quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Pesquisa Bibliográfica



Texto Base: Significado de Pesquisa bibliográfica. In: https://www.significados.com.br/pesquisa-bibliografica/


O que é Pesquisa Bibliográfica.

Pesquisa bibliográfica consiste na etapa inicial de todo o trabalho científico ou acadêmico, com o objetivo de reunir as informações e dados que servirão de base para a construção da investigação proposta a partir de determinado tema. 

Após a escolha de uma temática específica para ser abordada, a pesquisa bibliográfica deve se limitar ao tema que foi escolhido pelo pesquisador, servindo como modo de se aprofundar no assunto. Desta forma, além de traçar um histórico sobre o objeto de estudo, a pesquisa bibliográfica também ajuda a identificar contradições e respostas anteriormente encontradas sobre as perguntas formuladas.

Também é importante averiguar se trabalhos com problemáticas semelhantes já foram realizados, e se vale a pena repetir a investigação. A partir da pesquisa bibliográfica pode-se descobrir qual a melhor metodologia a ser utilizada para produzir o trabalho.

A pesquisa bibliográfica é um dos tipos de pesquisa, quanto aos procedimentos técnicos, que costuma ser mais comum, assim como a pesquisa documental, que se difere da bibliográfica pelo fato de não possuir um tratamento analítico do seu conteúdo; a pesquisa experimental; o levantamento; o estudo de campo; e o estudo de caso.


Nа fаse inicial de um desenvolvimento de investigação é preciso fazer а pesquisa bibliográfica com o intuito de saber:
  • sаber se alguém já publicou аs respostas às questões propostas;
  • decidir se é interessante repetir а investigação com os mesmos objetivos;
  • sаber quais os métodos utilizados em investigações similares;
  • averiguar o melhor pаrа ser aplicado;
  • enquadra o nosso estudo em um modelo de casualidade..

 Fase da Pesquisa Bibliográfica

1) Levantamento Bibliográfico;

2) Análise Bibliográfica;

3) Seleção Bibliográfica (Referencias Bibliográficas - Referencial Teórico)

 

1) Levantamento Bibliográfico

O levantamento bibliográfico é normalmente feito a partir da análise de fontes secundárias que abordam, de diferentes maneiras, o tema escolhido para estudo. As fontes podem ser livros, artigos, documentos monográficos, periódicos (jornais, revistas, etc), textos disponíveis em sites confiáveis, entre outros locais que apresentam um conteúdo documentado.

2) Análise Bibliográfica

Após a seleção do material, este deverá ser lido, analisado e interpretado. Durante o processo da pesquisa bibliográfica é importante que o pesquisador faça anotações e fichamentos sobre os conteúdos que forem mais importantes, e que eventualmente serão usados como fundamentação teórica em seu trabalho.


Resumo
O resumo ganhou destaque no século XIX quando a popularização e acesso às informações científicas foram possibilitados por periódicos que apresentavam apenas resumos. Segundo Meadows¹ (1999), as revistas e jornais continham textos com versões condensadas de artigos publicados em revistas científicas.
A partir disso, podemos inferir que resumos são textos que evidenciam os aspectos mais relevantes de determinada obra.
Uma técnica bastante utilizada para a produção de bons resumos é a de sumarização, que consiste em um processo mental para seleção dos dados e das informações mais importantes contidas em um texto.
De acordo com Ana Maria Machado, em seu livro “Resumo”, há pelo menos sete estratégias básicas de sumarização:
  1. Apagamento de conteúdos facilmente inferíveis a partir  do conhecimento de  mundo.
  2. Apagamento de  sequências de  expressões que indicam sinonímia ou explicação.
  3. Apagamento de exemplos.
  4. Apagamento das  justificativas de  uma  afirmação.
  5. Apagamento de  argumentos contra a posição do autor.
  6. Reformulação das  informações, utilizando termos  mais genéricos.
  7. Conservação de  todas as  informações,  dado que elas  não são resumíveis.
Outro tipo de resumo presente no meio acadêmico-científico é aquele se apresenta nos projetos de pesquisa, conhecido como resumo técnico-científico, o qual muitas vezes é solicitado na universidade. Possuem características distintas como, por exemplo, uma apresentação concisa do assunto abordado em uma obra de caráter científico, na qual são extraídas as principais ideias do texto, os objetivos, metodologia utilizada e conclusões esperadas.

