Vídeo 1 - Kachins em Conflito com a Birmânia Pedem Ação da China 1. In: https://www.youtube.com/watch?v=5tsbBwEuYKA
2. Organização política Kachin
3. Cultura Kachin
4. Agricultura Chan e Kachin
Pesquisa: https://www.google.com/search?client=firefox-b-ab&ei=jKLpW9CdCsGqwATDu7T4CQ&q=Edmund+Leach+Sistemas+politicos+da+Alta+Birm%C3%A2nia+capitulo+1&oq=Edmund+Leach+Sistemas+politicos+da+Alta+Birm%C3%A2nia+capitulo+1&gs_l=psy-ab.3...338878.347243.0.348051.14.14.0.0.0.0.583.2665.0j1j6j1j0j1.9.0....0...1c.1.64.psy-ab..5.6.1902...0i22i30k1j33i160k1.0.u02p9jcRO90
Texto Base: Fichamento: Sistemas Políticos da Alta Birmania – um estudo da estrutura social Kachin. In: https://pensandoaantropologia.wordpress.com/2012/06/22/fichamento-sistemas-politicos-da-alta-birmania-um-estudo-da-estrutura-social-kachin/
O trabalho de Leach sobre a os “Sistemas Políticos da
Alta Birmânia” marca uma nova fase no contexto da Antropologia
Estrutural-funcional. Aluno de Malinoswki estava dentro das discussões
que ocorriam na Inglaterra e sua excêntrica Antropologia Britânica. O
principal estava no seu foco de análise, que diferente do contexto de
tendência positivista de evitar as contradições era nela que desenvolvia
a busca da estrutura.
A Parte 1 de sua pesquisa é nomeada “O problema e seu
cenário”, no qual ele descreve as dificuldades que teve ao estudar os
dois grupos Birmaneses que buscou analisar, os katchin e o chan. Não
praticando a pesquisa etnográfica de participação a sua preocupação
estava em analisar as estruturas políticas desses dois grupos de maneira
a mostrar que existem diferenças marcantes dentro destes grupos que
muitas vezes era divulgada como mínima.
Assim distingue os chans dos katchins, determinando que o grande problema estava em descrever os katchins, pois suas diferenças entre si eram bem maiores comparados com os chans. Os chans eram ribeirinhos, praticavam a cultura de produção de arroz irrigado, com tecnologias artesanais mais avançadas, habitavam regiões que favoreciam a agricultura, possuíam dialetos diferenciados, sua estrutura era monarquia e a região era budista, de maneira que tinham certo padrão de vida. Os kachins possuíam diferentes idiomas, o que torna a comunicação bem diferenciada, muitos acreditam que carregam culturas diferenciadas entre si, sua produção de arroz tem característica rudimentar, e possuem duas maneiras políticas de viver: a gumsa e a gumlao. Com isso a distinção entre os katchins acaba sendo sua maior dificuldade, pois a convivência entre chans e katchins também resultaram em misturas e transições de kacthins para chans. Os katchins são vistos como mais atrasados que os chans, de maneira que a literatura local sempre buscou distingui-los, concentrando assim as diferenças.
Assim distingue os chans dos katchins, determinando que o grande problema estava em descrever os katchins, pois suas diferenças entre si eram bem maiores comparados com os chans. Os chans eram ribeirinhos, praticavam a cultura de produção de arroz irrigado, com tecnologias artesanais mais avançadas, habitavam regiões que favoreciam a agricultura, possuíam dialetos diferenciados, sua estrutura era monarquia e a região era budista, de maneira que tinham certo padrão de vida. Os kachins possuíam diferentes idiomas, o que torna a comunicação bem diferenciada, muitos acreditam que carregam culturas diferenciadas entre si, sua produção de arroz tem característica rudimentar, e possuem duas maneiras políticas de viver: a gumsa e a gumlao. Com isso a distinção entre os katchins acaba sendo sua maior dificuldade, pois a convivência entre chans e katchins também resultaram em misturas e transições de kacthins para chans. Os katchins são vistos como mais atrasados que os chans, de maneira que a literatura local sempre buscou distingui-los, concentrando assim as diferenças.
