.º ano,
também uma opção do aluno. As escolas ficariam obrigadas a oferecer a
complementação a todos os que quiserem cursá-la. “Para os que quiserem
entrar logo na universidade, haveria um aprofundamento das disciplinas
específicas. Para os alunos interessados em ingressar em cursos de
Educação Profissionalizante, o 4.º ano teria uma grade curricular mais
específica. Para quem vai para o mercado de trabalho, logo de cara, sem
ter uma especialização, o 4.º ano o prepararia melhor para ser um
comerciante ou uma secretária”.
Pela lógica do projeto, nas escolas
públicas, a oferta do 4.º ano deve ser obrigatória; as escolas
particulares podem ficar isentas porque “o bom nível de ensino oferecido
por elas faz com que o aluno não sinta a necessidade de uma série a
mais”, completa Ibañez.
Na teoria, até parece uma boa idéia, mas
na prática, nas condições em que se encontra o ensino público, um ano a
mais na escola resolveria o problema ou apenas o arrastaria para mais
um ano? Se “3 anos, segundo pronunciamento de Ibañez, não preparam para
nada”, um ano, apenas, prepararia?
O que, realmente, está em jogo não é a
quantidade de anos estipulada para o ensino médio, mesmo porque 3 anos
foram considerados suficientes pela Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (LDB), para desenvolver no aluno competências e habilidades que
lhe permitam ingressar no mercado de trabalho ou na universidade.
Um olhar aprofundado da questão nos leva ao enfoque da luta pela melhoria do ensino público em nosso País. Levar
para o 4.º ano do curso o mesmo padrão de ensino dos anos anteriores
significa, simplesmente, repetir a façanha da falência do
ensino-aprendizagem.
O foco do problema é a melhoria da
qualidade do ensino, não só do médio, mas da educação básica como um
todo. O dinheiro que se vai investir nesse ano a mais seria preferível
investi-lo no aprimoramento das ações do magistério, buscando, de todas
as maneiras, reverter esse triste quadro da ineficiência do ensino
oficial.
Se na escola particular, 3 anos de
ensino médio são suficientes para dar ao aluno uma boa formação, por que
não se investir nessa direção, qualificando o ensino público,
equiparando-o ao privado?
Sempre a mesma saída, pelo lado mais
cômodo, como foi a criação das cotas! É evidente que o despreparo do
aluno é resultante da qualidade e não da quantidade!
* Supervisora de ensino aposentada.
(Publicado em março/2003)
(Publicado em março/2003)
http://www.izabelsadallagrispino.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1259
Ensino médio pode ter 4 anos
Folha de S.Paulo, no Rio 08/06/2003 - 03h00
Além de ampliar o ensino
fundamental para nove anos, o MEC estuda --ainda em fase inicial--
aumentar de três anos para quatro anos a duração do ensino médio. A
proposta, porém, sofrerá mais resistência e enfrentará mais obstáculos
para sair do papel.
No ensino fundamental, as matrículas vêm caindo nos últimos anos em decorrência da queda da taxa de natalidade. Isso facilita a expansão porque haverá menos alunos para serem atendidos pelo mesmo sistema, que ainda contará com a estrutura já existente das escolas de educação infantil.
No caso do ensino médio, o aspecto demográfico, a falta de professores e a necessidade de mais recursos podem atrasar a implementação dos quatro anos.
O primeiro desafio é o crescimento contínuo do ensino médio. De 1996 para 2002, mais de 3 milhões de alunos entraram no sistema --crescimento de 53%. O problema é que não há professores com capacitação em número suficiente para atender a demanda. Estudo do MEC divulgado em maio mostrou que há déficit de 254 mil professores com formação adequada no ensino médio.
Hoje, 1,85 milhão de alunos concluem o ensino médio. Para que esses estudantes continuem a frequentar salas com 40 alunos por professor, seria necessário contratar, no mínimo, mais 46 mil professores.
No ensino fundamental, as matrículas vêm caindo nos últimos anos em decorrência da queda da taxa de natalidade. Isso facilita a expansão porque haverá menos alunos para serem atendidos pelo mesmo sistema, que ainda contará com a estrutura já existente das escolas de educação infantil.
No caso do ensino médio, o aspecto demográfico, a falta de professores e a necessidade de mais recursos podem atrasar a implementação dos quatro anos.
O primeiro desafio é o crescimento contínuo do ensino médio. De 1996 para 2002, mais de 3 milhões de alunos entraram no sistema --crescimento de 53%. O problema é que não há professores com capacitação em número suficiente para atender a demanda. Estudo do MEC divulgado em maio mostrou que há déficit de 254 mil professores com formação adequada no ensino médio.
Hoje, 1,85 milhão de alunos concluem o ensino médio. Para que esses estudantes continuem a frequentar salas com 40 alunos por professor, seria necessário contratar, no mínimo, mais 46 mil professores.
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