Resumo: sintetizar as ideias

O objetivo central do resumo é sintetizar as ideias principais de um documento, apontando tudo de relevante em poucas palavras, de modo que a leitura seja objetiva e funcional, evitando a necessidade de consulta à obra original.
Aqui, também podemos encontrar algumas subdivisões:

Resumo indicativo

Apenas aborda os pontos principais do documento, sem se alongar ou apresentar dados mais específicos.
Resumo informativo
Mais completo, aborda metodologia, finalidade, conclusão e resultados do documento, visando a dispensa da consulta ao conteúdo de origem.
É importante, também, destacar a existência do termo “resumo crítico”, que indica a mesma estrutura textual de uma resenha.
Ex.  O objetivo do presente trabalho consiste em caracterizar a pesquisa bibliográfica. Para tanto, desenvolveu-se uma análise de conteúdo acerca dos conceitos presentes nos livros-texto de metodologia além de fontes complementares, buscando identificar o que é, que objetivo têm e de que formas se apresenta.
Resenha
A resenha é um texto que avalia e apresenta o conteúdo de obras já finalizadas, ou seja, é uma análise de determinada produção, seja ela uma obra literária, seja um filme, uma obra de arte, um artigo científico etc.
Segundo Fiorin e Savioli² (1999), resenhar é o mesmo que fazer o levantamento do que é mais importante de determinada obra, descrever os aspectos relevantes que a envolvem, sempre de acordo com a avaliação do resenhador. 

Resenha: resumir e criticar uma obra

A resenha consiste na produção de um texto que discorre sobre os pontos mais relevantes de uma obra, além de fornecer uma opinião crítica sobre. Esse material pode ser um livro, filme ou documento.
Basicamente, a resenha se divide em dois tipos, com cada um deles tendo um foco específico:
Resenha crítica
Aborda o assunto tratado no material de forma crítica, apontando fatores que considera positivos ou negativos e colocando o ponto de vista do escritor da resenha em comparação às ideias propostas pelo autor da obra em questão.
Resenha-resumo
Visa apenas resumir e descrever a obra, sem atribuir qualquer cunho analítico ou opinativo. Pode apresentar conteúdos sobre shows, peças de teatro e qualquer outro tipo de apresentação cultural.

Resenha temática

É uma espécie de análise geral de uma compilação de obras que tenham a mesma temática.

Síntese

A síntese é um material textual para apresentar de forma mais focada a ideia central do autor da obra. Tudo que não fizer parte dos pontos principais é dispensado neste modelo. Focar na ideia principal do autor
É importante manter o mesmo estilo de linguagem utilizado no conteúdo original, além de ser necessário que o texto esteja na terceira pessoa do singular.
Fichamento  
O fichamento é um método de registro e armazenamento de informações que, por meio de fichas, facilita o acesso a diversos conteúdos sobre o assunto a ser pesquisado.
No fichamento, deve-se registrar a identificação completa da obra (nome, autor, editora, ano de publicação, local de publicação, edição), além de uma síntese (resumo) com os principais conteúdos ou temas do texto.
Existem três tipos clássicos de fichamentos:
Fichamento de conteúdo
Destaca a ideia-base do autor da obra e suas justificativas sobre o tema. Nele, deve ser destacada a ideia principal do autor transmitida por meio da obra ou documento de origem. É basicamente um resumo que segue o modelo de ficha.
Fichamento Bibliográfico
Além da síntese, também deve ser feita uma análise descritiva da obra. Este modelo demanda uma análise da obra de forma descritiva, além do destaque acerca da ideia central do autor — tudo isso no modelo característico dos fichamentos.
Fichamento de citações
Registra citações da obra. As citações devem ser transcritas tal qual o conteúdo original e devem estar entre aspas. Tem foco de registrar todas as citações contidas na obra de forma transcrita e original, com a inserção das aspas. Este conteúdo não pode ser modificado.
O Fichamento também pode ser aliado na hora de escrever um artigo científico.