Outra mudança está na percepção do ritual, aqui o
autor considera o status que o individio exerce na estrutura social, ou
seja, seu papel criado pela identidade de suas funções, que assim os
dividem enquanto katchis ou chans, gumsa ou gumlao. A maneira de se
relacionar com os outros, e de como leva a sua vida acaba expondo
determinantes de sua classificação.
As estruturas políticas dos katchins são basicamente
duas: a anarquista: gumlao e é baseada em uma democracia, sem classes
sociais, tendo sua entidade política como o espaço semelhante a uma
“aldeia” e a monarquia: gumsa, que é uma espécie de estado feudal, tendo
a representação política de príncipe com descendência precisamente.
Texto Base 2 - Resumo: Sistemas Políticos da Alta Birmânia
Slide Edmund Leach - As categorias CHAN e KACHIN
Texto Base 2 - Resumo: Sistemas Políticos da Alta Birmânia
Vídeo 5 - Estado de Kachin, Mianmar
6. Undiscovered Beauty and Lovely Kachin Land, People, Culture Documentary
Ao
dedicar parte de sua pesquisa aos povos da Alta Birmânia, o
antropólogo Edmund Leach (1910-1989) discorre sobre os Kachin e os
Chan e suas particularidades. Leach foi também aluno de Malinowski e
nesta perspectiva entende que as normas devem ser ressignificadas,
tanto pela compreensão da estrutura social enquanto dinâmica, bem
como pela inteligibilidade dos Kachins com relação ao rito e ao
mito, ou, ações rituais.
Leach
apresenta-se uma hora estruturalista e noutra hora funcionalista,
fica clara em passagens da obra “Sistemas Políticos da Alta
Birmânia” a bricolagem que o autor utiliza para constituir o
pensamento que evidencia as diferenças entre o real e o ideal dos
povos Kachin e Chan. O ponto de partida que Leach evidencia ao
questionar-se se haveria apenas um tipo de estrutura social na região
Kachin ou ainda mais de uma forma de organização social é o que
motiva o diálogo constante com outros pensadores como Durkheim,
Radcliffe-Brown, Marcel Mauss e Lévi-Strauss.
Uma
das primeiras críticas surge no contexto em que Leach (1997)
contesta como o conceito de estrutura social empregado por
Radcliffe-Brown em seu equilíbrio estável que perdura no tempo e
espaço na comparação de uma sociedade e outra. Uma das
aproximações de RB e Leach é que para ambos o estudo da estrutura
social é a partir da realidade concreta através do conjunto de
relações existentes, e que nas observações diretas tenta-se
descrever algumas particularidades.
Um
dos distanciamentos é que a realidade concreta observada em sua
forma estrutural dá-se pela narrativa do antropólogo no “campo”,
para RB pode tornar-se clara a continuidade da estrutura social
através do tempo, mesmo não estática, como uma estrutura orgânica.
RB diz que a variação geracional de um mesmo grupo não altera a
estrutura dos membros em sua organicidade. A continuidade da
estrutura permanece.
Vídeo 7. An interview of the anthropologist Sir Edmund Leach
Para
Leach, quando a estrutura social de um grupo se expressa através de
representações culturais, a imprecisão é empregada. A
inconsistência e as incongruências da expressão ritual tornam-se
necessárias para qualquer sistema social. Para o autor, é através
da representação simbólica que o antropólogo descreve as
estruturas lógicas presentes em sua mente, sendo sempre um trabalho
dificultoso agregar os modelos conceituais à realidade empírica,
pois “as sociedades reais existem no tempo e espaço”. Assim, a
continuidade da ordem formal existente (hereditariedade) pode
contrapor-se a uma mudança na estrutura formal, ou outro sistema de
estrutura e organização social.
A
variedade dos sistemas políticos que compõe o estado Kachin
propicia a contínua mudança estrutural e grupos que antes eram
maiores tornam-se menores e vice-versa. Este processo não encerra em
si mesmo tanto no tempo e espaço, está em constante dinâmica e
esta descrição é a que Leach busca apreender com os povos Kachins.
Por isso, ele destaca que o antropólogo enquanto pesquisador deve
deixar sempre claro o recorte temporal para que a análise de
equilíbrio seja referenciada, pois “quando um antropólogo tenta
descrever um sistema social, ele descreve necessariamente apenas um
modelo de realidade social” (LEACH, 1997, p. 71).
Para
Leach, a realidade é cheia de incongruências e caos e exemplifica
através dos povos investigados. Na política, os Kachins vivem de
duas formas: uma delas é o Chan, baseado em um sistema hierárquico
feudal e o outro é o sistema gumlao (denominado pelo próprio
autor) sendo anarquista e igualitário. Mas a maioria das comunidades
Kachins é de ordem gumsa, em que o comprometimento gumlao
e chan se unifica. Por isso, o gumsa, não é estático e
predomina nos relatos etnográficos já produzidos, embora para Leach
este sistema seja incompreensível, contudo, pode se tornar visível
no contraste do gumlao e chan.
As
mudanças estruturais nestes sistemas mexem com a posição dos
indivíduos enquanto status social e no próprio sistema ideal ou
mudanças na estrutura de poder. O movimento do grupo e dos membros,
nesse sentido, é adquirir poder através das escolhas, assim o
caminho e o acesso para a jornada tendem ao reconhecimento como
pessoas sociais carregadas de poder e status social. Desta maneira,
um mesmo indivíduo pode estar em distintos sistemas de apreço e
estes não dialogarem entre si. Para motivar estas argumentações,
Leach (1997) parte das ações rituais dos povos Kachins.
Fica
claro que para o autor o papel do antropólogo é tentar descobrir e
traduzir aquilo que está sendo representado e simbolizado não
apenas através das dicotomias entre sagrado e profano, mas também
através das ligações estéticas e das ações funcionais como
aspectos de uma ação. Mito e rito se fundem como ação e/ou
conteúdo da crença. Para concluir, o antropólogo coloca que a ação
ritual deve ser entendida como uma afirmação simbólica sobre a
ordem social, mas que seu posicionamento perante a abstração da
representação é que a materialidade do mundo sempre poderá ser
observável, nunca possível com a metafísica ou sistemas de ideias
(LEACH, 1997, p. 76-77).
Filme sobre Myamar - Além da Liberdade
Slide Edmund Leach Antropologia - Por Roberto da Matta
Edmund
Leach Os Antropólogos (orgs: Everardo Rocha e Marina Frid, Editora
PUC-Vozes, 2014) Mariza Peirano. In: http://www.marizapeirano.com.br/capitulos/2014_leach.pdf
Referências
BOURDIEU, Pierre. A distinção: crítica social do julgamento. Porto Alegre: Editora Zouk, 2007.
LEACH, Edmund. “Introdução” In: Sistemas Políticos da Alta Birmânia. São Paulo: Edusp, 1996.
LEACH, Edmund. “Conclusão” In: Sistemas Políticos da Alta Birmânia. São Paulo: Edusp, 1996. Hierarchicus. São Paulo: EDUSP, 1997.
ORTNER, Sherry. “Uma atualização da teoria da prática”. In: GROSSI, Miriam; ECKERT, Cornelia; FRY, Peter. (org.) Conferências e diálogos: saberes e práticas antropológicas. Blumenau: Nova Letra /ABA, 2007.
RADCLIFFE-BROWN, R. "Estrutura Social" e "Sobre O Conceito De “Função" Em Ciência Social" In: Estrutura e Função na Sociedade Primitiva. Petrópolis: Vozes, 1973.
Estrutura
e mudança
4ª
aula 18/10
LEACH, Edmund. (1996) [1954]. “Introdução” Em: Sistemas
políticos da Alta Birmânia: um estudo da estrutura social Kachin.
São Paulo: Edusp. pp. 65-80;.
5ª
aula 22/10 “As
categorias Chan e Kachin e suas subdivisões”. in:
Sistemas
políticos da Alta Birmânia: um estudo da estrutura social Kachin.
São Paulo: Edusp. pp. 93-121.
6ª
aula 25/10
LEACH, Edmund. (1996) [1954]. “Hpalang – Uma comunidade kachin
gumsa instável”. in:
Sistemas
políticos da Alta Birmânia: um estudo da estrutura social Kachin.
São Paulo: Edusp. pp. 125-158
7ª
aula 29/10 LEACH,
Edmund. (1996) [1954]. “O mito como justificação do faccionarismo
e da mudança social” e “Conclusão”. in:
Sistemas
políticos da Alta Birmânia: um estudo da estrutura social Kachin.
São Paulo: Edusp. pp. 307-333.
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