3) Seleção Bibliográfica

Esta é a etapa em que se escolhe quais textos ou obras serão usadas como citações.

Referencial teórico

Referencial teórico faz parte dos trabalhos científicos e acadêmicos, e consiste num resumo de discussões já feitas por outros autores sobre determinado assunto, servindo como embasamento para o desenvolvimento de um tema específico.

Também conhecido como Embasamento Teórico ou Revisão Bibliográfica, para fazer um referencial teórico é necessário consultar as referências bibliográficas que são condizentes a área de estudo a ser trabalhada, ou seja, verificar as pesquisas previamente feitas por alguns autores sobre a temática escolhida para ser desenvolvida. 

No referencial teórico são apresentados os mais importantes conceitos, justificativas e características sobre o assunto abordado, do ponto de vista da analise feita por outros autores. Também é importante escrever sobre os resultados das pesquisas que foram obtidas previamente, indicando os respectivos responsáveis pelas analises. 

Referências Não Bibliográficas

Consiste numa listagem com todos os artigos, jornais, fotos, imagens, slides, documentos eletrônicos e demais materiais utilizados como fonte de consulta para a confecção do trabalho científico.

Bibliografia 

Consiste numa listagem com todos os livros, utilizados como fonte de consulta para a confecção do trabalho científico. 

Normalmente, o referencial bibliográfico deve ser apresentado por ordem alfabética, indicando o nome do livro, a edição, o autor e as páginas que foram consultadas.

Referencias Bibliográficas

São todas as obras citadas internamente ao texto final do trabalho.  

A ABNT também define as normas corretas para a produção e apresentação do referencial bibliográfico, que costuma ser chamado de “bibliografia”.

Revisão de literatura

Qualquer que seja o peso da pesquisa bibliográfica para a monografia, é preciso garantir a qualidade do processo. Isso significa buscar fontes fidedignas e esforçar-se para interpretar e relacionar os textos. Confira um passo a passo:

1) Selecione as referências
Uma revisão teórica deve partir das obras canônicas. São os livros mais conhecidos, ou os trabalhos mais citados por professores e intelectuais. Essa medida “prepara o terreno” para que o aluno tenha condições de desenvolver raciocínios mais complexos e específicos.

Depois, parte-se à procura de artigos sobre o tema do trabalho. A preferência é por editoras renomadas e periódicos de destaque no cenário internacional. Quanto mais obscura for a fonte, mais questionáveis são os dados. Teses, dissertações e anais de eventos também complementam a investigação.
Não tenha medo de utilizar muitas referências, desde que sejam pertinentes. Bibliografia breve demais costuma denotar superficialidade.

2) Encontre pontos de conexão
Muitas vezes, os autores falam a mesma coisa, ainda que com palavras diferentes. Em outros momentos, eles têm visões completamente discordantes sobre um mesmo tópico.
Quando você faz fichas de leitura, consegue perceber melhor esses pontos de confluência e divergência. Resuma cada capítulo, incluindo citações relevantes e comentários próprios para explicar as ideias ali apresentadas. Depois, reúna o material e compare um fichamento ao outro.
Essa técnica ajuda a estruturar o esqueleto do relatório final. Você pode organizar o texto em tópicos. Dentro de cada subitem, menciona os autores que debatem aquela questão.

3) Escreva com clareza
Um importante desafio de quem escreve uma monografia é traduzir conceitos acadêmicos para o público. Pense num leigo, alguém que nunca tenha entrado em contato com a disciplina. Tente explicar a esse sujeito o que tal filósofo quis dizer, ou em que contexto a fala do pensador deve ser compreendida.
Lembre-se de relacionar as fontes de maneira que elas façam sentido entre si. Não adianta restringir-se a “Fulano afirma isso, Beltrano diz aquilo”. É preciso deixar claro por que a informação foi incluída no trabalho e de que forma ela contribui para entender o objeto de estudo.
Viu só? Agora você já pode começar sua pesquisa bibliográfica.

Pesquisa Bibliográfica: tudo o que você precisa saber para fazer a sua. In:

PARTE PRÁTICA

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA NA INTERNET


Sites de busca em geral:

SITES DE ENCICLOPÉDIAS, DE ESCOLAS E DE PROVEDORES DE CONTEÚDO

  • Enciclopédia Digital Master (Busca por seções; com Atlas e várias áreas)
  • Globo.com (Todas as matérias, simulados, cadastro grátis)
  • IBGE (Brasil em númerops, para jovens)
  • Scite.Pro (Biblioteca de ciências, textos, livros, multimídia)
  • USP – Escola do Futuro (Extensa e variada, literatura e vestibular)
  • ZipNet (História Geral, do Brasil e das Artes)

SITES COM BUSCA NO CAMPO ACADÊMICO / CIENTÍFICO MAIS AVANÇADO:

SITES DAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS

Aqui vocês encontram sites de algumas universidades federais:


PESQUISA NO GOOGLE


Pesquisa Bibliográfica - TCC MONOGRAFIAS E ARTIGOS. In:


Considerações sobre Estado da Arte, Levantamento Bibliográfico e Pesquisa Bibliográfica: relações e limites. In: http://gestaouniversitaria.com.br/artigos/consideracoes-sobre-estado-da-arte-levantamento-bibliografico-e-pesquisa-bibliografica-relacoes-e-limites

Lista de Referências Bibliograficas colhidas na pesquisa da Inernet:

ANDRADE, M. M. 2010. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de trabalhos na graduação. 10ª ed. São Paulo, Atlas, 158 p.
BARROS, A.J.daS.; LEHFELD, N.A.deS. 2007. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo: Pearson, 158 p.
CERVO, A.L.; BERVIAN, P.A.; SILVA, R. 2007. Metodologia Científica. 6ª ed. São Paulo, Pearson, 162 p. 
CORDEIRO,  J. V. B. de M. 2004. Reflexões sobre a Gestão da Qualidade Total: fim de mais um modismo ou incorporação do conceito por meio de novas ferramentas de gestão? Revista  FAE, 7(1): 19-33. 
ECO, U. Como se faz uma tese. São Paulo, Perspectiva, 1989, 170 p. 
FIORIN, José Luiz e SAVIOLI, Francisco Platão. Para Entender o Texto. (Leitura e Redação). São Paulo: Ática, 1990.
GIL, A. C. 2002. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4ª ed. São Paulo, Atlas, 64 p. 
LAKATOS, E.; MARCONI, M. de A. 1991. Metodologia científica. 2ª ed. São Paulo, Atlas, 224 p. RODRIGUES, E. 2008. Histórias impublicáveis sobre trabalhos acadêmicos e seus autores. Londrina: Editora Planta, 164 p. RUIZ, J. A. 2009; 2013. Metodologia Científica: guia para eficiência nos estudos. São Paulo, Atlas, 180 p.
MACHADO, A.R.; LOUSADA, E. ; ABREU-TARDELLI, L. S. RESENHA. São Paulo: Parábola, 2004.
_______________________________________________. RESUMO. São Paulo: Parábola, 2008.
MEADOWS, A. J. A comunicação científica. Tradução: Antonio Agenor Briquet de Lemos. Brasília, DF: Briquet de Lemos/ Livros, 1999.


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